"Sarama(r)go"
José Saramago, o tal que afirmou, quando lhe foi atribuído o Nobel da Literatura, que "os comunistas também gostam de dinheiro", voltou ao tema religião e ao seu ódio doentio pela Igreja.
Na apresentação da sua última obra, "Caim", Saramago discursou durante uma hora e quinze minutos!!, perante uma plateia de "fiéis" em Penafiel.
Entre outros impropérios, o arrogante e mal educado José Saramago, apelidou a Bíblia de "livro de maus costumes".
Não me surpreende.
Saramago é uma daquelas figuras que julgam que o Mundo existe para os contemplar na sua infinita sabedoria.
Procede assim sem qualquer pudor e com uma insensibilidade incrível.
Como residente de Macau, e admirador da escrita de Henrique de Senna Fernandes, não me esqueço que este senhor, que se julga dono da língua portuguesa, afirmou que Henrique de Senna Fernandes não era um escritor de língua portuguesa e enxovalhou-o em público.
Baixaria que combina perfeitamente com o carácter do autor.
Estou-me nas tintas para o Nobel, a popularidade do senhor, a sua apregoada genialidade.
Para mim, é apenas um escritor aborrecido, uma pessoa com questões de personalidade mal resolvidas, um tipo pouco polido, extraordinariamente narcisista e com complexos de superioridade que lhe atura quem quiser.
Eu não quero.
A leitura dos seus livros é, para mim, quase um exercício de masoquismo.
Nesse particular, Henrique de Senna Fernandes, respondendo à gosseria de que foi alvo, descreveu muito bem os livros de José Saramago - "Abre-se a primeira página e está um tipo qualquer a contemplar a paisagem. Vinte páginas depois, o mesmo tipo, na mesma janela, continua a contemplar a mesma paisagem!"
Subscrevo inteiramente.
Seria bom que, ontem ou em qualquer outro dia, explicassem a este senhor que exercícios de liberdade pessoal não implicam ofensas a terceiros.
Até porque, mandam as regras da boa educação e do mais puro civismo, a nossa liberdade deve acabar onde começa a liberdade dos outros.
Por exemplo, a liberdade de achar que a Bíblia é um livro sagrado.
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