Pedroto: Actual vinte e cinco anos depois da sua morte
José Maria Pedroto, o "Zé do Boné", morreu há precisamente 25 anos.
Com Pinto da Costa, José Maria Pedroto revolucionou o panorama do futebol português.
Com Pinto da Costa, José Maria Pedroto revolucionou o panorama do futebol português.
Os dois, personagens altamente controversas, capazes de gerar grandes paixões, mas também grandes ódios, criaram o actual FC Porto e retiraram definitivamente a hegemonia que os dois grandes da capital (Benfica e Sporting) detinham.
Pedroto e Pinto da Costa, quer se goste de ambos, quer não, criaram o FC Porto dominador a nível interno e europeu.
Aliás, na primeira final europeia da equipa portista, a Taça das Taças, perdida ingloriamente em Basileia frente à toda poderosa Juventus, o dedo de Pedroto, então já gravemente doente, e de Pinto da Costa, estava presente, quer na equipa técnica (António Morais), quer nos próprios jogadores (Gomes, Sousa, Jaime Pacheco, Frasco, João Pinto, Zé Beto,....).
Facto que se repetiria em Viena, agora sob o comando de um outro discípulo (Artur Jorge), mas com resultados bem diferentes, como bem se sabe.
José Maria Pedroto era adepto de um futebol apoiado, jogado à flor da relva, por jogadores dotados tecnicamente, preferencialmente portugueses.
Entre as suas (muitas) polémicas declarações, ficou a ideia que transmitia repetidamente que um brasileiro era bom (Duda, concretamente); dois já era uma escola de samba; três era passeio no Calçadão de Ipanema.
Polémico, José Maria Pedroto marcou a história do futebol português, não só no FC Porto, mas também no Boavista, Guimarães, Setúbal (que levou a um segundo lugar no campeonato) e Leixões.
Maioritariamente como treinador, mas também enquanto jogador.
Passam hoje 25 anos sobre a data da sua morte, mas Pedroto continua a suscitar paixões e ódios, e os seus conceitos na área do futebol continuam a ser actuais.
E isso são proezas que só os predestinados conseguem.
Faço parte do grupo dos que acham que o mais recente seguidor da "escola de Pedroto" é José Mourinho.
Na abordagem ao jogo, na devoção à profissão, nos conceitos, no rigor e profissionalismo, na própria vertente polémica, agressiva e jocosa, as semelhanças são mais que muitas.
Sobretudo no facto de ambos estarem uns anos à frente do seu tempo e uns bons passos à frente da concorrência.
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