O Vladoir Zibelson Mauro de Macau


Vladoir Zibelson Mauro foi o nome dado a um personagem criado pelo Herman José, em 1997, com o qual pretendia parodiar as grandes vedetas brasileiras que vinham mostrar-se a Portugal, as quais, no fim de contas, se vinha a descobrir serem um qualquer Manel, originário da Cova da Moura, emigrado no Brasil há cerca de seis meses!! (aqui para recordar http://tech4pc.net/forum/tretas/(humor)-para-mostrar-aos-putos-que-o-herman-ja-foi-fixe!/ ).
Ora, o Vladoir, depois da entrevista, sempre em "brasileiro", perguntava onde é que ia receber o dinheirito a que, supostamente, teria direito.
Quando lhe foi dito que não havia graveto, mudou a agulha para um português vernáculo, insultou tudo e todos, ao mesmo tempo que agredia quem lhe aparecia à  frente e partia o estúdio televisivo.
Salvas as devidas proporções, apareceu agora o Vladoir Zibelson Mauro de Macau.
De seu nome Joventino Couto Remotigue, esta vedeta do canto-pop de Hong Kong (consta que tem alguma fama...) adoptou o nome artístico Jung Kung que isto de Joventino vende pouco em Hong Kong, na China, em Taiwan, os mercados tradicionais destas vedetas.
Desconhecia a existência do personagem, e provavelmente assim continuaria, não fosse a agressão que o mesmo protagonizou no passado sábado.
O caso é por demais conhecido e comentado nos meios de comunicação social em Macau e em Hong Kong.
A namorada do cantor sentiu-se indisposta, dirigiu-se ao hospital, foi observada pelo médico de serviço, o qual achou que, para que fosse possível um diagnóstico completo, era necessário realizar um toque rectal.
Acompanhado de uma enfermeira, porque assim o exigem os procedimentos internos, o médico procedeu ao exame.
A namorada do cantor achou-se violentada, queixou-se ao seu amado de tal facto, e este, mostrando a sua valentia e rebeldia, agrediu o médico, o qual se encontra ainda internado com várias lesões, entre as quais um traumatismo craniano.
Revolta dos colegas, comunicação social em polvorosa, e a vedeta pop conseguiu uns minutos de publicidade e de atenção que não teria de outra forma.
Até conseguiu um post no Devaneios, vejam lá!!
O que está aqui em causa não é, acima de tudo, isso mesmo?
Os cinco minutos de fama, a publicidade gratuita, a imagem rebelde da vedeta pop e os possíveis resultados económicos que a polémica causará?
Isto do lado do agressor.
Do lado dos médicos, a oportunidade de, através do acto bárbaro de uma personagem meditática, chamarem a atenção para agressões de que se dizem vítimas frequentemente.
Há mecanismos internos nos hospitais para investigarem estas situações, há autoridades policiais que podem, e devem, ser chamadas a intervir.
A diferença é que o civismo não é mediático.
A brutalidade parola é que chama a atenção e dá fama.
E o Joventino sabe isso muito bem.

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