Os galos travaram as águias!!

Outro empate no arranque da Liga para o Benfica de Jorge Jesus.

Aqueles que se guiam pelo misticismo, dirão que é o resultado de uma qualquer insondável conjugação cósmica.

Ou que é mau-olhado, malapata.

Sobretudo porque Laionel, carrasco na época passada, voltou a sê-lo agora.

Quam analisar o jogo racionalmente, e com frieza, perceberá que este resultado reflecte debilidades claras, erros primários, alguma falta de qualidade.

Jorge Jesus surpreendeu ao deixar Witsel no banco.

E ao apostar numa equipa mais aberta nas alas.

O que não faz sentido sem um ponta-de-lança, um matador.

Que Saviola não é, nunca foi e nunca será.

Até estava a resultar porque Aimar fazia girar aquele meio-campo e Nolito dequilibrava.

Com os erros do Gil Vicente somados, e o primeiro golo do Benfica é um óptimo exemplo dessa realidade, o jogo parecia estar dominado e os gilistas condenados a sofrer uma derrota.

Que poderia chegar a números gordos, foi o que se pensou quando o Benfica fez o 2-0.

Eis quando Ruben Amorim resolve compensar e retribuir o erro alheio.

Incompreensivelmente, o Benfica treme.

E treme ainda mais quando Aimar sai da equipa.

O argentino já há dois anos que apresenta uma condição física muito pobre.

Só não vê quem não quer ver.

O Gil cresce, empata, e Jorge Jesus não tem soluções no banco para mudar o rumo do jogo.

Que termina empatado.

O Benfica perdeu dois pontos porque os jogadores erraram, Jorge Jesus errou, e porque faltam soluções, alternativas e densidade competitiva (como treme este Benfica à primeira contrariedade!!).

Ir para além disto, do óbvio, é treta.

Do outro lado, uma equipa cheia de debilidades (o plantel ainda não está completo) que precisa de melhorar muito para fazer uma prova tranquila.