Grandes portugueses (vivos)

Estava guardado para ser destacado quando o Benfica confirmasse matematicamente o título.
Essa confirmação aconteceu ontem, e hoje aparece aqui Eusébio da Silva Ferreira, nascido em Lourenço Marques, Moçambique, a 25 de Janeiro de 1942.
Conhecido por Pantera Negra, ou Pérola Negra, Eusébio marcou 727 golos em 715 jogos oficiais.
Ainda hoje tido como o melhor jogador português de sempre, Eusébio foi o primeiro jogador a chamar a atenção para as qualidades dos futebolistas africanos e foi eleito pela FIFA (IFFHS) o 10º melhor jogador do século XX.
Eusébio começou a jogar no Benfica aos 18 anos, tranferido do Sporting de Lourenço Marques, um clube satélite do Sporting Clube de Portugal, facto que gerou alguma controvérsia.
Eusébio era suposto mudar-se para o Sporting Clube de Portugal, mas foi no Benfica que se fixou.
Começou a jogar no Benfica ao 18 anos de idade, por indicação de Bela Guttmann, que recebera grandes informações acerca do jogador de José Carlos Bauer.
Em 1962, com 19 anos de idade, marca dois golos na vitória do Benfica sobre o Real Madrid na final da Taça dos Campeões, que o Benfica conquistou (5-3).
A sua primeira internacionalização acontece a 19 de Outubro de 1961, e Eusébio viria a marcar 41 golos, em 64 jogos, ao serviço da selecção nacional.
Melhor marcador no inesquecível Mundial de Futebol de 1966, onde ficou gravada para sempre a sua imagem a chorar agarrado à camisola depois da eliminação perante a Inglaterra.
As suas exibições impressionaram de tal maneira os ingleses, e o Mundo em geral, que Eusébio ficou imediatamente imortalizado no Museu Madame Tussaud após o Mundial de 1966.
Extremamente modesto, leal, de uma têmpera inigualável, Eusébio continua a ser um exemplo de desportivismo e o grande embaixador do futebol português no Mundo.
A fase final da sua carreia levou-o a jogar no Beira-Mar, na União de Tomar e, na América, no Boston Minutemen (1975), no Toronto Metros-Croatia (1976), no Las Vegas Quicksilver (1977) e Monterrey (1977).
Atormentado por constantes lesões nos joelhos, pôs fim à sua carreira em 1978 quando se encontrava ao serviço do New Jersey Americans.

O seu currículo é impressionante:

Sporting Clube Lourenço Marques - 1 campeonato em 1960;

Benfica - 11 campeonatos nacionais (1961, 1963, 1964, 1965, 1967, 1968, 1969, 1971, 1972, 1973, 1975);

5 Taças de Portugal (1962, 1964, 1969, 1970, 1972);

2 Taças dos Campeões Europeus (1961 e 1962);

9 Taças de Honra (1962–63, 1964–65, 1966–67, 1967–68, 1968–69, 1971–72, 1972–73, 1973–74, 1974–75);

3 Taças Ribeiro dos Reis -  (1963–64, 1965–66, 1970–71);

Toronto Metros-Croatia 1 Liga Americana;

3º lugar no Mundial de 1966 com  a selecção portuguesa;

A Nível Individual:

2º lugar para Futebolista Europeu do Ano em 1962;

Melhor marcador do campeonato português, com 28 golos, em 1962;

Futebolista Europeu do Ano em 1965;

Melhor marcador da Taça dos Campeões Europeus em 1965, com 9 golos;

Troféu FIFA para Melhor Jogador do Ano, também em 1965;

Melhor marcador do Mundial de 1966, com 9 golos;

Segundo Lugar para Futebolista Europeu do Ano em 1966;

Melhor marcador português (25 golos) e da Taça dos Campeões Europeus (7 golos) em 1966;

Melhor marcador português (31 golos) e da Taça dos Campeões Europeus (6 golos) em 1968;

Bota de Ouro em 1968 e 1973, com 42 e 40 golos, respectivamente;

Atleta português do Ano em 1970 e 1973;

 
Eusébio marcou 1137 golos ao longo da sua carreira (1957 - 1978) e ganhou o UEFA Presidents Award, em 2010, para melhor jogador português dos últimos 50 anos. 

Uma homenagem mais que merecida para comemorar a conquista do título por parte do seu Benfica.

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