Revolta em verso
Mensagem recebida por mail que reflecte bem o estado de espírito de muitos portugueses:
Já me roubaram a Esperança
Que nasceu de madrugada
Roubaram-me quase tudo
Deixaram-me quase nada
Acreditei num futuro
Risonho para as crianças
Acreditei num Outono
Tranquilo para os Avós
Afinal passei a vida
A encher as vossas panças
E a alimentar caganças
De todos vós
Paguei muitos automóveis
De luxo, naturalmente
Onde sentais vossos cus
À custa da pobre gente
Paguei almoços, jantares
Putedos e bacanais
E agora o que me exigem?
É que pague ainda mais
Viagens para a Europa
E intercontinentais
E agora o que me dizem?
Anda, burro, paga mais!
Prometeram-me justiça
Prometeram-me hospitais
E nada disso fizeram
Mas querem que pague mais
Escolas para as crianças
E lares para os idosos
Onde estão, senhores ministros?
No fundo dos vossos bolsos
Será esta a minha sina?
Será este o meu condão?
Nascer num estado-polícia
Viver num estado-ladrão?
Só não conseguem roubar-me
Porque isso eu não tolero
Toda a raiva que vos tenho
E todo o mal que vos quero
Alambazem-se seus pulhas
Enfartem-se seus lambões
Corja nojenta, trafulhas
Cambada de comilões
Roubem, roubem, não se cansem
Tudo que haja para roubar
E depois vão morrer longe
P´ra tanto mal não cheirar.
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