Sabroso, Nunca?

A primeira de três noites com a Doçi Papiaçam di Macau, um grupo de gente bem disposta que insiste em manter vivo o dialecto local, o patuá.
Desta vez, a trama da peça gira à volta da cozinhaçam maquísta, em concreto um concurso de culinária promovido pelas autoridades chinesas (brilhante!!), sendo o prato de eleição o minchi.
O minchi, para quem não saiba, é um prato muito apreciado localmente, que atravessa toda a sociedade porque é consumido pelas classes mais abastadas e pelas mais pobres, tradicionalmente confeccionado com carnes picadas, temperadas com molho de soja, molho inglês e açucar, acompanhadas de batata frita, cortada em pequenos cubos e misturada com arroz.
Uma vez que era tradicional cada família macaense ter a sua receita própria de minchi, a rivalidade era grande e foi essa rivalidade que inspirou o Miguel Senna Fernandes a escrever mais este guião.
Eu vou lá ver tudo genti papiá tanta baboseira e depois conta p'rá vóis os segredo da cozinhaçam maquísta!

Em tempo: Regressei agora da récita e foi excelente! A não perder. O Miguel, e toda aquela pandilha de malta que sabe brincar, que brinca com tudo e com todos, a começar por eles próprios, sem nunca serem grosseiros ou ofenderem ninguém, merecem que se vá ver a récita.
Grandi comizaina!
E o mosaico que é apresentado constitui realmente uma muito feliz representação do que é Macau.
Vá, estão à espera de quê?
Vão ver!!

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