Grandes portugueses (vivos)

Um gestor hoje em destaque.
Via Sol:

O lançamento de mais de 25 modelos de automóveis em todo o mundo, a concepção do carro eléctrico e o desenvolvimento de um veículo low cost, pensado para os mercados emergentes como a Índia, México, Tailândia ou Rússia são alguns dos sucessos incluídos no currículo de Carlos Tavares.

E terão sido estes também alguns dos motivos que levaram o júri do Best Leader Awards, iniciativa do SOL e da Leadership Business Consulting, a elegê-lo o melhor líder internacional.

Desde sempre ligado à indústria automóvel, este empresário tem vindo a introduzir mudanças na estratégica da fabricante nipónica desde que assumiu a vice-presidência.

Por exemplo, conduziu a empresa a uma nova forma de estar no sector: a Nissan pretende agora estar mais focada em encontrar soluções de mobilidade do que em ser apenas fornecedora de veículos.

E aqui, abriu caminho a uma nova cadeia de valor associada, por exemplo, à partilha de carros.

Além disso, a Nissan tem vindo a integrar parcerias público-privadas para procurar formas de deslocação e tecnologias mais amigas do ambiente e menos dependentes do petróleo.

Empenhado em expandir a presença da fabricante no mundo, Carlos Tavares levou a Nissan ao mercado indiano, através de parcerias com empresas locais.

E criou umadivisão responsável pela actividade nasAméricas, que, aproveitando sinergias, ultrapassou as metas de 20% quanto a lucros.

Carlos Tavares assinou ainda alguns dos melhores resultados financeiros da Nissan nos últimos anos.

Em 2007, a fabricante cresceu 7,3% em lucros operacionais consolidados e teve 16% de retorno do capital investido.

Em2009, levou a cabo poupanças de 19%, ajudando a estabilizar a empresa perante a crise.

Conduzir equipas internacionais ajudam ao sucesso.

Em Portugal, até finalizar o 12º ano, Carlos Tavares, 52 anos, partiu depois para França onde se licenciou em Engenharia, na Ecole Centrale de Paris. 

A partir daí dedicou toda a sua vida profissional à indústria automóvel.

Começou na Renault em 1981, até que, em 1998, foi convidado para liderar o projecto da segunda geração dos modelos Megane e Scenic.

Os bons resultados levaram o CEO da Nissan a convidá-lo, em 2004, para integrar os quadros da fabricante nipónica.

Em2009, já enquanto vice-presidente da Nissan, assume a responsabilidade do mercado das américas.

«Os portugueses têm de continuar a cultivar a capacidade de partir para o estrangeiro, sem temer o risco que isso representa».

Carlos Tavares assume-se hoje como um dos portugueses com maior destaque a nível internacional. Considera-se um cidadão do mundo, sendo português nacional tendo estudado em França e com experiencia profissional em França, Japão e Estados Unidos da América .