Grandes portugueses (vivos)
Um escritor em destaque hoje, António Lobo Antunes.
Nasce a 1 de Setembro de 1942, em Lisboa, filho de Maria Margarida Almeida Lima e João Alfredo Lobo Antunes.
Entra no ensino primário em 1948 e,em 1950, viaja em Junho com o avô paterno António Lobo Antunes, conhecendo a Europa, rumo a Pádua, Itália, devido a uma promessa que este avô fizera, ainda antes do neto nascer, na condição de que se fosse rapaz e viesse a chamar-se António, o levaria à cidade que tem como patrono Santo António. Foi aí que fez a sua primeira comunhão.
Em Outubro de 1952 ingressa no Lyceu Camões (actual Escola Secundária de Camões), em Lisboa.
É na biblioteca desta escola que vem a conhecer grandes nomes da literatura como Sartre, Malraux, Mauriac, Gogol, Tolstoi e Checov.
Começa a escrever poesia e algumas histórias.
Em 1959 entra na Faculdade de Medicina, por imposição paternal uma vez que gostaria de seguir Literatura.
Em 1965 começa a escrever um romance (nunca publicado) que trabalhará ao longo de dez anos.
Por esta altura conhece autores americanos como Fitzgerald, Melville e Faulkner.
Em 1968 termina o curso e faz o estágio num hospital de Londres durante dois anos.
A 6 de Janeiro de 1970, é recrutado para o exército, para cumprir o serviço militar, donde sairia como alferes miliciano, mais tarde promovido a tenente.
Também a 6 de Janeiro, mas de 1971, embarca para Angola, um dos teatros de operação da guerra colonial.
É nestas condições que viria a firmar uma longa amizade e cumplicidade com o então capitão Ernesto Melo Antunes.
Em Março de 1973 regressa de Angola.
Ingressa no final do ano no Hospital Miguel Bombarda como médico psiquiatra, após ter passado pelo Hospital de Santa Maria.
Em 1974 publica um trabalho científico de Psiquiatria com a colaboração de Maria Inês Dias sobre a obra de Ângelo de Lima: Loucura e criação artística: Ângelo de Lima, poeta de Orpheu.
No ano de 1976 começa a escrever Memória de Elefante, o seu primeiro romance publicado.
No ano seguinte termina Memória de Elefante e começa a trabalhar sobre Os Cus de Judas.
No ano seguinte termina Memória de Elefante e começa a trabalhar sobre Os Cus de Judas.
Um ano depois, começa a escrever Conhecimento do Inferno.
Mas só em 1979 oficialmente inicia a sua carreira literária, com a publicação dos livros Memória de Elefante e Os Cus de Judas, ambos editados pela Vega (colecção o chão da palavra).
A publicação deveu-se ao grande incentivo dos amigos, principalmente de Daniel Sampaio.
No ano de 1980 torna-se militante da APU, embora por curto tempo.
Conhece o seu futuro agente em Nova Iorque, Thomas Colchie, com quem viria a criar uma boa amizade.
É publicado, pela Vega, Conhecimento do Inferno.
No ano seguinte, ainda pela Vega, publica Explicação dos Pássaros.
Em Novembro de 1983 publica Fado Alexandrino, já pela Dom Quixote (editora onde publicará toda a sua obra).
O ano em que marca a primeira tradução para uma língua estrangeira (inglês), com Os Cus de Judas (South of Nowhere).
A partir de 1985 dedica-se totalmente à actividade de romancista, deixando aos poucos de exercer a psiquiatria, embora não abandone o Hospital Miguel Bombarda, onde manterá alguns doentes.
Publica Auto dos Danados, com que recebe o Grande Prémio de Romance e Novela da APE.
Em Abril de 1988 publica As Naus, cujo título original seria O Regresso das Caravelas, mas é impedido de o usar porque alguém já o tinha registado.
Dois anos depois publica Tratado das Paixões da Alma.
Começa a ser falado para o Prémio Nobel da Literatura.
Em 1992 é-lhe diagnosticado um problema de audição.
Já no ano de 1994 publica A Morte de Carlos Gardel e prefacia a edição pela Dom Quixote de O Som e a Fúria, de William Falkner.
No ano de 1995 publica o seu primeiro Livro de Crónicas, dedicando-o ao homem que marcou a sua vida, o avô António.
No ano seguinte publica Manual dos Inquisidores e é laureado com o Prémio France Culture (França), pelo romance A Morte de Carlos Gardel.
Recebe novamente o Prémio France Culture em 1997, desta vez pelo romance Manual dos Inquisidores. Publica O Esplendor de Portugal.
O seu nome continua a ser apontado como um dos candidatos ao Prémio Nobel da Literatura.
Em 1999 publica Exortação Aos Crocodilos, e recebe o seu segundo Grande Prémio de Romance e Novela da APE, e ainda o Prémio D. Diniz da Fundação Casa de Mateus.
No ano seguinte publica Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura.
Recebe o Prémio de Literatura Europeia do Estado Austríaco pelo romance Exortação Aos Crocodilos.
Em 2001 publica Que Farei Quando Tudo Arde? e inaugura em Nelas uma rua com o seu nome.
Em 2001 publica Que Farei Quando Tudo Arde? e inaugura em Nelas uma rua com o seu nome.
No ano seguinte comemora 20 anos como autor na Dom Quixote.
A editora publica o seu Segundo Livro de Crónicas, oferecendo a «inédita e irrepetível» edição de Letrinhas de Cantigas, poemas de António Lobo Antunes para o cantor Vitorino.
É constituída a equipa Ne Varietur para a fixação do texto da totalidade da sua obra até então publicada, equipa coordenada por Maria Alzira Seixo com Graça Abreu, Eunice Cabral e Agripina Carriço Vieira.
Em 2003 é publicado o romance Boa Tarde Às Coisas Aqui Em Baixo, o primeiro romance com edição ne varietur.
É galardoado com o Prémio Internacional União Latina e com o Prémio Ovidius, da União de Escritores Romenos.
O seu nome não deixa de ser falado como futuro Prémio Nobel.
Em 2004 recebe o Prémio Fernando Namora da Sociedade Estoril Sol, pelo romance Boa Tarde Às Coisas Aqui Em Baixo, e pelo conjunto da obra é galardoado com um dos grandes prémios internacionais de literatura, o Prémio Jerusalém.
Publica Eu Hei-de Amar Uma Pedra, no mesmo ano em que comemora 25 anos de vida literária.
Tereza Coelho publica a sua Fotobiografia.
Já em 2005 é distinguido pela Grande Ordem de Santiago de Espada, e recebe o Globo de Ouro Sic / Caras 2004 na categoria Artes.
Em Junho, a Biblioteca Municipal de Nelas adopta o seu nome.
Suas filhas Maria José e Joana publicam em Novembro as cartas que escreveu a sua mulher durante o período em Angola, sob o título D'este Viver Aqui Neste Papel Descripto - Cartas da Guerra.
Em Março de 2006 publica o seu Terceiro Livro de Crónicas e é galardoado com o Prémio José Danoso 2006 atribuído pela Universidade Chilena de Talca.
Em Outubro publica o 18º romance, Ontem não te vi em Babilónia.
Em 2007 é galardoado com o Prémio Camões, na sua 19ª edição, em Março.
Na mesma altura é-lhe diagnosticado cancro no intestino, doença que torna pública numa crónica que escreve à revista Visão - Crónica do hospital.
Submete-se a uma cirurgia onde lhe é removido o tumor e recupera muito bem após o tratamento.
No final do ano declara que está curado.
Recebe o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade de Trás-Os-Montes e Alto Douro em Julho, e o Prémio Pablo Neruda em Setembro.
Publica o seu 19º romance, O Meu Nome É Legião, em Outubro.
No ano de 2008, recebe, a 22 de Fevereiro, em cerimónia no Instituto Camões em Lisboa, o Prémio José Donoso 2006.
A cerimónia fora adiada um ano, devido aos problemas de saúde que o afectaram no ano de 2007.
Mais tarde decorre a entrega do Prémio Camões 2007.
É distinguido com o prémio espanhol Terence Moix, pelo livro Ontem Não Te Vi Em Babilónia, considerado pelo júri como o melhor livro de ficção publicado em Espanha em 2007.
Em Setembro é condecorado pelo Governo Francês com as insígnias de Comendador das Artes e das Letras.
É galardoado com o Prémio Juan Rulfo, o primeiro português a receber o galardão latino-americano. Publica em Outubro O Arquipélago da Insónia.
Forma com outros sete pares a Academia Pedro Hispano.
Recebe ainda, no final do ano, o Prémio Clube Literário do Porto.
No ano de 2009 confessa em entrevista que deixará de publicar, prometendo um livro este ano e só mais um outro em 2011.
É distinguido com o grau Doutor Honoris Causa pela Universidade de Ovidius (Roménia).
Recebe em Junho o Prémio Extramadura a la Creación juntamente com Siza Vieira.
Regressa ao Brasil, terra do seu avô paterno, após 26 anos, para participar na 7ª Festa Literária Internacional de Paraty.
Comemora os 30 anos da publicação de Memória de Elefante e Os Cus de Judas, de que a Dom Quixote faz uma edição especial.
Em Outubro publica Que Cavalos São Aqueles Que Fazem Sombra No Mar?.
Já no ano corrente, tendo pronto o livro Sôbolos Rios Que Vão, a publicar em Outubro, começa a trabalhar em Fevereiro num novo livro, contrariando a intenção de deixar de publicar anunciada um ano antes.
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