Bom futebol e maus árbitros

Não será difícil prever que se vai falar durante muito tempo dos jogos de ontem dos oitavos-de-final deste Mundial sul-africano.
Sobretudo pelos piores motivos, isto é, por causa de duas arbitragens sem categoria, que tiveram influência directa no resultado dos jogos.

Gary Lineker tinha razão - no fim, ganha a Alemanha.
Ontem ganhou, goleou, mas a Inglaterra não merecia tão pesado castigo (4-1) e foi atraiçoada por um erro estúpido do árbitro Jorge Larrionda.
Num grande jogo de futebol, entre duas grandes equipas, com grandes jogadores, destoou uma equipa de arbitragem absolutamente vulgar e que conseguiu o que nenhuma equipa de arbitragem devia conseguir - assumir protagonismo.
A selecção alemã entrou muito forte, a jogar um futebol largo, vistoso, rápido, acima de tudo letal.
Os golos de Klose e Podolski deram expressão ao domínio exercido.
Quando se pensava que estaria encontrado o vencedor do jogo, os ingleses reagem, marcam por Matthew Upson, ele que até tinha ficado muito mal na fotografia nos dois golos alemães.
Dois minutos depois, Franck Lampard tem um remate genial, um chapéu perfeito a Neuer, a bola bate na trave, ultrapassa o risco em mais de meio metro, volta para fora, e Jorge Larrionda, e o seu assistente, ficam a assobiar para o lado.
Só eles não terão visto o claríssimo golo dos ingleses.
As equipas vão para intervalo com um claro odor a injustiça no ar.
Os ingleses entram forte, vão para cima dos alemães, Lampard vê a trave da baliza de Neuer devolver-lhe outro excelente pontapé, e, quando tudo parecia indicar que o empate estaria próximo, um contra-ataque perfeito dos alemães, repõe a vantagem de dois golos.
Mais, faz mossa no ânimo dos ingleses.
Meio aturdidos com o golo de Thomas Mueller, os ingleses estavam ainda a tentar recompor-se, quando o mesmo jogador, na sequência de outro contra-ataque perfeito, recebe a bola de Ozil (grande jogador) e acaba com o jogo.
Daí até final, apenas algumas tentativas dos ingleses para minorar a maior derrota de sempre em Mundiais, pontuadas com os terríveis contra-ataques dos alemães.
Mas já se percebiam os festejos do lado alemão e a resignação do lado inglês.
Os alemães são uns justos vencedores, os ingleses foram castigados em demasia, e a pergunta vai permanecer por muitos anos - e se o árbitro validasse o golo de Lampard? Como seria então a história do jogo? 
No outro jogo de ontem, foi um italiano o protagonista.
Roberto Rosetti resolveu imitar o seu colega sul-americano e validou um golo de Tevez em claro fora-de-jogo.
O golo que abriu o caminho à vitória da Argentina sobre o México.
Os mexicanos até tinham entrado melhor no jogo, estavam a ameaçar a baliza argentina, já tinham atirado uma bola ao ferro por Salcido, até chegar o tal golo de Tevez.
Os argentinos animam com o golo, os mexicanos desorientam-se, Higuain e Tevez aumentam a vantagem da selecção argentina, e o México só consegue o golo de honra por intermédio de «Chicharito» Hernandez.
Mais uma vez, os argentinos tiveram um prémio merecido, mas a pergunta fica - como seria o jogo sem aquele golo irregular?
Esperemos que o escaldante Argentina-Alemanha seja notícia só pelo bom futebol das equipas, pelos grandes jogadores que ambas possuem nos seus quadros.
Para ouvir constantemente falar de árbitros já chega o campeonato português.

Mas os ingleses já se vingaram.  A "vítima" foi o selecionador alemão.
Aqui.

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