Paraguaios nos quartos-de-final depois de um interminável bocejo

Paraguaios e japoneses foram protagonistas de mais um jogo chato, enfadonho, mal jogado, cheio de receios, feio, um daqueles jogos em se chega a ter o desejo de ver perder os dois.
Duas equipas medianas, nada habituadas a estas andanças, entraram em campo com uma mentalidade semelhante - "a jogar contra estes é possível ganhar e avançar; mas é uma vergonha perder; e perder pode significar deixar fugir uma oportunidade irrepetível".
Com este estado de espírito, o jogo tornou-se num espectáculo tão aborrecido que, a certa altura, as próprias claques das equipas se calaram para calmamente ver o que iria acontecer.
No fundo, exactamente o mesmo que os treinadores e jogadores estavam a fazer.
O que aconteceu foi um arrastar lento do cronómetro, primeiro até aos 90, depois até aos 120 minutos.
A emoção só chegou quando começaram os pontapés da marca de grande penalidade.
A passagem aos quartos-de-final ia decidir-se num pormenor, num lampejo de sorte ou de momentânea inspiração.
Os deuses fizeram a vontade aos técnicos e jogadores das duas equipas.
E os japoneses, que até se tinham revelado até então especialistas nos lances de bola parada, foram infelizes.
Komano acertou na barra, enquanto Cardozo pediu a Martino para bater e não vacilou.
O Paraguai chega aos quartos-de-final, é um bocadinho melhor que o Japão, mas não irá constituir obstáculo para os espanhóis.
Del Bosque pode começar já a preparar o jogo da meia-final.

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