Primeira goleada em dia de erros infantis

Ao terceiro dia deste Mundial apareceu a primeira goleada a dar cor a uma prova que tem sido demasiado cinzentona, onde a espectacularidade tem estado completamente ausente.

Antes da goleada alemã, a vitória da Eslovénia (1-0) frente à Argélia.

Um jogo enfadonho, muito mal jogado, com cautelas excessivas dos dois lados, pouca ou nenhuma qualidade dentro do campo, e que foi resolvido a favor dos eslovenos graças a um "frango" de Chaouchi.

A bola deve ter mesmo algum problema.

Erros destes num Mundial só se podem explicar com qualquer problema da bola.

Ou será que é mesmo falta de qualidade?

Sim, porque Ghezzal conseguiu ser expulso em 15 minutos.

E isso não teve nada a ver com a bola.

Para dar continuidade ao disparate, as vedetas sérvias perderam com a mais jovem selecção em competição, o Gana, por 1-0.

As estrelas do Inter (Stankovic), Manchester United (Vidic), Chelsea (Ivanovic) e Lazio (Kolarov), encontraram pela frente uma selecção bem organizada, treinada por um sérvio, com um excelente guarda-redes (Kingson), viram Lukovic expulso e Kuzmanovic cometer um penálti que teve tanto de estúpido como de indiscutível.

Asamoah Gyan, avançado do Rennes, marcou com classe, ele que já tinha atirado uma bola ao poste aos 56 minutos, e viria a atirar outra já em período de descontos.

Muito complicada a tarefa dos sérvios para rectificarem este resultado.

E chegamos à goleada dos alemães.

A Mannschaft provou, se é que ainda havia dúvidas, que é uma séria candidata ao título, que o futebol, quando jogado com rapidez e força, por jogadores de classe, até parece simples.

E goleou uma Austrália (4-0) demasiado débil para deter o rolo compressor alemão.

Finalmente houve espectáculo, houve golos, houve uma equipa a querer ganhar desde o primeiro minuto.

Golos de Lukas Podolski , Miroslav Klose, Thomas Muller, num excelente lance individual, e Cacau, na primeira vez em que tocou na bola.

Confirma-se -“O Futebol é um jogo inventado pelos ingleses, maravilhosamente jogado pelos brasileiros, mas no fim quem ganha é a Alemanha”  (Gary Lineker).