Uma consagração óbvia e outra muito discutível
José Mourinho foi consagrado como o melhor treinador do Mundo.
Que realmente é.
Que realmente é.
E já há alguns anos.
Veio agora a consagração oficial dessa realidade na primeira vez que a FIFA atribui o prémio.
E não me ocorre melhor destinatário.
Mourinho é um predestinado, um fenómeno.
Que domina todas as variáveis do jogo e do treino.
E que, para além disso, domina a imprensa, o relacionamento com os media.
Um líder nato, que atrai a si todas as atenções e assim liberta os seus jogadores de grande parte da pressão que sobre estes poderia pesar.
Obcecado pelo trabalho, perfeccionista, apaixonado pelo jogo, José Mourinho é o único treinador que consegue ser a estrela em plantéis carregados de estrelas.
Algo que nenhum treinador tinha conseguido antes dele.
O prémio que ontem recebeu, depois de um ano em que conseguiu que uma equipa pouco mais que vulgar ganhasse tudo o que havia para ganhar, é só a oficilização de um estatuto que muitos, há muito tempo, lhe reconhecem.
A começar pelos seus adversários.
Os seus concorrentes de ontem (Del Bosque e Guardiola) são grandes treinadores.
Mas não mereciam a distinção.
Del Bosque deu continuidade a um trabalho que já vinha sendo feito há bastante tempo.
E teve também o mérito de aproveitar o bom trabalho que é feito nos clubes espanhóis.
Guardiola é um menino que tem a escola do Barcelona, do Barcelona de Cruyff, mas que ainda não provou nada fora da magnífica equipa do Barcelona.
Mourinho é campeão em Portugal (e foi campeão europeu e vencedor da Taça UEFA com o "outsider" Porto), é campeão em Inglaterra, em Itália.
E poderá vir a ser campeão em Espanha.
The Special One, sem qualquer dúvida!
O prémio que recebeu, numa época em que o ego dos portugueses anda um pouco abalado, foi também importante para a auto-estima do País.
Se a consagração de Mourinho como melhor treinador não merece contestação, já a de Messi como melhor jogador está sujeita a muitas críticas.
Se o prémio consagra o melhor jogador do Mundo, Messi é sempre um candidato.
Mas, a ser assim, Ronaldo também o seria.
Se consagra o melhor jogador do ano, foi muito mal atribuído.
Messi brilhou no Barcelona.
Mas desiludiu na selecção argentina, tendo passado completamente ao lado do Mundial.
Xavi e Iniesta, os outros nomeados, brilharam no clube e na selecção.
Tal como Wesley Sneijder, injustamente excluído da votação.
O holandês fez uma época brilhante no Inter.
E um Mundial fantástico com a "laranja mecânica".
E ontem emocionou Mourinho.
Não percebi a nomeação de Messi.
Muito menos percebo o prémio que lhe foi atribuído.
Aliás, o próprio jogador argentino ficou surprendido com a distinção.
Se era para atribuir o prémio ao jogador do ano de 2010, o destinatário tinha que ser Xavi (Iniesta, que ficou em segundo lugar, esteve parado muito tempo; e Sneijder não foi campeão do Mundo).
Messi?
Definitivamente, não.
Caro Pedro Coimbra
ResponderEliminarEm futebois sou profundamente ignorante. Há nomes do seu post de que não faço a ideia de quem são.
Quanto ao Mourinho, naturalmete que fico orgulhoso de ver um Português receber tão alta distinção. Interrogo-me porque noutros campos andamos tão fraquinhos?
Abraço
Concordo praticamente na íntegra. Mourinho venceu bem. Xavi e Sneijder mereciam o título de melhor do ano.
ResponderEliminarMourinho só não foi o melhor para alguns invejosos ( que os há por cá e lá por fora).
ResponderEliminarNão discordo da nomeação de Messi, mas teria sido mais justo ser Sjneider, o jogador masi influente do Inter de Milão.
A FIFA deve ter ficado satisfeita. Já imaginou a cara do Blatter se os prémios ficassem todos na Europa?
Mourinho, indiscutivelmente, merecedor do prémio! Ao menos que haja algo de bom a ser noticiado sobre Portugal, mesmo que seja (e porque não?!) sobre futebol!
ResponderEliminarfolha seca,
ResponderEliminarMourinho, entre muitas outras qualidades, é um trabalhador incansável.
Esse é um dos "segredos" do sucesso.
Adaptado a outras situações e profissões...
VICI,
Nem mais.
Xavi andou todo o ano com o Barcelona e a selecção espanhola às costas.
Sneijder com o Inter e a selecção holandesa.
Carlos,
Repito - Sneijder ou Xavi. Qualquer um deles marecia inteiramente o prémio
Catarina,
Mourinho é o melhor embaixador que Portugal tem.
Mais ainda que Ronaldo.
Subscrevo a sua ideia - porque não termos algumas alegrias com o futebol se temos tantas agruras noutros domínios?
Como ex-treinador de futebol, estou plenamente de acordo com as suas ideias.
ResponderEliminarMas o futebol é assim, a FIFA faz o que quer e como quer, não poderá haver constestações.
MOURINHO sim, indescutivelmente o SPECIAL ONE é o melhor.
Um abraço amigo
Caro Cambeta,
ResponderEliminarMourinho tem muitas qualidades que fazem dele único.
Entre elas, uma intuição e uma paixão pelo jogo fantásticas.
Um abraço