Higienização, inclusão e erosão na União Europeia
Que os valores europeus estão sob ataque cerrado, já todos tínhamos percebido há muito tempo.
E não estou a referir-me a crises económicas, mercados com tiques de ansiedade.
Estou a referir-me a uma progressiva erosão do "humús" socio-cultural que esteve na génese da criação das Comunidades.
A ditadura da higienização linguística, da obrigatória inclusão, tantas vezes forçada, de outras comunidades, com outros valores, dos quais não abdicam, estão a corroer a Europa a partir do seu interior.
E, em nome do politicamente correcto, da tolerância cega e acrítica, conduzem a disparates como o descrito nesta notícia http://www.foxnews.com/world/2011/01/17/eu-calendar-omits-christian-holidays-noting-jewish-muslim-celebrations/
Por mais que existam algumas vozes, supostamente iluminadas, a bradar o contrário, um dos pilares da construção europeia foi precisamente um tronco comum de valores.
Valores em grande medida resultantes da influência do cristianismo e do catolicismo no continente europeu.
Querer negar esta evidência é contribuir para o desaparecimento do ideal europeu, é auxiliar decisivamente o processo de desagregação de uma União que ainda se encontra em construção.
Ao mesmo tempo que se procura alargar.
Felizmente que ainda há vozes que se revoltam quando confrontadas com estas barbaridades.
Vozes de pessoas como Christine Boutin, aqui citada no blogue de Pedro Santana Lopes (http://pedrosantanalopes.blogspot.com/) numa carta enviada a Durão Barroso.
Preocupada, e indignada, com decisões resultantes de um movimento de higienização e inclusão inaceitável.
Acompanho-a totalmente nos seus sentimentos, na sua inquietação e revolta ao verificar que se assiste a uma progressiva subversão dos ideais europeus.
Curiosamente, num momento em que se apresentam como absolutamente essenciais como referente civilizacional.
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