Fernando Nobre visto por Isabel Nobre
Li, com particular interesse, a entrevista que Isabel Nobre, filha do candidato à presidência da República em Portugal, Fernando Nobre, concedeu a Hélder Beja e que vem hoje publicada nas páginas do diário "Ponto Final".
Não fazia ideia que a filha de Fernando Nobre estava entre os jovens portugueses que recentemente procuraram Macau à procura de trabalho, de um novo projecto de vida.
No caso de Isabel Nobre, em Macau há dois meses, um projecto de vida em conjunto com o namorado.
Ela antropóloga, ele geógrafo.
A entrevista que concedeu ao "Ponto Final" despertou o meu interesse, à partida, por se tratar da filha de Fernando Nobre.
Uma pessoa a cujo trabalho na AMI é impossível ficar indiferente.
Para além das políticas e candidaturas presidenciais, Fernando Nobre, o médico, o cidadão, tem um trabalho atrás de si que tem que ser reconhecido.
Qual seria a perspectiva que a sua filha iria transmitir, ainda para mais geograficamente tão distante, acerca do pai?
E da sua candidatura à presidência da República em Portugal.
De uma forma muito simples, percebe-se que Isabel Nobre admira o seu pai, a sua obra, a sua dimensão humana e humanista.
Até a sua vertente de "pai-galinha"(sic).
Algo que não supreende quem conheça o percurso de vida, pessoal e profissional, de Fernando Nobre.
Curioso, foi verificar que Isabel Nobre se assustou com a possibilidade de ver o pai metido nos caminhos da política.
Que se nota serem-lhe totalmente estranhos.
Perante a hipótese de uma candidatura presidencial, Isabel Nobre confessa que respondeu ao seu pai - "Nem penses, és mas é maluco. Deixa-te estar onde estás." (sic)
Fernando Nobre, como todos sabemos, avançou.
Porque "Foi um desafio que lhe foi lançado. Foi pena, porque a maior parte das pessoas que lançaram o desafio acabaram depois por lhe virar as costas."(sic)
Já o tinha aqui escrito.
E Isabel Nobre poderá confirmar essa opinião.
A candidatura de Fernando Nobre terá sido precipitada pela ala soarista do PS.
Com a intenção de criar alguns dissabores, alguns engulhos, à candidatura de Manuel Alegre.
Alegre que, por sua vez, cometeu o típico "crime de lesa-majestade" - tirou votos, e face, a Mário Soares.
E que tinha que ser castigado por ter tido essa desfaçatez.
Se as minhas previsões se confirmarem, o poeta vai ter um duro castigo.
Acredito que, longe das máquinas partidárias, mais, até muito por isso mesmo, Fernando Nobre vai conseguir uma votação surpreendente.
Bem superior à que as sondagens lhe atribuem.
E, se tal acontecer, aqueles que Isabel Nobre diz que lhe viraram as costas, terão contribuído grandemente para a obtenção desse resultado.
Com o apoio declarado, e público, de algumas dessas personalidades, a candidatura de Fernando Nobre não conseguiria o "élan" que está a ter.
Seria menos sedutora.
Apenas mais uma, gerada pelos mesmos rostos, e pelas mesmas ideias, que lideram Portugal há mais de trinta anos.
No domingo veremos se as minhas previsões se confirmam.
Cavaco será reeleito.
E, muito provavelmente, logo à primeira volta.
Fernando Nobre será a surpresa destas eleições.
E, no mínimo, irá suscitar o debate acerca da possibilidade de um cidadão, independente de máquinas partidárias, mas com ideias claras, provas dadas na sua vida (pessoal e profissional), boa educação, civismo e humanismo, conseguir um bom resultado eleitoral.
Por fim, ficam as boas-vindas para a Isabel Nobre e o seu namorado.
E votos de sucesso nesta nova etapa das suas vidas.
Caro Pedro Coimbra
ResponderEliminarNeste seu texto noto uma contradição.
Claro que como se viu nas presidênciais anteriores é possível um candidato sem o apoio de um aparelho partidário, surpreender pelo numero de votos obtido. Parece-me que se o sector Soarista (que não votaria em Alegre) votar em Nobre, só contribuirá para obrigar a uma 2ª volta. Eu acredito ser possível.
Abraço
Francamente, não creio.
ResponderEliminarNem Fernando Nobre, nem Manuel Alegre, roubam votos ao eleitorado de Cavaco.
Julgo que só haverá uma segunda volta se houver grande abstenção entre o eleitorado fiel a Cavaco.
O que Paulo Portas (a vida dá tantas voltas!! O tipo que, enquanto director do Independente, deitou Cavaco abaixo!!)ontem dizia aos berros.
Um abraço
Bom dia, Pedro;
ResponderEliminarComo sempre muito atento e a não deixar passar nada. :)
NB - Realmente a VIDA dá muitas voltas. ;)
É verdade Isabel.
ResponderEliminarDá vontade de dizer tão inimigos que nós éramos :)
Caro Pedro Coimbra,
ResponderEliminarNeste ponto da campanha, com as eleições à porta, depois do percurso de reflexões isentas que tenho suscitado através do Do Miradouro seria realmente interessante que Nobre ficasse mais classificado do que o ex-locutor da Rádio Argel que por várias vezes mostrou regozijo pelo LUTO de famílias de soldados mortos na guerra do Ultramar, em que ele apoiou os guerrilheiros traindo os seus compatriotas, em que a maioria era composta de filhos do Portugal profundo, ainda hoje ignorado e desconhecido pelos políticos.
Como uma segunda volta tem elevados custos para os portugueses, cada eleitor deve, de acordo com a sua consciência votar no candidato manos mau, usar o VOTO ÚTIL a Portugal.
Abraços
João
Só imagens
Caro João Soares,
ResponderEliminarEstou plenamente convencido que não existirá segunda volta.
Cavaco Silva vai ser reeleito.
E logo à primeira volta.
Fernando Nobre vai provar que uma pessoa, sem qualquer ligação partidária (é diferente do que aconteceu com Manuel Alegre nas últimas eleições) pode obter um grande resultado eleitoral.
E espero que esse resultado eleitoral encoraje outras pessoas a procurarem mudar o satus quo.