Benfica contrata Jardel. Como é que era aquela coisa da moralidade e da isenção?!
"Olhanense confirma Jardel no Benfica após jogo de Guimarães"
É este o título da notícia do maisfutebol.
Quem está atento a estas notícias, sabe que não se trata do goleador Mário Jardel.
Trata-se sim de um defesa central, jovem (24 anos), que o Olhanense foi contratar ao Estoril e que agora negociou com o Benfica.
A notícia até passaria algo despercebida não fosse o pormenor de ter sido confirmada a contratação precisamente no dia em que o Olhanense se deslocou ao Estádio da Luz para discutir com o Benfica o acesso aos quartos-de-final da Taça de Portugal.
E, sobretudo, o comportamento anterior dos dirigentes e adeptos do Benfica em situações semelhantes que envolveram outros clubes.
Falou-se de imoralidade, levantaram-se suspeitas acerca dos jogadores e dirigentes envolvidos nessas transacções, do timing em que as mesmas foram concretizadas e anunciadas.
E é aí que está a questão, no exemplo típico do comportamento de Frei Tomás.
Quero deixar claro que não vejo problema nenhum nestas transacções.
As sociedades anónimas, que movimentam quantias astronómicas, em que se transformaram os clubes de futebol, funcionam assim.
Quando se detecta um talento, procura-se conseguir assegurar o seu concurso atempadamente.
E, se a ocasião se proporciona, porque não aproveitar uma conjuntura toda ela favorável à concretização do negócio?
Mais, não percebo qual a razão que leva a que um jogador contratado por um qualquer clube não possa jogar contra o clube que o contratou.
Receio de esse jogador se desleixar no seu desempenho?
Só se for estúpido!
Terá alguma lógica que o jogador contratado apresente como cartão de visita aos adeptos do clube que o contratou uma péssima exibição?!
É bem mais provável que aconteça precisamente o contrário.
Que fique bem claro que não estou a criticar a atitude do Benfica ao contratar o jogador.
Nem o momento em que se concretizou a contratação, ou que foi escolhido para anunciar a mesma.
Só espero é que, do lado do Benfica (adeptos e dirigentes), não venham mais lições de moral para a praça pública também.
Hipocrisia?
Não, obrigado!
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