Porto e Benfica ganham e mantêm distâncias. Barcelona coloca pressão no Real

Na Liga Zon Sagres, Porto e Benfica não desarmam naquela luta feroz a dois.
Numa jornada em que o Braga deperdiçou mais dois pontos (2-2 em casa com o Setúbal).
E em que o Guimarães foi ganhar a Vila do Conde num jogo com três penáltis e quatro expulsões (2-3).

O Porto deslocou-se a Aveiro, para jogar com um Beira-Mar muito bem orientado e teve algumas dificuldades em conseguir a vitória no jogo.
O 1-0 final, golo de Hulk (17º em 16 jogos), de penálti, reflecte os problemas que os portistas tiveram que enfrentar.
André Villas-Boas fez regressar Hulk ao centro, colocou Varela e James nas faixas, mas a dinâmica portista esbarrava constantemente num autêntico muro construído pelo Beira-Mar.
Que, na primeira parte, abdicou de atacar.
Neste cenário, só a rapidez de Varela e Hulk desatou o nó aveirense.
Com Fernando e Rafa de volta ao onze, o Porto dominou o jogo, a segunda parte foi mais repartida,mas sempre com domínio e ascendente do Porto.
Rodriguez (outro regresso) e James, podiam perfeitamente ter acabado com todas as dúvidas, que nunca foram muitas, antes do apito final.
O Porto ganhou, ganhou bem, Villas-Boas passou a contar com o seu "6" preferido (Villas-Boas vê Guarín como um "8", não um "6"), mantém a vantagem em relação ao Benfica e vai recuperando e rodando jogadores do plantel.
Depois da vitória do Porto, o Benfica ficava sob pressão extra na recepção ao Nacional.
A resposta dos encarnados a essa pressão foi muito boa.
Vitória (4-2) e uma boa exibição.
Que só não foi melhor porque os jogadores do Benfica caíram novamente num erro comum esta época - o deslumbramento.
O Benfica chega ao 3-0, com grandes exibições dos argentinos (especialmente Salvio, Gaitan e Aimar), mas depois disso, como referiu Jorge Jesus no final do jogo, passou apenas a "correr para a frente" (sic).
E apanhou um susto.
Dois golos do Nacional, o fantasma de um empate na Luz.
Que só desapareceu a dois minutos do final com um golo do recém entrado Jara.
A boa resposta à pressão, a sétima vitória consecutiva (um máximo esta época), não podem fazer esquecer este deslumbramento frequente que assalta os jogadores do Benfica.
E que lhes pode ser fatal de um momento para o outro.
Cabe a Jorge Jesus ensiná-los a "correr para trás".

Em Espanha, o Barcelona, ao ganhar por 3-0 ao Racing Santander, com 71% de posse de bola no jogo, deixa o Real sob intensa pressão.
Sobretudo no final de uma semana tão complicada como esta que agora termina.

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