Madrid e Milão out. Lyon e Manchester in.

Cumpriu-se a tradição.
O Real Madrid, que tinha a esperança de jogar a final da Liga dos Campeões no seu estádio, fica fora da competição nos oitavos-de-final.
Os 250 milhões de euros que Florentino Pérez investiu nesta versão dos galácticos só tiveram retorno num extraordinário Ronaldo.
O puto madeirense joga, faz jogar, marca.
Mas não pode ganhar a uma equipa.
E foi "só" isso que lhe foi pedido ontem.
O Lyon tem uma excelente equipa.
É muito forte colectivamente, tem personalidade, tem voz de comando, tem grandes jogadores e tem alternativas credíveis.
Só assim se explica que tenha conseguido resolver a eliminatória a seu favor com um empate em Madrid (1-1), num ambiente infernal e a perder desde os 6 minutos (golo de Ronaldo, de quem é que havia de ser?).
O Real tem uma série de vedetas, um jogador fenomenal (o melhor do Mundo) e um treinador fraco.
Não chega para ganhar uma Liga dos Campeões.
Nem para atingir os quatros-de-final.
Old Trafford engalanou-se para receber Beckham com grande ovação e em ambiente de grande emoção.
O United, que já tinha ganho em Milão (3-2) esmagou a equipa de Leonardo, um sombra do AC Milan que ganhava jogos, troféus, que era uma equipa com classe, respeitada.
Esta equipa do Milan é pouco mais que vulgar, mistura veterania aburguesada (Ronaldinho, Seedorf, Dida) com juventude inconsequente (Pato, Huntelaar) e soma-lhe um treinador fraco e sem carisma.
Do outro lado do campo, Sir Alex continua a fazer do Manchester uma máquina temível.
Rooney está diabólico, Nani está a jogar a sério (o puxão de orelhas de Ferguson resultou), há ali muito futebol e muito espectáculo prometido.
A goleada (4-0) só surpreende pelos números.
O AC Milan já não era goleado assim há quantos anos?
Nem me lembro, mas terão de ser muitos.

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