Perfeito como nos filmes
Uma noite perfeita para as equipas portuguesas ainda em competição na Liga Europa.
Três jogos, três vitórias, pontos preciosos somados no ranking da UEFA.
Que permitem alargar o fosso para o perseguidor mais directo (Rússia).
Para esse alargamento contribuiu directamente o Porto.
A vitória na Rússia (1-0) confirmou uma campanha imaculada fora do Dragão nos jogos da Liga Europa esta época.
E significou a primeira derrota de um CSKA até aqui invicto.
Não foi um jogo fácil.
Longe disso.
Os russos têm uma boa equipa, bons jogadores (Honda, Vágner Love, Doumbia e Akinfeeev, acima dos restantes).
Mas o Porto está realmente muito forte.
Um Helton em grande forma, a transmitir uma segurança tremenda; Otamendi e Rolando a formarem uma dupla de classe; Guarin a jogar todo-o-terreno e a marcar um grande golo; avançados de qualidade e em quantidade.
E um treinador que sabe ler o jogo, sabe escalar a equipa e mexer-lhe cirurgicamente.
Já são uma série de jogos consecutivos que André Villas-Boas "ganha" no banco.
Ontem foi hábil numa série de aspectos (bem longe do treinador "nada de especial" que diz ser).
Primeiro, ao colocar Guarin em campo em detrimento de Belluschi.
Com um relvado sintético, muito frio, dificuldade de segurar a bola e de equilíbrio, o colombiano levava vantagem sobre o argentino.
E foi fundamental.
Depois, e apesar de uma enorme posse de bola (64%), ao perceber que havia espaço a mais entre o meio-campo e a defesa mandando recuar Fernando.
Finalmente, percebendo as dificuldades físicas de Hulk e a inadaptação de James, substituindo-os por Varela e Rodriguez.
Ajuda ter um bom banco.
Que de nada serviria se não houvesse visão e liderança.
O Porto soube contornar as dificuldades, dominou o jogo, soube sofrer, marcou um golo e até podia ter feito mais.
Agora tem tudo para resolver a eliminatória no Dragão e seguir para os quartos-de-final da prova.
Quando, pelo caminho, já foram pulverizados todos os recordes de Mourinho.
Brilhante!
O Benfica voltou a virar um resultado desfavorável.
Aspecto positivo - a equipa, sob a liderança de Jorge Jesus, nunca mais apresentou aquele pânico de se encontrar a perder.
Pelo contrário, parte para cima dos adversários e procura virar o resultado.
O que tem conseguido várias vezes.
Aspecto negativo - é por demais evidente que os principais jogadores do Benfica estão em condição física precária.
Espremidos até ao tutano.
E não há alternativas credíveis.
Como tal, no final do jogo, Jorge Jesus já falava em poupanças.
O susto que representou o golo dos franceses foi ultrapassado com muita vontade, com muito esforço e com a visão de Jorge Jesus.
A entrada de Jara foi fundamental.
Não só pelo golo marcado mas pelo facto de vir substituir gente muito desinspirada e cansada.
Jorge Jesus queixou-se do árbitro (mais uma vez!!) mas falha o alvo.
Se é verdade que poderá haver penálti sobre Saviola, o golo dos franceses é limpo.
E o problema do Benfica é outro - manta curta para tantas solicitações.
Jorge Jesus parece que, finalmente, já se apercebeu desse facto.
O Benfica parte em vantagem.
O golo sofrido (2-1) é que é um bocado perigoso.
Ainda assim, continuo a atribuir favoritismo ao Benfica.
Brilhante, é o adjectivo que melhor classifica a prestação do Braga nas provas europeias.
Agora foi a vez do Liverpool provar do veneno dos "guerreiros do Minho".
O resultado final (1-0) é interessante.
Mas podia ser melhor.
Não sofrer golos em casa foi muito bom.
Podia ter sido excelente se os bracarenses tivessem marcado mais um golo.
O golo de Alain pode, ainda assim, revelar-se precioso.
O Braga perdeu o respeito aos milionários do Liverpool.
Depois de o ter feito com os milionários do Arsenal e do Sevilha.
Se o fizer novamente em Inglaterra....
O favoritismo continua do lado do Liverpool.
Mas os meninos de Domingos já provaram que se estão nas tintas para favoritismos.
Vamos ver.
Resultados dos jogos de ontem:
CSKA – FC PORTO, 0-1
(Guarin, 70)
SC BRAGA – Liverpool, 1-0
(Alan, 18, gp)
Bayer Leverkusen – Villarreal, 2-3
(Kadlec, 33; Castro, 72) (Rossi, 42; Nilmar, 70, 90+4)
BENFICA – Paris Saint-Germain, 2-1
(Maxi Pereira, 42; Jara, 82) (Luyindula, 15)
PSV – Rangers, 0-0
Ajax – Spartak Moscovo, 0-1
(Alex, 57)
Dínamo Kiev – Manchester City, 2-0
(Shevchenko, 25; Gusev, 77)
Twente – Zenit S. Petersburgo, 3-0
(De Jong, 25 e 90+2; Landzaat, 56)
Meu Deus o meu Glorioso esteve tão mal, tão mal. Mas GANHÁMOS....
ResponderEliminarTorci para o Braga perder, eheheheh
Carlota,
ResponderEliminarIsso não se faz!
Eu sou portista.
Mas NUNCA torço para uma equipa portuguesa perder em provas europeias.
Patriotismo e sentido prático.
Quantas mais vitórias, mais pontos no ranking da UEFA.
Quantos mais pontos, mais equipas teremos a disputar as provas da UEFA, designadamente a Liga dos Campeões.
O Benfica está a atravessar um momento algo complicado.
O plantel foi mal construído, tem poucas alternativas (são só 13 ou 14 jogadores) e, com quatro provas, esses jogadores estão esgotados.
Jorge Jesus agora é que admite isso mesmo.
E vai começar a fazer poupanças na Liga portuguesa.
Ainda assim, desejo, e acredito, que o Benfica passe a eliminatória.
Desculpe!
ResponderEliminarEra o rescaldo do Benfica ter perdido com o Braga.
Mas claro que fiquei contente por terem passados os 3.
Beijo