Conselho de Segurança autoriza uso da força contra o regime líbio
Muammar Khadafi levou ontem um forte murro no estômago.
Que, inevitavelmente, o levará ao tapete.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas legitimou o uso da força para afastar do poder o tirano líbio.
Dez votos a favor (incluindo Portugal) e cinco abstenções (Rússia, China, Alemanha, Brasil e Índia) foram o suficiente para aprovar a proposta de intervenção apresentada pela França, Reino Unido, Líbano e Estados Unidos.
A resolução aprovada pelo Conselho de Segurança usa a expressão "todas as medidas necessárias".
Expressão que, desde sempre, se sabe que significa intervenção militar.
Intervenção militar que pode começar a qualquer momento e que deverá incluir forças francesas, inglesas e de alguns países árabes (Qatar e Emirados Árabes Unidos, entre estes últimos).
Já os Estados Unidos parece quererem manter-se à margem de mais um conflito.
A braços com os problemas que se conhecem no Iraque e no Afeganistão, para além de uma crise económica da qual tardam a sair, os governantes americanos, também seriamente afectados na sua popularidade interna, e com eleições no horizonte, teriam grande dificuldade em convencer a opinião pública interna da bondade de uma decisão de intervir militarmente na Líbia.
Essa tarefa ficará então entregue aos seus aliados na NATO, aos quais, juntamente com alguns países da região, é pedido que afastem o tirano líbio, derrubem o seu regime ditatorial e preparem o país para uma transição de poder pacífica.
Ou seja, o cenário oposto daquele que ameaçava Khadafi quando se apressou a falar em "divisão interna do país" (leia-se guerra civil).
A comunidade internacional, que incentivou o povo líbio a rebelar-se para afastar do poder o beduíno tresloucado, sentiu-se na obrigação moral de acorrer agora em auxílio desse mesmo povo que o líder insiste em martirizar.
Já não há volta a dar - aproxima-se rapidamente novo conflito bélico.
Que, é fácil prever, terminará com a queda do regime de Muammar Khadafi.
Mas uma queda que o Mundo percebeu que tem de ser provocada, forçada.
Porque o facínora líbio nunca abdicará do poder voluntariamente.
Que haja o mínimo de vítimas nesse processo é o que mais se deseja neste momento.
Antevejo um país destruído. E como e quando se levantará?
ResponderEliminarLá vai o tirano ter de pedir asilo na Venezuela...
ResponderEliminarCaro Pedro
ResponderEliminarEmbora seja relutante em relação às intervenções externas, creio não haver outra hipótese, dado que o Mundo está perante um louco que não exita em exterminar o seu povo para se perpetuar no poder.
Apenas a lentidão com que decisão foi tomada originou que muitas centenas ou milhares de vidas foram perdidas.
Abraço
VICI,
ResponderEliminarÉ bem possível que isso aconteça.
Mas não há mesmo alternativa como bem comenta o folha seca.
Hugo,
Não terá essa oportunidade.
Não é só o regime que desaparece.
Khadafi também desparecerá.
estou convencido que morrerá.
Rodrigo,
Totalmente de acordo com a sua opinião.
Khadafi deixou bem claro que qualquer intervenção exterior significaria muitas mortes.
ResponderEliminarNão se duvida que o "líder" líbio seja capaz de tudo.
A decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas peca por tardia. Mas justifica-se plenamente.
Espanta-me o sentido de voto (abstenção)do Brasil, da Alemanha e da Índia. Não tanto da Rússia, muito menos da China.
Creio, contudo, poder encaixar este voto numa manobra táctica.
Quanto aos Estados Unidos estou plenamente de acordo com o Pedro.
O ataque a Khadafi terá que ser forte e feio.
Gente desta tem que ser castigada.
Afastada do poder e não só.
Se é que me faço entender.
Faz-se entender perfeitamente, Observador.
ResponderEliminarOs votos de abstenção terão que ser analisados lá mais para a frente.
Qual a táctica subjacente aos mesmos é algo que teremos que perceber no futuro.
Acabei de ler isto:
ResponderEliminar"O ministro dos Negócios Estrangeiros líbio, Mussa Kussa, citado pela agência noticiosa francesa AFP, anunciou o fim das operações militares e um cessar-fogo imediato no país".
Mais uma jogada "Khadafiana"!!!
Só pode ser.
ResponderEliminarFaz-me recordar o ministro da propaganda de Saddam.