Me and my friend Muammar (entrevista de José Sócatres à SIC)
Portugal assistiu ontem à noite ao princípio da crise política há muito anunciada.
Em entrevista à SIC (ver aqui), o primeiro-ministro anunciou o óbito do Governo que lidera.
Mas anunciou-o de uma forma "sui generis".
Em forma de chantagem.
Pior, de uma chantagem ridícula.
Recorro à Wikipédia:
"Pode-se definir a chantagem como sendo uma situação onde a primeira parte (quem faz a chantagem) exerce um processo de pressão e/ou tortura mental sobre a segunda parte (quem sofre a chantagem) a fim de receber dessa algo de seu interesse, visto que a segunda pessoa não poderá (ou terá vontade de) consentir."
Ou seja, quem chantageia tem de estar em posição de vantagem.
O oposto do que se passa com José Sócrates.
Que ameaça demitir-se se não for feito o que ele quer.
Dias depois de centenas de milhar de pessoas terem saído à rua a exigir a sua demissão, o primeiro-ministro ameaça que se demite se não lhe fizerem as vontadinhas.
Mas isso é exactamente o que lhe é pedido que faça!
Provando que vive em estado de negação, que está há muito alheado do país que governa, José Sócrates fez a mesma figura que faz o seu amigo (ainda é??) Muammar Gadaffi.
Que, quando o povo o despreza, comporta-se como se fosse amado.
Triste fim o deste Governo que não deixa saudades a ninguém!
Para rematar em beleza, Sócrates afirma que será candidato, enquanto líder do PS, nas eleições que se realizarão após a queda do Governo.
Será??
Recordei-me do tempo em que Mário Soares dizia "mon ami Miterrand"...
ResponderEliminarNão vi a entrevista de José Sócrates à SIC/SIC Notícias mas não fico rigorosamente nada admirado com o que aqui li.
Não será essa, afinal, a táctica mais adequada quando se quer "fugir para a frente"?
Caro Pedro,
ResponderEliminarEstou divulgando esta sua página em meu blog, pois acho de extra importancia que os povos tomem conhecimento de um comportamento politico, que hoje se faz em Portugal, mas que poderia e pode estar acontecendo em qualquer outro país.
Eis a necessidade de uma participação maior dos povos, em coibir tal comportamento.
Estamos solidarios!
Observador,
ResponderEliminarEu não usei o mon ami Muammar porque o nosso Sócrates é mais inglês técnico.
Mas a fonte de inspiração era essa mesmo.
Sócrates está, obviamente, a provocar a demissão.
Esperando obter dividendos eleitorais com a mesma.
Em suma, fazer o papel do coitadinho para terem peninha dele.
Olá Eunice,
Vou espreitar agora o seu blogue.
O que está a acontecer em Portugal não é muito diferente do que acontece noutras latitudes.
Até nisso não há originalidade.
Não vi a entrevista,Pedro, mas parece-me muito claro, pelo que li, a inevitabilidade de eleições antecipadas. Salvo se PPC, sabendo que ainda não é altura de chegar ao poder, decidir aprovar o PEC IV, pelas razões que invoco no meu canto.
ResponderEliminarÉ verdade que toda a gente está farta deste governo, mas quem pensar qeu vem aí melhor, pode desiludir-se. Não há forma de escaparmos a um apertar de cinto violento, pagando assim uma política errada que vem desde 1987.
Também não vi a entrevista mas pelos media e conversas, a pressão que Sócrates está a fazer à oposição é capaz de não levar ao resultado desejado. Se calhar vamos ter eleições...
ResponderEliminarPedro Coimbra vinha agradecer a visita!
Carlos,
ResponderEliminarEssa inevitabilidade parece que ainda não foi interiorizada por muita gente.
Á sensação com que fico, quando aí vou e em conversa com amigos, é que a tal coisa da crise é algo que vai afectar o vizinho.
ana,
Não agradeça porque é sempre um prazer "visitá-la".
A hipótese de elições antecipadas é muito, muito forte.
É a melhor solução?
Confesso que também não sei.
Não sei se as eleições antecipadas são a melhor solução mas como dizia o Tiririca "pior que está não fica"
ResponderEliminarNem mais, Hugo!!! :))
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