Despacho de Alberto João sobre Crucifixos


Nunca é tarde para se conhecer (relembrar) um Despacho extraordinário como este. 


Despacho n.º 17/2010

Considerando que a Região Autónoma da Madeira não deve pactuar com aquilo a que se
chama «euroesclerose», marcada por um ataque aos Valores que suportam a civilização
europeia, consequência também das correntes auto-denominadas de «pós - modernismo» .

Considerando que não é possível, sob o ponto de vista da realidade cultural e da sua
necessária pedagogia escolar, conceber a Europa e Portugal sem as bases fundamentais
do Cristianismo .

Considerando que, por tal, a laicidade do Estado não é minimamente lesada pela presença
de Crucifixos nas Escolas e, pelo contrário, incumbe ao Estado laico dar uma perspectiva
correcta da génese civilizacional dos povos, bem como dos Valores que suportam o
respectivo desenvolvimento cultural.

Considerando que os Crucifixos não representam em particular apenas a Igreja Católica,
mas todos os Cultos fundados na mesma Raiz que moldou a civilização europeia.

Não há, assim, qualquer razão para a retirada dos mesmos Crucifixos das Escolas,
pelo que determino a sua manutenção.

O presente Despacho vai para publicação no «Jornal Oficial» da Região Autónoma da

Madeira e para execução pelo Senhor Secretário Regional de Educação e Cultura.

Funchal, 14 de Julho de 2010.

O PRESIDENTE DO GOVERNO REGIONAL DA MADEIRA,

Alberto João Cardoso Gonçalves Jardim

Comentários

  1. O que está de errado em manter-se os crucifixos nas escolas?

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  2. Nada, Catarina.
    O que é incrível é que a UE perca tempo a legislar sobre estas questões.
    Obrigando os Estados a cumprir tal legislação.
    E que, depois disso, um Governo Regional, não cumpra a legislação que emana das autoridades centrais.
    No meio destas "discussões", já viu quanto tempo todos perderam?
    E depois admiram-se que a Europa estagne.
    Enquanto se discutem os crucifixos nas escolas e o tamanho das azeitonas, há outros espaços no mundo que estão preocupados em avançar e prosperar.
    Os problemas são esses - falta de autoridade e atenção a "problemas" que não existem.

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  3. Pedro
    Um dia estava em Fátima em trabalho (vendedor) quando passava numa rua em que as lojas ocupavam os passeios com bancas com material religioso, apercebi-me de uma pequena discussão.
    Um "Men" insistia com a proprietária de um desses estabelecimentos para lhe vender um cabide, mas exigia que lhe tirasse o boneco e fizesse o respectivo desconto.
    Acho que ler o seu blogue tem um efeito muito bom para a memória. Nunca mais me lembrei desta estória até ler este post.
    Abraço

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  4. Rodrigo,
    Lembra-se da novela Roque Santeiro?
    Parodiava, de maneira muito bem conseguida, esse negócio que se gerou à volta da fé, das crenças religiosas das pessoas.
    Nunca percebi muito bem a necessidade de intervir nesta questão dos crucifixos.
    Acalmar a crescente comunidade islâmica que se instalou na Europa?
    Francamente, ainda hoje não percebo.
    Como não percebo que um governo regional não cumpra as leis do Estado.
    Abraço

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