Benfica perde em Braga e entrega título ao Porto. Sporting (finalmente!!) ganha. Real, sem Ronaldo, também ganha. Manchester perde com o Liverpool.

O título de campeão terá ficado ontem entregue ao Porto depois da derrota do Benfica em Braga (2-1).
Dezoito jogos depois, o Benfica não ganhou.
Pior, perdeu.
E perdeu porque não foi capaz de ganhar.
Jorge Jesus e Luís Filipe Vieira atiraram-se à equipa de arbitragem, à maneira como a equipa do Benfica foi recebida em Braga, à expulsão de Javi García, para justificar a derrota.
Nem vou perder tempo a analisar todas estas questões.
O Benfica perdeu porque o plantel é curto (já o tinha referido várias vezes), não há alternativas de qualidade, a equipa está cansada.
E Jorge Jesus, percebendo que o título na Liga era um objectivo muito complicado, e dependente de terceiros, deu prioridade a outras três competições.
O resto é treta.
O Benfica adiantou-se no marcador, e nem o merecia, Javi García é expulso (mal?? Talvez...) e Hugo Viana empata o jogo beneficiando de mais um frango de Roberto.
O guarda-redes espanhol que é capaz de defesas impossíveis e de frangos impensáveis.
Sempre me ensinaram que, em equipas fortes, o guarda-redes tem de ser discreto e eficaz.
Não é preciso dar grandes fotografias.
Não pode é falhar.
Roberto é o oposto.
Como aconteceu ontem.
Misturou defesas fantásticas com um frango inadmissível.
E este tem mais importância que as defesas magníficas.
Jorge Jesus, percebendo o cansaço de alguns jogadores nucleares (aquelas vitórias arrancadas no último minuto eram um sintoma desse cansaço. E deixaram marcas...), fez descansar Salvio e Gáitan.
O problema é que Jara e Filipe Menezes estão a anos-luz dos dois argentinos.
E o futebol do Benfica emperrou.
Par agravar, Mossoró resloveu marcar um golo extraordinário.
E o Benfica foi ao tapete.
O Porto vai ser campeão.
Com toda a justiça, com todo o mérito.
É só uma questão de saber qual a jornada que confirmará matematicamente o anunciado título.
O Benfica ficará em segundo lugar (ainda há dois jogos para jogar entre os rivais).
E o Braga reacende a luta pelos lugares europeus.
E mantém a esperança de ficar num dos quatro primeiros lugares.
Já o Sporting, oito jogos depois, e na estreia de Couceiro como treinador em Alvalade, venceu o Beira-Mar (1-0).
Uma vitória conseguida com um golo marcado por Matías Fernández, aos 78 minutos, na conversão de uma grande penalidade muito duvidosa.
O Sporting foi uma equipa nervosa, ansiosa (tem sido sempre assim em Alvalade esta época).
Isto quando tinha pela frente um Beira-Mar em queda vertiginosa.
Os aveirenses já vão em oito jogos sem vencer e não marcaram qualquer golo nos últimos quatro.
Uma vitória importante do Sporting, que permite aos leões consolidar o terceiro lugar, o grande objectivo neste final de época.

Nos restantes jogos, destaque óbvio para o Rio Ave.
Vitória na Madeira (1-0), a sexta consecutiva, a consolidar o 10º lugar e a acentuar a péssima época do Marítimo.
Vitória de Setúbal e Olhanense empataram (0-0) num jogo que, tal como o Académica/Leiria foi caracterizado por um pacto de não agressão.
Em Espanha, sem Ronaldo (lesionado), o Real Madrid foi ganhar a Racing Santander (3-1).
Jogo complicado, resolvido grandemente à custa de um bis de Benzema.
Sete pontos de distância para o Barcelona e o sonho do título ainda vivo.
Mas muito complicado.
Em Inglaterra, o Liverpool, adversário do Braga na Liga Europa, bateu o Manchester United (3-1).
Hat-trick de Kuyit num jogo fantástico.
Meireles jogou (e bem) pelo Liverpool.
Nani foi vítima de uma entrada terrível de Carragher, teve de ser substituído, e deverá falhar os próximos jogos.
E o Manchester não conseguiu capitalizar o empate do Arsenal.
Pelo contrário, viu os londrinos aproximarem-se.
É só um ponto.
Mas que pode vir a revelar-se importante.

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