Tudo azul e algumas surpresas



Não podia correr melhor a jornada de ontem da Liga dos Campeões.
Estou a observar a situação do ponto de vista do FC Porto, obviamente.
O Porto cumpriu a sua obrigação e foi ganhar ao Chipre a um irrequieto mas inofensivo APOEL.
Com uma exibição mediana, como tem sido regra esta época, os portistas confirmaram a passagem aos oitavos-de-final da prova, fase onde vão estar pela 10ª vez.
Prestígio e dinheiro, que já estão garantidos 12, 5 milhões de euros.
A vitória em Chipre (1-0), aliada ao empate do Chelsea em Madrid (2-2), colocou os portistas e os londrinos nos oitavos-de-final da prova.
Em Chipre, Jesualdo deixou Bellushi no banco e colocou Guarin no meio-campo, numa tentativa clara de dar peso e centímetros à equipa.
Em termos de criatividade, as despesas ficavam para o trio da frente (Hulk, Falcao e Rodriguez).
O "Cebola" voltou a apresentar-se em deficientes condições físicas e psicológicas (está a ter um princípio de época penoso) e obrigou Jesualdo a tentar o 4/4/2, esquema que já tem tentado várias vezes, com a entrada de Farias para emparelhar com Falcão.
Tal como contra o Belenenses, foi com esta dupla em campo que o Porto marcou o golo que valeu a passagem à fase seguinte.
Desta vez foi Falcão a marcar.

Restam dois jogos - no Dragão com o Chelsea e em Madrid com o Atlético - para discutir o primeiro lugar do grupo, mais prestígio e mais dinheiro (a crónica de O Jogo aqui http://www.ojogo.pt/  ).
Em Madrid, na estreia de Quique Flores na Champions aos comandos do Atlético, os espanhóis ainda sonharam com um golão de Kun Aguero.
Mas depois surgiu o factor Drogba.

O magnífico jogador do Chelsea, naquele seu jeito felino, apontou dois golos e colocou os londrinos e os portistas na fase seguinte.
Aguero ainda marcou outro golaço, agora de livre, mas só serviu de consolação.
Os madrilenos tardam em acertar o passo, a equipa tem insuficiências a meio-campo e no sector defensivo que precisam de ser corrigidos no mercado de Inverno, e esses desiquilíbrios pagam-se muito caro a este nível competitivo.
O Chelsea é a equipa mais experiente, mais matreira e mais sabida desta edição da Champions.
Os jogadores têm muitos quilómetros e muitos jogos nas pernas.
O treinador ainda tem mais, e inclusivamente já tem troféus conquistados a este nível.
Tanta qualidade e experiência juntas, resultam num dos mais sérios candidatos à conquista do troféu.

Nos outros jogos da noite, a Juventus, ao vencer em Israel (1-0) está muito perto dos oitavos-de-final também (aqui http://www.ojogo.pt/25-257/artigo830275.asp ).
Num jogo abitrado por Pedro Proença, o Bordéus garantiu o apuramento ao vencer em Munique (2-0) um Bayern que investiu muito mas rende pouco (aqui http://www.ojogo.pt/25-257/artigo830276.asp ).
Os girondinos são uma das três equipas francesas em grande destaque nesta edição da Champions.
No jogo de grande cartaz da noite, em Milão, o AC Milan e o Real Madrid empataram (1-1) no regresso de Kaká a Milão (aqui http://www.ojogo.pt/25-257/artigo830277.asp ).

E o Real, em sete jogos sem Ronaldo, já leva cinco sem ganhar.
Coincidência?
Não creio....
Em Manchester, um CSKA descomplexado, fez a vida negra ao United, com os ingleses a conseguirem um empate feliz (3-3) que lhes garante o apuramento, depois de estarem em desvantagem até bem perto do final do jogo (aqui http://www.ojogo.pt/25-257/artigo830281.asp ).
Mas este Manchester está a léguas daquela equipa espectacular e entusiasmante que era quando Cristiano Ronaldo brilhava em Old Trafford.
Sir Alex tem muito trabalho para conseguir que a máquina funcione novamente.

Em contraste com um Bayern rico e deprimente, a Europa está a conhecer um Wolfsburgo sensato e vibrante.
Vitória (3-0) na Turquia, e grande exibição de Misimovic e Dzeko na equipa alemã para Carlos Queiroz observar com atenção (aqui http://www.ojogo.pt/25-257/artigo830282.asp ).
No Vélodrome, o Marselha, sem Lucho, arrasou o Zurique (6-1) e vai discutir com o Real e o Milan o apuramento (aqui http://www.ojogo.pt/25-257/artigo830283.asp ).
Marselha que, com o já mencionado Bordéus, e o Lyon, pode bem ser uma de três equipas francesas a marcar presença nos oitavos-de-final da prova.




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