O Chelsea é melhor. Só isso.
Mourinho disse algo de muito semelhante após a derrota com o Barcelona anteontem.
E é assim mesmo quando as coisas são simples e nós não resolvemos ligar o "complicador".
O Chelsea é melhor que o Porto.
Repito o que já escrevi anterioremente - o Chelsea é a equipa mais experiente, mais sólida, mais sabida, fisicamente mais forte, orientada por um treinador também ele imensamente experiente, frio e calculista, que participa nesta edição da Liga dos Campeões.
Esses atributos, infelizmente, estiveram ontem todos presentes no Estádio do Dragão.
O Porto teve o domínio do jogo?
O Porto jogou o que o Chelsea deixou, e quando o Chelsea deixou.
E essa é uma das grandes qualidades da equipa de Ancelotti.
O Chelsea é uma equipa profundamente cínica.
Deixa o adversário jogar, entusiasmar-se, enquanto vai estudando o momento de dar a estocada.
Quando a dá, normalmente é mortífera.
Porque o Chelsea, se marca, muito dificilmente não ganha.
Qualidade que ainda se torna mais evidente quando se dispõe de um quadro de jogadores fabuloso, com uma imensidão de opções para todas as posições do campo.
O Porto não jogou mal (também não jogou bem...) mas não tem a estaleca da equipa inglesa.
E ainda não superou a ausência de Lucho e Licha.
O próprio Jesualdo parece ainda não ter encontrado um rumo concreto para a equipa.
Vai continuando a falar no processo, na consolidação do modelo, na evolução e na progressão, mas não se vê nada de muito concreto ou entusiasmante.
O Porto conseguiu o apuramento, que era o importante, mas sem qualquer brilhantismo (a crónica de O Jogo aqui http://www.ojogo.pt/25-279/artigo834624.asp ).
Foi bonita, e amplamente merecida, a recepção a Deco e a Ricardo Carvalho.
Com um Atlético de Madrid deprimente, e um Appoel sem qualquer qualidade, não era tarefa complicada.
Os espanhóis podem agradecer a Simão não estarem ainda a sofrer maior humilhação.
O golo do português permitiu o empate em Chipre, adiando para a última jornada a decisão de qual a equipa que transita para a Liga Europa.
Será, por certo, o Atlético (aqui http://www.ojogo.pt/25-279/artigo834643.asp).
Noutros jogos, o Real Madrid ganhou ao Zurique, saltou para o primeiro lugar do Grupo, Ronaldo finalmente voltou à competição, mas os merengues ainda não estão apurados (aqui http://www.ojogo.pt/25-279/artigo834640.asp ).
É que, em Milão, o Marselha jogou muito, merecia ganhar o jogo, e deixou tudo em aberto para última jornada (aqui http://www.ojogo.pt/25-279/artigo834644.asp ).
Os rossoneri não conseguem ser minimamente convincentes e competitivos, ao passo que os franceses, sob a batuta de Lucho (jogou e marcou), estão a dar uma imagem muito positiva nesta edição da Champions.
Reafirmo-o, as equipas francesas, quase em silêncio, é bem possível que se apurem todas para os oitavos-de-final da Champions (Lyon, Bordéus e Marselha).
O "Teatro dos Sonhos" nunca mais foi o mesmo desde que Cristiano Ronaldo foi actuar para outras paragens.
Ontem foi palco de um pesadelo.
Derrota com os turcos do Besiktas mercê de um golo solitário do ex-sportinguista Rodrigo Tello.
O Manchester, que já não perdia em casa desde 2005, não revelou capacidade para dar a volta ao resultado.
Sem Ronaldo, este Manchester não convence, muito menos entusiasma (aqui http://www.ojogo.pt/25-279/artigo834645.asp ).
O Manchester está apurado e o Wolfsburgo, de Ricardo Costa, e o CSKA (ontem os russos ganharam) vão discutir a outra vaga.
O Besiktas, no entanto, ainda pode chegar à Liga Europa.
As contas todas aqui http://www.maisfutebol.iol.pt/desporto/liga-dos-campeoes-champions-league-barcelona-inter-ao-vivo-maisfutebol/1105437-4062.html
Mantenho a aposta - entre a beleza e espectacularidade do jogo do Barcelona, e o pragamatismo e a frieza do jogo do Chelsea, deve estar o vencedor desta Liga dos Campeões.
Há outras equipas a correr por fora, com o Real Madrid à cabeça, mas estas duas são mesmo exemplos de classe pura.
Cada uma à sua maneira, e muito como reflexo da personalidade dos técnicos que as comandam.
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