E agora Eanes
A Lusa está a transformar-se numa espécie de arena de luta política com Macau como pano de fundo e leitmotif.
Agora foi Ramalho Eanes que, por ocasião de uma homenagem a Melo Antunes, veio proferir uma afirmação assaz curiosa, ainda na sequência do desabafo de Rocha Vieira.
Ramalho Eanes achou que não devia responder a uma pergunta que lhe foi colocada acerca do final do mandato de Rocha Vieira, e do episódio da bandeira, porque "teria de fazer uma crítica implícita a um dos sucessores"(sic).
Para quem não queria fazer uma crítica......
Acho curiosa esta forma de actuar, que é aliás recorrente em Portugal.
Eu não quero dizer nada porque, se fosse dizer, era para dizer algo desagradável.
Já disse tudo!!!
O que é que ainda podia dizer mais?
Entrar na maledicência pura?
Não sei se Ramalho Eanes realmente acha, a propósito do mandato de Rocha Vieira, que "(...) a República lhe deve um trabalho de excelência na condução da questão de Macau e na devolução à China com aquela dignidade que todos reconheceram que o acontecimento teve" (sic), ou se está a produzir declarações numa lógica de amizade e corporativismo.
Volto ao que aqui deixei escrito em post anterior - o momento para o balanço do consulado Rocha Vieira em Macau ainda vem longe.
Como residente permanente de Macau, português de origem e coração, não estou a gostar nada de mais um episódio de pura chicana política à volta de Macau, precisamente quando se cumpre o décimo aniversário da transferência de poderes.
Ainda não perceberam que estas palermices não têm interesse nenhum, não têm sentido nenhum, dão má imagem do País e reflectem-se negativamente em quem escolheu basear a sua vida aqui?
Para quem está sempre a falar em Sentido de Estado, fica a sensação que quem tanto prega não sabe muito bem o que a expressão significa.
Parabéns por este postal. É indigno o que a Lusa comandada pelo comissário Camões está a fazer. Querem colocar o Vieira nos píncaros quando os telhados já nem são de vidro... são de plático.
ResponderEliminarAbraço