O meu público é muito diferente do teu!!


A Direcção dos Serviços de Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) apresentou os resultados da consulta pública que promoveu acerca da construção daqueles mamarrachos na colina da Taipa Pequena.
66,7 por cento de opiniões favoráveis, contra 27,5 por cento de opinião desfavoráveis à construção.
Quando recebi esta informação fiquei a pensar que isto dos públicos deve ser como os chapéus do Vasco Santana - há muitos.
Sim que, sob palavra de honra, entre amigos, conhecidos, colegas, não ouvi ainda UMA única opinião que fosse favorável ao atentado que se vai levar a cabo numa das poucas zonas verdes que restam na ilha da Taipa.
Claro que, depois de saber quais foram os "métodos científicos" utilizados na consulta, percebi melhor os resultados da mesma.
Realmente, e recordando uma ilustre figura da sociedade macaense, para quê arriscar a organização de umas eleições sem antes saber quem é que as vai ganhar?!

Comentários

  1. Caro Pedro
    Não conheço a situação em concreto. Mas no que respeita a sondagens e consultas publicas, mais outros actos parecidos, estão cada vez mais desacreditados.
    Um certo egoísmo leva em geral a que só os interessados votem. No que respeita a obras então é fácil mobilizar, mais emprego, mais desenvolvimento e por aí fora e a natureza que se lixe...
    Abraço

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  2. Exactamente o que se passa nesta situação, Rodrigo.
    Macau tem muito poucos espaços verdes.
    Cada vez menos.
    Destruir este, é criminoso.
    E estas "consultas" são um insulto à inteligência das pessoas.
    Se eu for consultar o promotor da obra, os amigalhaços dele, e outros contactos, de certeza que vou ter muita gente a apoiar o processo, não é?
    Quando se faz uma consulta pública, ou esta é aberta, ou se diz previamente qual o universo de pessoas que vão ser consultadas, quais as peguntas (sim ou não era suficiente neste caso) e qual o período?
    Não é depois.
    Abraço

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  3. Caro confrade Pedro Coimbra!
    A condição "sine qua non" da Educação Ambiental é: "pensar global, agir local".
    Isto posto, fico entristecido ao constatar que o mercantilismo exacerbado alicerçado na ganãncia de grupos inescrupulosos, que não têm consciência ecológica e não têm sensibilidade para entender que a relação deléteria com o nosso combalido meio ambiente contribuirá para tornar inviável nosso atual modo de vida!
    Caloroso abraço! Saudações ambientalistas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  4. Caro Prof. João Paulo Oliveira,
    A voragem do lucro rápido, imediato, exponencial, tudo justifica para estes mandarins dos tempos modernos.
    E o mais triste é percebermos que é impossível fazer esta gentinha entender que há (muitos) valores que se sobrepoem ao dinheiro.
    Um abraço

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