Poderá o fim do Zaia curar a teimosia de Sheldon Adelson?
Sheldon Adelson é um homem muito rico.
Dono da Las Vegas Sands, apoiante (com generosos donativos) de Newt Gingrich, Sheldon Adelson é, para além de muito rico, muito teimoso.
Chegou a Macau e, numa atitude que tinha tanto de megalómano como de pacóvio, tão típica aliás de uma certa América, afirmou que vinha mudar o território.
Nomeadamente na área do turismo.
Passaria então Macau a ser uma Las Vegas a Oriente, um local onde as famílias se deslocariam para se divertirem, fazer compras, ver espectáculos de grande qualidade, com grandes estrelas.
E, também, jogar.
Esqueceu-se que, como cantava Bowie, "This is not America".
O visitante que se desloca a Macau, ao contrário do turista que se desloca a Las Vegas, vem apenas para jogar.
E não quer ser perturbado neste seu objectivo.
Desta visão megalómana de Sheldon Adelson, fazia parte um outro projecto arrojado - um espectáculo, residente, do Cirque du Soleil.
Foi então criado, propositadamente para Macau, e só para Macau, pela renomada companhia circense o Zaia.
Que agora anuncia a sua partida.
Porque, mesmo depois de presumivelmente adaptado ao gosto local, não sobreviveu.
Sem espectadores em número suficiente que o possam alimentar em Hong Kong e Macau, sem que os visitantes o procurem, o Zaia fecha portas.
Será o estertor do Zaia simbólico?
Um estrondo que faça Sheldon Adelson acordar e perceber que está numa cidade com cinco séculos de História e não no deserto do Nevada?
Era engraçado, mas não acredito
Pedro, concordo com as considerações relativamente a Adelson mas não vejo o mal em procurar instalar outras formas de entretenimento em Macau.
ResponderEliminarEra óptimo, Hugo.
ResponderEliminarEu adorava.
O problema é que os visitantes (são visitantes, não são turistas, não me canso de dizer) não querem.
Não lhes interessa.
Só querem jogar.
E só o mercado do Delta, e respectiva população, são restritos.
Mais ainda, muito virados para a oferta de origem asiática (Hong Kong, Taiwan, Coreia, Japão).
Infelizmente, é assim.
Iniciativas como o Zaia, e o House of Dancing Water irá pelo mesmo caminho, estão condenadas ao fracasso.
Jogo puro e duro.
Adelson já deve ter percebido isso.
Agora fala em salas de cinema.
Isso já é difernte.
Porque não envolvem os mesmos custos operacionais e de manutenção.
E porque sempre se podem encher com uns filmes de artes marciais.
Para um tipo como esse que é apenas e só o maior magnata do jogo, tudo se deve resumir a uma questão de dinheiro...
ResponderEliminarEle é muito aquele típico americano Archie Bunker.
ResponderEliminarApenas MUITO mais endinheirado.
E com uma série de manias que todo esse dinheiro lhe permite ter.
A arrogância com que se apresentou em Macau, perante uma raposa velha como é Stanley Ho, foi impressionante.
Nesta altura, em termos de receitas, está atrás da SJM/STDM e da Galaxy (a família Lui de Hong Kong à cabeça).
E acho que nunca perceberá que quem conhece a mentalidade local, e tem os contactos mais valiosos, são as pessoas que ele hostilizou.
Já o Steve Wynn teve uma atitude oposta.
Mas, como bem diz um amigo meu, enquanto o Wynn compra Picasso e Monet, o Adelson faz uma porra a imitar Veneza.
Fica logo tudo dito acerca da personalidade e dos gostos de cada um.
Não suporto arrogância!
ResponderEliminarEndinheirados mas também morrem quue se lixam.
Beijinho e uma flor
E este tipo é o género arrogante parolo.
ResponderEliminarTenho montes de dinheiro faço o que quero e digo o que quero.
De vez em quando, como dizem os brasileiros, ferra-se!!
Beijinho