Antes de decidir fixar residência em Macau, aprenda a fazer pequenas reparações em casa


Quando se fixa residência em qualquer região ou país, por norma procura saber-se que condições existem  no local escolhido em termos de acesso a cuidados de saúde, em termos de segurança, qualidade do ensino ministrado nas escolas  (sobretudo para quem tem filhos), custo e qualidade de vida.
Pois bem, para quem pretenda fixar residência em Macau, fica o aviso - para além destas preocupações, fique ciente que, se não souber fazer pequenas reparações em sua casa, tem de aprender depressa.
Isto porque, uma vez aqui chegado, será confrontado com a quase impossibilidade de encontrar alguém que esteja disposto a realizar esse trabalho.
Se, depois de muitas tentativas, e com muita sorte, encontrar alguém, prepare-se para ver essa pessoa deixar-lhe claro que lhe está a fazer um grande favor.
E, como se trata de um grande favor, prepare-se para pagar 1000 patacas (100 euros, mais coisa, menos coisa) como retribuição desse "favor" que demorou cerca de duas horas a completar.
Estranho conceito de favor, convenhamos!!
Há qualquer coisa de profundamente errado na estrutura de uma sociedade onde não existe mão-de-obra disponível para executar estas tarefas, mesmo pagas a preços exorbitantes, e onde, simultaneamente, se sucedem as manifestações cívicas e as declarações políticas visando proibir a importação de mão-de-obra como forma de garantir o emprego dos locais.
O tal emprego que esses mesmos locais, quase sempre os integrantes das sobreditas manifestações, olimpicamente recusam.
Enquanto certos senhores não perceberem que têm que abandonar o dúbio e difuso conceito de face para se concentrarem mais na necessidade muito concreta de ter vergonha na cara, este e outros dislates semelhantes não poderão ser alterados.

Comentários

  1. Felizmente sei fazer um pouco de tudo e trato, eu mesmo, das pequenas reparações na minha casa desde canalização, electricidade, paredes, chão, etc.
    Já vi que tenho emprego garantido se emigrar para Macau. Por 100 euros? O meu amigo pode crer que não faço favor a ninguém. Será um ENORME PRAZER para mim trocar uma borrachinha de torneira que custa uns míseros cêntimos a troco dessa bela quantia. :D

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  2. Esta situação já vai sendo comum por todo o lado.
    Existe falta de mão de obra especializada.
    Quando a encontramos temos a dificuldade de a pagar a preços exorbitantes.

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  3. L.O.L.
    Não me fiz entender - 100 euros foi só pelo trabalho.
    E é por favor!!
    Infelizmente, eu sou um perfeito trambolho nessas pequenas reparações.
    Mas acho que vou ter mesmo que começar a aprender.


    Luís,
    O mais incrível é que, havendo falta de mão-de-obra, e reconhecendo-se esse facto, se procura evitar a importação da mesma, se procura impedir a entrada a quem está disposto a vir trabalhar.
    Isso ainda é mais irritante.

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  4. Estimado Amigo Pedro Coimbra,
    Um óptimo conselho, pois Macau, desde a alguns tempos para cá funciona assim.
    O comentário do Senhor Luís peca por uma razão fundamental, é bem verdade que muitos pretendem vir trabalhar para Macau, mas chegados cá procura outros meios e não estes.
    Ainda estou bem recordados dos papelinhos de anuncios de reparações de canalizações e electricidade, que postavam nos postes electricos e em todos os locais de dia de hoje e como bem disse o Amigo pedro, só por favor e já é uma sorte.
    Abraço amigo

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  5. Caro confrade Pedro Coimbra!
    Se fixasse residência em Macau teria que ter altíssimo poder aquisitivo, porque não tenho nenhuma habilidade para reparos domésticos...
    Caloroso abraço! Saudações inaptas!
    Até breve...
    João Paulo de Oliveira
    Diadema-SP

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  6. Caro Prof. João Paulo de Oliveira,
    Precisamente o que acontece comigo. Sou um zero no que toca a reparações. Fica caro!

    Antonio,
    Interessado? :))

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  7. Como não tenho jeito para reparar nada, aí ia ser uma desgraça total :(

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  8. Nada melhor que ter um marido multiusos, não falo por mim! cá em casa para essas coisas o homem sou eu! heheh! pronto descobri a casaca ao Rodrigo.

    Beijinho e uma flor

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  9. No meu tempo de Macau, chamava-se as Finanças e o problema ficava resolvido :-)

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  10. O Senhor Carlos Barbosa tem razão quando diz "chama-se as Finanças" mas isso era só um previlégio para quem habitava casas do governo.

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  11. Gábi,
    Precisamente o que se passa comigo.
    A minha aselhice faz-me gastar muito dinheiro!!


    Adélia,
    Se eu não tenho jeito nenhum, a minha mulher ainda menos.
    E é cá uma despesa!!
    Beijinhos


    Carlos,
    Exactamente o que diz o Amigo Cambeta.
    Isso é para quem habita casas da Administração.
    Que agora, em boa medida, estão vazias.
    E, mesmo nas que são habitadas por amigos, para arranjar quem resolva estas merdices é uma chatice.
    Não querem!


    Amigo Cambeta,
    Mesmo quem ainda habita casas da Administração, hoje em dia vê-se aflito para conseguir fazer pequenas reparações nas casas.
    Porque as próprias Finanças têm dificuldade em encontrar quem queira realizar esses trabalhos.

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  12. Ora, apresento-me como designer de equipamento de formação, mas como um verdadeiro hadyman no que toca a todo o tipo de reparações e aplicações, aliás trabalho na área da decoração de lojas, aplicação de vinil, montagens... Tenciono ir para Macau dentro de 6 meses, sem no entanto ainda ter um emprego garantido, apesar de já lá ter a minha namorada (macaense), contudo ler estes comentários deixa-me muito confortável.
    Algo conselho em relação a preparativos necessários, documentos, etc.?

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  13. João Ramos,
    Estou hoje a confrontar-me exacatmente com o mesmo problema que aqui relatei.
    Já há dois dias qua ando quase a suplicar que vão lá a casa.
    Promessas e nada mais.

    Conselhos antes de fixar residência em Macau?
    Já tem local onde morar?
    O mais complicado é isso.
    Não por não haver oferta, tão só porque o imobliário em Macau é disparatadamente caro.

    Depois é pedir o BIR (Bilhete de Identidade de Residente), no seu caso será de residente não permanente (é mesmo assim, permanente e não permamente) e começar a trabalhar.

    Se quer procurar emprego, julgo que não será complicado (a taxa de desemprego, estrutural, é de 2%).
    Se quer montar um pequeno negócio, aí já será mais complicado.
    Sobretudo por causa, outra vez!!, das rendas dos espaços comerciais.

    E só me resta desejar-lhe as maiores felicidades quando vier para Macau.
    Eu cheguei para ficar dois anos........fez no dia 1 de Outubro 17 anos!!!
    Prepare-se para isso.
    Diz-se que quem bebe a águia do Fonte do Lilau nunca mais quer sair daqui :)))

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  14. Boa tarde!
    Somos um casal, professores de educaçao física,com dois filhos e estamos decididos em ir para macau. Isto porque o meu pai é macaense, apesar de estar em Portugal, e porque acreditamos que em macau existe um futuro melhor para os nossos filhos. Acha que será dificil arranjar emprego a dar aulas em ginásios, hoteis ou em outra coisa na area?

    Obrigado pelas informações anteriores!

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  15. Há uma profusão tão grande de ginásios, e anunciam-se mais, que julgo que não será complicado conseguirem emprego.
    Mesmo nas escolas, no Instituto de Desporto.
    O seu pai ainda aqui mantém contactos, amigos?
    Um telefonema, um mail, não será mal pensado.
    Para deixar as portas entreabertas.....
    Desejo-vos as maiores felicidades, aqui ou aí em Portugal.
    Disponham sempre.
    No que eu puder auxiliar, estarei sempre disponível.

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    1. Sim penso que mantém alguns!Se calhar até o conhece; Jorge Leitão Pereira, médico legista? veio para portugal na transição.
      Aqui a nossa situação está muito má, como tem vindo a ser noticiado! É cortes e mais cortes e na área da educação!
      Obrigado pelas inormações!

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    2. Nao conheci pessoalmente, mas ouvi falar do seu pai.
      Vou acompanhando com interesse a situação em Portugal (a família e os amigos que aí estão e o facto de ser a minha pátria levam-me a isso) e percebo as enormes dificuldades que o pais vive.
      E que nao vão desaparecer nos próximos anos, nao há que ter ilusões ou mentir a nos próprios.
      Infelizmente, a área da educação e uma das que esta a ser especialmente afectada.
      O que até nem faz grande sentido.
      Como pode um pais progredir sem uma aposta forte na educação?
      Desejo-vos as maiores felicidades e espero que tudo vos corra bem nessa aventura em Macau, uma terra que amo e que me deu oportunidades que nunca tinha tido, onde case e onde nasceram e estão a crescer as minhas filhas.
      Disponham se necessitarem de mais informações.

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  16. Grato pela resposta Pedro.
    Fico-lhe a dever uma reparaçãozinha lá em casa a custo zero! mas só lá para maio! :)
    Voltando ao assunto, sim terei onde ficar, a minha namorada está à procura de emprego (podologista) e de casa para nós, ou então irei partilhar casa com algum amigo dela.
    Tenho algum nervoso miudinho pois é uma grande mudança de vida mas acho que me vou adaptar bem. Já estou avisado acerca da água da Fonte do Lilau, espero que resulte! :)
    Obrigado, felecidades e até breve! João.

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  17. Grato pela resposta Pedro.
    Fico-lhe a dever uma reparaçãozinha lá em casa a custo zero! mas só lá para maio! :)
    Voltando ao assunto, sim, terei onde ficar, a minha namorada está à procura de emprego (podologista) e de casa para nós, ou então irei partilhar casa com algum amigo dela.
    Tenho algum nervoso miudinho pois é uma grande mudança de vida mas acho que me vou adaptar bem. Já estou avisado acerca da água da Fonte do Lilau, espero que resulte! :)
    Obrigado, felicidades e até breve! João.

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  18. João (somos homónimos, chamo-me João Pedro),
    Estar nervoso é normal.
    O meu pai ainda hoje conta que, nos dias que antecederam a minha vinda para Macau, estava insuportável.
    Na viagem entre Coimbra e Lisboa, abri a aboca para dizer que precisava de ir à casa de banho.......em Alverca!!
    Quando aqui cheguei, e vi a cidade do jetfoil, o nervoso miudinho desapareceu logo.
    Depois disso, foi paixão até hoje.
    Como todas as paixões, tem altos e baixos.
    Mas os altos compensam, MUITO!!, os baixos.
    Não vou fazer mais reparações em casa até Maio.
    Quando cá chegar, é para reparar TUDO :))))
    Desjo-lhe as maiores felicidades e e que venha a gostar de Macau tanto quanto eu gosto!
    Pedro

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  19. Bom dia! Estou a pensar em ir para Macau com a minha namorada para meados de Março, sem que à partida tenha emprego ou residência a fixar! O objectivo é encontrar algo na minha área (Direito), tenho enviado uma série de CVs, sem que haja qualquer resposta positiva, de qualquer das formas, pior que em terras lusitanas, não será!!!;)
    Gostaria de saber quais as perspectivas de sucesso num caso como o meu, isto é, vou com uma viagem de 3 meses e se encontrar algo, seria para ficar!Contudo, e como é normal, sinto-me de alguma forma muito apreensivo relativamente ao que me pode esperar à chegada a Macau, mas a crise com que se depara o meu país, faz-me ver luz ao fundo do túnel em MACAU!!!

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  20. Rui,
    Tudo o que lhe posso dizer e exactamente o que referi nas respostas anteriores.
    Você e da minha área - Direito - e há procura de licenciados um Direito em Macau.
    Como referi anteriormente, terá de conseguir um contrato de trabalho (já enviou o currículo para escritórios de advocacia em Macau?) para poder pedir o BIR e fixar residência (residente nao permanente) em Macau.
    Como alertei anteriormente, o custo de vida, nomeadamente as rendas de casa, e muito elevado.
    Prepare-se para isso.
    A taxa de desemprego actual e inferior a 2% (virtualmente inexistente).
    E isso e uma boa noticia.
    Desejo-lhe, do fundo do coração, as maiores felicidades.
    E, no que precisar e eu puder ajudar, disponha.

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  21. Muito obrigado pela simpatia, são palavras como estas que nos dão incentivo na tomada de decisões complicadas, como uma ida para a China! ;)
    Relativamente ao envio de CVs para escritórios de advocacia, tenho de facto enviado uma série deles,mas infelizmente nunca têm resposta positiva, acredito que seja fruto da distância física que existe entre Portugal e o território de Macau!
    O meu objectivo será mesmo fazer uma entrega pessoal nos escritórios de Macau, isto está claro, num prazo de 3 meses, tendo em conta que neste período, não há necessidade de visto!
    Tenho esperança que as perspectivas sejam animadoras e positivas, e que Macau seja o salto que falta dar, o pequeno salto, dificil de dar em Portugal!
    Muito obrigado pela disponibilidade!!!

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    1. No que eu puder ajudar, conte comigo.
      Votos das maiores felicidades na sua vida pessoal e profissional!

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  22. Olá BOm Domingo!

    Sou licenciada em Ciências da Comunicação com Mestrado na vertentes Relações Públicas e Publicidade. Sabem se existe facilidade de trabalhar aí? Qual é o ordenado médio em Macau? Conhecem sites de emprego que me possam enviar (sem que sejam em cantonês e mandarim )? O nível de vida é alto ou medio aí???? Estou mesmo desesperada! qualquer ajuda é bem-vinda :)Mónica

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    1. Olá Monica,
      Macau vive uma situação potencialmente de pleno emprego.
      A margem de desemprego que existe (inferior a 2%) é devida a desemprego estrutural, a um número ínfimo de pessoas que não tem capacidades de trabalho.
      Dificuldade de encontrar emprego, ainda para mais com as suas qualificações académicas, não existe.
      A grande dificuldade é outra.
      Não sendo residente de Macau, será mão de obra importada e há alguma restrições e até alguma celeuma política nesse particular.
      O salário médio (números oficiais) ronda is 1700 euros.
      Com as suas qualificações, facilmente será superior.
      O nível de vida é bom, o custo de vida alto.
      Sugeria que tentasse contactar os jornais em língua portuguesa (Ponto Final; Hoje Macau; Tribuna de Macau) a Rádio Macau, a Teledifusao de Macau.
      Também os jornais em língua inglesa - Macau Dayly e Macau Times.
      Será fácil encontrar os respectivos endereços electrónicos na web.
      Se não os encontrar, contacte-me de novo que eu envio-lhos.
      E é que me ocorre neste momento.
      Qualquer outra dúvida, em que possa ser útil, não hesite em contactar-me.
      Pedro

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    2. Obrigada! vou verfificar! Qualquer coisa, contacto-o

      Mónica dos Santos

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  23. Caro Pedro Coimbra,
    Da leitura das suas respostas vejo que acima de tudo é alguém com disponibilidade e boa vontade para ajudar e informar os seus conterrâneos, contribuindo acima de tudo para uma tomada de decisão mais ponderada, no que toca ao importante passo que é emigrar.
    Espero que não se importe de ajudar mais um...
    Tal como a maioria das pessoas que visitam Macau, também eu fiquei com muito boas recordações.
    O meu pai trabalhou e morou em Macau na década de 90, antes da passagem para a China, e foi nessa altura que aí estive (era um então um miúdo com cerca de quinze anos).
    Agora, já com cerca de 32, encontro-me numa encruzilhada. Não partilho a infelicidade de muitos portugueses que estão desempregados. Contudo, sinto uma vontade enorme de alargar os meus horizontes e de viver durante alguns anos "nesse lado do mundo". Gostava de ver o meu filhote aprender a falar cantonês e mandarim e de dar a conhecer à minha mulher o que é Macau (espero que ainda mantenha o encanto com que a recordo).
    No entanto, e como até tenho um emprego estável em Portugal, todos com quem falo me mandam "ganhar juízo", "estar mas é sossegado"...
    Todavia, e estranhamente, até porque me considero uma pessoa ponderada, esta ideia (emigrar para Macau) não me sai da cabeça. É por esta razão que as suas respostas acima me interessaram e é também por isso lhe venho pedir uma opinião: sendo licenciado em economia, tendo outras duas pós-graduações na área do direito e da segurança, e experiência profissional nestas últimas áreas, acha que tenho hipótese de encontrar um emprego e de levar uma vida confortável em Macau?
    Muito agradecia uma opinião franca, até para que, conforme os outros que já recorreram à sua ajuda, possa ter uma ideia mais informada acerca do objectivo a que insisto em propor-me.
    Peço desculpa pela extensão da minha missiva e desde já lhe agradeço o tempo de que dispôs para a ler.
    Muito obrigado e melhores cumprimentos.
    Pedro Rodrigues

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    1. Pedro Rodrigues,
      Com o seu curriculo académico, e com experiência profissional, não seria difícil encontrar emprego em Macau.
      Esta é a vertente positiva.

      Vamos às negativas.
      A mais complicada de ultrapassar, o facto de não ser titular de Bilhete de Identidade de Residente de Macau, o que, automaticamente, obriga o hipotético empregador a solicitar a importação de mão-de-obra.
      Um bocado complicado, do ponto de vista político, nesta altura.
      Ainda assim ,nada que seja inultrapassável.
      Depois, e em confronto com os anos 90, vai encontrar uma realidade muito diferente.
      A cidade mudou muito.
      Do ponto de vista físico (aquela cidade pacata, algo bucólica até, deu lugar a uma cidade frenética) e do ponto de vista do custo de vida.
      Altíssimo, sobretudo no que diz respeito à habitação.
      Como tal, e na hipótese de efectivamente dar esse passo, procure garantir alojamento, ou subsídio de renda, junto do empregador.

      Dito isto, desejo-lhe as maiores felicidades no seu projecto e na sua vida pessoal.
      E esteja sempre à vontade para perguntar o que quiser que estarei sempre disponível para lhe responder.

      Os meus melhores cumprimentos,
      Pedro Coimbra

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    2. Bom dia Pedro Coimbra!
      Obrigado pela resposta tão pronta!
      Lendo-a, e à primeira vista, constato que a lista das vertentes positivas é algo mais curta que a das negativas... :)
      Entendo-o perfeitamente. Suponho que a parte burocrática que tem a ver com a permanência legal em Macau seja neste momento complicada. Também já percebi pelos poucos sites online de imobiliário que o preço das rendas é no mínimo uma barreira à tal vida confortável que referi, até porque se 70 ou 80% do rendimento mensal for dispendido nessa rúbrica, não resta muito com que viver "confortavelmente".
      Outros problemas que encontro são o total desconhecimento da língua predominante em Macau (apesar de falar bem outras) e a distância que existe entre as duas regiões, a qual, e em última análise, no mínimo dificulta eventuais processos de recrutamento.
      Creio que me encontro, como já disse, numa encruzilhada. Gasto o meu "cartucho" (leia-se poupanças) a visitar e "reconhecer terreno" em Macau, ou, como muitos me aconselham, guardo esse dinheiro para piores dias em Portugal, dias que com alguma probabilidade virão?... Não é uma escolha fácil e não espero que me aconselhe milagrosamente, mas estou muito inclinado a arriscar. É que para alguém como eu, a quem custa a decidir, mas quando decide, está decidido, custa a esquecer uma ideia deste género.

      Obrigado pelos votos de felicidades e espero que continue a desfrutar de Macau e que a vida lhe corra, também a si, sempre pelo melhor!

      Cumprimentos
      Pedro

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    3. Olá Pedro Rodrigues,
      Vir para Macau, sem nada certo, ou em vias de, é efectivamente uma aventura.
      Já enviou curriculos para empresas aqui em Macau? (A função pública, com recrutamento centralizado, sendo o Pedro não residente, é virtualmente impossível)
      Era isso que sugeria.
      Enviar curriculos para empresas aqui em Macau (operadoras de Jogo, hotéis) e esperar por respostas.
      Depois, chegando essas respostas, tentar negociar com o possível empregador a atribuição de alojamento.
      Não é fácil?
      Não.
      E o que é que é fácil?

      Já o domínio das línguas não é o mais importante.
      Se dominar a língua inglesa já é muito bom.
      O português ainda é língua oficial (será até 2049, pelo menos) e dominando o inglês esse não será o maior entrave.
      O maior entrave é mesmo o facto de não ter Bilhete de Identidade de Residente.
      Tente enviar uns curriculos e veja o que é que se segue.
      Conforme a música, assim será a dança.
      Os meus melhores cumprimentos,
      Pedro

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  24. Boa noite Pedro (espero que não se importe que o trate desta forma, já que até somos homónimos),
    Efectivamente, é um passo um pouco ousado. Mas permita-me que lhe elabore um pouco mais o cenário com o qual me deparo. A verdade é que o risco que pretendo correr se limita mesmo à perda do dinheiro da viagem e da estadia. Caso não encontre nenhum emprego que me alicie a ficar em Macau de forma mais definitiva, ficarei com uma recordação mais recente da cidade e terei dado à minha mulher a oportunidade de conhecer essa parte do mundo.
    Não quero com isto dizer que o dinheiro da viagem não me faz falta e que a faria com qualquer tipo de displicência, mas sendo funcionário público em Portugal, a ideia é beneficiar de uma licença sem vencimento para "sondar" mercado por aí.

    Não estou propriamente mal em Portugal. Para a média estou até bastante bem. Mas penso que tem toda a razão numa coisa: coisas fáceis que mereçam a pena quase não existem. Por outro lado, complicado era fazer esta viagem aquando da ida dos primeiros portugueses para o Território. Hoje, e atentendo a que são apenas dois dias de viagem (e alguns, muitos euros), parece-me que ficar por Portugal com as perspectivas que aqui temos é uma espécie de desperdício de vida. Há tanto mundo a conhecer e tanto que experimentar, que passar a vida toda num só país (ainda que se goste muito dele) é de facto um pena...

    Acerca da questão do BIR. De uma primeira e breve leitura da legislação macaense relativa à imigração, parece que apesar de os nacionais portugueses usufruirem de um regime diferente das restantes nacionalidades (parece-me semelhante ao dos chineses do continente), a verdade é que só num caso muito excepcional me livrarei da obtenção prévia de um contrato de trabalho com um empregador local. Creio que a mera prova de condições de subsistência no Território (leia-se uma conta bancária com alguns milhares de patacas e um contrato de arrendamento) não será suficiente para ultrapassar o requisito do vínculo laboral...

    Contudo, e não ignorando essa situação, o meu plano é não ser muito esquisito no que concerne à obtenção de um primeiro emprego. Não havendo outra alternativa, no imediato não me importarei de trabalhar numa outra área ou posição, garantindo assim, e em primeiro lugar, a obtenção do BIR. Depois desse objectivo conseguido, e com mais tempo, logo me dedicarei à uma busca mais exaustiva pelo emprego "ideal".

    A ideia de enviar uns CV's de antemão será em definitivo a melhor táctica. Mas tenho receio que a distância seja um factor que dificulte a contratação e a negociação. Logo se verá, esse será concerteza um conselho que pretendo seguir.
    Não conseguindo resolver à distância a questão fundamental do emprego, depois do verão, quando os negócios retomarem o seu ritmo normal, planeio e executo uma viagem de "prospecção" a Macau! Será também uma oportunidade para a minha mulher ter uma ideia mais concreta acerca da cidade, e para, espero eu, lhe tomar o gosto.

    Para não me alongar mais, despeço-me com outro obrigado e os meus melhores cumprimentos,
    Pedro

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  25. Pedro (assim é mesmo mais fácil e o nome é muito bonito!!)
    Assim é diferente - vir até Macau numa de prospecção, em turismo, e aproveitar para tentar chegar à fala com algumas pessoas, já depois de ter enviados os curriculos, até é uma boa ideia.
    BIR sem contrato de trabalho, nada feito!
    Por isso, o primeiro passo é mesmo conseguir o contrato de trabalho.
    Mãos à obra, a melhor sorte do Mundo e vamos ver se ainda não lhe dou um abraço aqui por Macau.
    Vou ficar a torcer para que assim seja.
    Para já, vai um abraço virtual!!
    Pedro

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    1. Viva Pedro!
      Desculpe pela resposta tão tardia, mas tenho andado afogado em trabalho.

      Pois, receava que assim fosse... que sem contrato de trabalho não houvesse hipótese de obter um BIR. Mas é como diz: há que meter mãos à obra!

      De resto, imagina com certeza que a perspectiva de encontrar por Macau pessoas "porreiras" seja só por si um factor de descanso e motivação para "arrancar".
      Por isso sim, também espero poder receber esse abraço pessoalmente.

      Muito obrigado por tudo e fique descansado que quando um dia esteja por aí não me esquecerei de o avisar, para que à boa maneira portuguesa lhe possa pagar uma cerveja em forma de agradecimento por todos estes esclarecimentos e palavras de incentivo.

      Forte abraço.
      Pedro

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  26. Olá Exmo. Pedro Coimbra,

    não o querendo atolar em perguntas, mas percebi, ao ler os seus posts, e pela forma como tem tão prontamente respondido às perguntas que lhe têm feito que de certo poderá saber responder às minha dúvidas.

    Antes de mais, deixe que me apresente.
    Sou uma jovem de 29 anos, a viver em Portugal, licenciada em Direito, com a primeira fase do estágio concluída.
    Apesar de estar actualmente a trabalhar desempenhando as funções de Oficial de Justiça, é um emprego precário, o que me deixa muito insatisfeita.
    Penso em fixar-me em Macau pois penso que será um local que estará preparado para fazer face às minha necessidades.

    Eu e o meu marido, que é Licenciado em Urbanismo e Ordenamento do Território, somos também músicos, e pensámos escolher Macau porque ficámos com a ideia que seria um local onde a nossa música fosse apreciada.

    Agora as dúvidas:

    Macau apoia os jovens empreendedores, mesmo que portugueses?
    Apresentando e desenvolvendo o nosso projecto em Macau, isso facilitar-nos-ia a obtenção do BIR?
    Considera Macau um bom sitio para um jovem casal, como nós, se fixar e constituir família?


    Com os melhores cumprimentos,
    Aguardo resposta, e desde já agradeço os esclarecimentos prestados nos posts anteriores que aguçaram a minha curiosidade.

    Cláudia Ferreira

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  27. Olá Exmo. Pedro Coimbra,

    não o querendo atolar em perguntas, mas percebi, ao ler os seus posts, e pela forma como tem tão prontamente respondido às perguntas que lhe têm feito que de certo poderá saber responder às minha dúvidas.

    Antes de mais, deixe que me apresente.
    Sou uma jovem de 29 anos, a viver em Portugal, licenciada em Direito, com a primeira fase do estágio concluída.
    Apesar de estar actualmente a trabalhar desempenhando as funções de Oficial de Justiça, é um emprego precário, o que me deixa muito insatisfeita.
    Penso em fixar-me em Macau pois penso que será um local que estará preparado para fazer face às minha necessidades.

    Eu e o meu marido, que é Licenciado em Urbanismo e Ordenamento do Território, somos também músicos, e pensámos escolher Macau porque ficámos com a ideia que seria um local onde a nossa música fosse apreciada.

    Agora as dúvidas:

    Macau apoia os jovens empreendedores, mesmo que portugueses?
    Apresentando e desenvolvendo o nosso projecto em Macau, isso facilitar-nos-ia a obtenção do BIR?
    Considera Macau um bom sitio para um jovem casal, como nós, se fixar e constituir família?


    Com os melhores cumprimentos,
    Aguardo resposta, e desde já agradeço os esclarecimentos prestados nos posts anteriores que aguçaram a minha curiosidade.

    Cláudia Ferreira

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    1. Olá Cláudia Ferreira,
      Como pode constatar pelas respostas anteriores, não aconselho ninguém a vir para Macau sem um emprego certo que lhe permita a obtenção de BIR.
      O custo de vida é muito elevado e a aventura pode revelar-se perigosa.
      Já há aqui muitos portugueses há longos meses à espera de emprego, sem BIR, a incorrerem em enormes despesas.
      Gostava muito de lhe dar notícias mais agradáveis mas seria desonesto e estaria criar falsas expectativas.
      Como tal, e respondendo às suas perguntas, não há quaisquer apoios especiais para empreendedores portugueses.
      Mais, a apresentação de um qualquer projecto não lhe assegura a obtenção de BIR.
      Pelo contrário, é cada vez mais difícil consegui-lo.
      A minha opinião é a de tentar vir para Macau com um emprego garantido.
      Se sao músicos, sugiro-lhe contactarem o Instituto Cultural de Macau e aferirem da viabilidade de emprego nessa área.
      Francamente, desconheço qual é o panorama.
      Macau será um local onde um jovem casal pode ter uma vida relativamente sossegada, financeiramente estável, se (sempre o se...) tiver um emprego garantido.
      Vir à aventura é muito, muito, arriscado.
      Quaisquer outros esclarecimentos, por favor disponha.
      Pedro

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  28. Olá Pedro, recorda-se de mim? Falamos aqui no blog em dezembro e prometi-lhe umas reparações lá em sua casa quando estivesse em Macau. De facto já me encontro em Macau desde Maio e estou-me a adaptar muito bem, ainda não tenho emprego fixo mas já tenho feito uns trabalhos em casa de Portugueses que vou conhecendo. Se ainda precisar de um handiman avise, estou disponível. Com os melhores cumprimentos, João Ramos.

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  29. Olá Pedro, recorda-se de mim? Falamos aqui no blog em dezembro e prometi-lhe umas reparações lá em sua casa quando estivesse em Macau. De facto já me encontro em Macau desde Maio e estou-me a adaptar muito bem, ainda não tenho emprego fixo mas já tenho feito uns trabalhos em casa de Portugueses que vou conhecendo. Se ainda precisar de um handiman avise, estou disponível. Com os melhores cumprimentos, João Ramos.

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    Respostas
    1. Olá João Ramos,
      Antes de mais, seja bem vindo!
      Fica combinado que, se precisar de algo aqui em casa, ou souber de alguém que precise, o contacto por este meio.
      Por enquanto, o que lhe desejo é toda a sorte do mundo.
      Um abraço,
      Pedro

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