O Centro do senhor deputado Lee
O senhor deputado Lee Chong Cheng, para além de deputado, é director do Centro de Estudos do Desenvolvimento da Qualidade dos Cidadãos de Macau (aviso - a extensão da designação é inversamente proporcional à extensão do trabalho produzido).
Sabendo-se que o senhor deputado Lee resolveu instalar o seu Centro num dos andares do brutal edifício do jornal Ou Mun, e que paga para ali estar (renda numas versões, despesas de condomínio noutras); sabendo-se que o jornal Ou Mun não pode arrendar as instalações que tão atenciosamente lhe foram cedidas; sabendo-se que a Fundação Macau entregou generosamente verbas ao senhor deputado para instalar e decorar o seu Centro (10 milhões de patacas?); não se percebendo muito bem estas trocas e baldrocas, os pseudo esclarecimentos da Fundação e do senhor deputado (desencontrados, confusos, nada convincentes); a Assembleia Legislativa, no exercício do seu poder fiscalizador da actividade governativa, resolveu averiguar todo o processo e tentar deslindar o que afinal se passa no Centro do senhor deputado Lee.
E o que fez o senhor deputado Lee?
Colaborou na investigação, como era seu dever?
Não.
Pelo contrário, faltou ao plenário no dia em que esta discussão estava agendada.
Porque teve medo?
Não, não acredito que tenha sido essa a razão.
O senhor deputado Lee faltou ao plenário, pura e simplesmente porque se está nas tintas para o hemiciclo onde se senta e onde, supostamente, representa os cidadãos de Macau.
Mais, o senhor deputado Lee faltou ao plenário porque é mal educado e pedante.
E porque, sendo mal educado e pedante, não aceita que, também ele, possa estar sob escrutínio público quando envolvido em situações no mínimo obscuras.
Já seria muito grave se esta atitude fosse um exclusivo do senhor deputado Lee.
Infelizmente, longe de ser um exclusivo do senhor deputado Lee, é regra entre a esmagadora maioria dos membros do hemiciclo.
Fica a inevitável pergunta - quantos mais "Centros" semelhantes ao do senhor deputado Lee haverá espalhados por Macau?
Muito bom, Pedro!
ResponderEliminarFreddie,
ResponderEliminarHoje tinha que ser isto.
Este tipo teve (mais) uma atitude miserável.
Quem é que esta gente julga que é?
Aquele abraço
Anda muito dinheiro a circular em Macau, Pedro, e visto de fora isso só pode desembocar numa coisa...C-O-R-R-U-P-Ç-Ã-O!!!
ResponderEliminarSad but true!
Abraço, caro amigo
Corrupção, jogadas debaixo da mesa, entre amigalhaços bem relacionados, sensação de impunidade, ....um fartote, Ricardo.
ResponderEliminarQue revolta.
Há muito, mas mesmo MUUUUUITO dinheiro em Macau.
Mas há muita gente (cada vez mais) a viver em dificuldade.
E é realmente muito triste.
Até porque não precisava de ser nada assim.
Aquele abraço
Pedro,quando até o proprio Executivo afirma que está tudo legal no Centro, fica a certeza que estamos entregues aos bichos
ResponderEliminarEnquanto houver dinheiro a mais, penso que não haverá problema. Pior era se isto aí estivesse como aqui, amigo. :)
ResponderEliminarO deputado Lee anda a imitar alguns deputados portugueses.
ResponderEliminarSão uns malandros.
Abraço
Eu sei, que o Pedro acredita na agressão do brasileiro, no entanto, veja este vídeo:
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=ioU-iq6AB2E
A TV portuguesa cortou esta parte!!!
Cada dia mais se ouve e vê a corrupção em alta escala! Que revolta, nojo e impotência que sinto perante pessoas assim.
ResponderEliminarBeijinho e uma flor
Macau está cada vez mais parecido cá com a terrinha.Excepto nos salários, claro...
ResponderEliminarHugo,
ResponderEliminarIsso é que o irrita ainda mais.
Mas nós somos todos parvos, tontinhos, imbecis?
Quer-me parecer que quem é parvo, tontinho e imbecil não é a opinião pública....
FireHead,
Mas esta gentinha tem que perceber que essa benesse do dinheiro a mais não é eterna.
Sobretudo quando tem uma origem tão volátil quanto é o imposto cobrado sobre receitas de jogos de fortuna e azar.
António,
Os deputados portugueses, comparados com estas criaturas, são uns tontinhos imberbes.
Estes gajos são do piorzinho que já vi.
Têm atitudes inenarráveis, uma falta de vergonha na cara que custa a acreditar ser possível.
Aquele abraço
ematejoca,
Eu não tenho dúvidas que o Luisão agrediu o árbitro.
O árbitro exagerou?
Dá essa sensação.
Mas vou ver o vídeo.
Adélia,
E com uma desfaçatez e pouca vergonha que custa a acreditar ser possível.
Beijinho
Carlos,
Repito o que comentei com o António - a malta aí, comparada com estes gajos, não passa de aprendizes de feiticeiro