Que contraste entre a personalidade do ano para a revista Time e os cidadãos de Macau!


No mesmo dia em que a revista Time elegia os chamados "indignados" como personalidade do ano, em Macau eram divulgados os resultados de mais uma sondagem à popularidade do Governo.
E o contraste não podia ser maior.
Ao eleger os "indignados" como personalidade do ano, a revista Time pretendeu homenagear a força da cidadania e dos movimentos de cidadãos.
Que fizeram abanar as estruturas financeiras e de poder desde o mundo árabe, passando pela Europa e por Wall Street.
Em Macau, e em profundo contraste, os resultados da sondagem que foram ontem divulgados, demonstram que os cidadãos se comportam perante o Poder como uma reles meretriz.
Nem uma amante cara conseguem ser.
Basta a promessa de uns míseros cheques, de algum alívio fiscal, para a avaliação dos governantes disparar para valores muito positivos.
Cidadania? Qual cidadania?! Dinheiro!!!
O contraste, triste, muito triste, não podia ser maior.

Comentários

  1. Isso passa-se em todos os países.
    Afinal o Poder cega as pessoas e os pobres continuam cada dia mais sobrecarregados de impostos para aqueles outros viverem na opulência.

    ResponderEliminar
  2. Aqui é demais, Luís.
    O puro materialismo, miserabilista, ainda por cima, é revoltante.
    Sem qualquer necessidade na esmagadora maioria dos casos.
    Apenas ganância.
    Um prato de lentilhas?
    Não é preciso tanto....

    ResponderEliminar
  3. Totalmente de acordo Pedro.
    Aqui o materialismo é nojento. São capazes de passar por cima do pai e da mãe para arrecadar mais uns tostões.
    Abraço

    ResponderEliminar
  4. Querido amigo,

    lembra-se da letra daquela música que rezava assim:

    Money make the go around


    Eu acrescentar-lhe-ia o seguinte:

    And the heads too!!!

    Grande abraço, Pedro.

    ResponderEliminar
  5. Hugo,
    E sem necessidade.
    Apenas porque querem mais.
    Porque é que nunca pedem melhor??
    Aquele abraço

    Ricardo,
    É demais.
    Por causa de 300 euros, que ainda não se sabe quando vão ser entregues, a avaliação dos dirigentes políticos pulou.
    E ficaram esquecidos um monte de dislates entretanto cometidos.
    Nem de propósito, no mesmo dia em que a Time elege aqueles movimentosde cidadania como personalidade do ano.
    Até dói.
    Aquele abraço

    ResponderEliminar
  6. Eu não me importava nada de ser uma amante cara do estado português... É que segundo consta as amantes caras são bem sustentadas, ao contrário de nós :(

    Achei fantástica a iniciativa do Times embora as greves por aqui me tenham prejudicado bastante e não concorde em alguns aspectos no modo como foram feitas! Mas pronto é só a minha opinião!*

    ResponderEliminar
  7. Catarina,
    Mas as amantes caras do Governo de Macau são as mesmas há muitas gerações.
    Os cidadãos de Macau é que me entristecem com estas atitudes miserabilistas.
    Repare que eu não sou franciscano.
    Eu gosto de dinheiro.
    Mas o dinheiro não é tudo, muito menos justifica tudo.
    Os movimentos cívicos que a Time pretende homenagear provam isso mesmo.
    Há valores de que uma pessoa não abdica.
    A começar pela sua consciência e pelo exercício da cidadania.
    Com regras (não é libertinagem) mas com convicções.

    ResponderEliminar
  8. O dinheiro faz mover rochas...
    Os valores vão ficando para trás nada mais importa a não se poder, dinheiro, acima dos sentimentos. Ai que revolta.

    Beijinho e uma flor

    ResponderEliminar
  9. Passividade... terão herdado isso em parte dos portugueses?
    É que no nosso país os indignados ainda são poucos. Criticam, criticam mas na prática quando tem que se tomar atitudes estas não aparecem!

    Parabéns para a Times.

    ResponderEliminar
  10. Os indignados são a personalidade do ano para a Times? Lol, a Times droga-se! Só pode!!
    Parece não haver grandes dúvidas acerca da orientação política dessa revista...

    ResponderEliminar
  11. Coimbramigo

    Que querias mais? Que essa malta depois de lhes lamber os col...chões ainda os lavassem com água de rosas?

    Cada um come do que gosta, vai uma aposta? E quem não gostar, ponha na beirinha do prato.

    APARTES

    1) E o seio da Senhora? E a ceia do Senhor?

    2) Com ou sem permissão do Pedrocas

    Aninhasamiga: já houve uns incendiozitos e uns tiritos lá para o reino dos Algraves e dos cavacos. Não aplaudo, mas que quer dizer alguma coisa... lá isso quer.

    E quando voltas a passar lá na nossa Travessa?

    ResponderEliminar
  12. Não é muito diferente do que se passa na Europa, Pedro. Enquanto andaram inebriados pela sociedade de consumo os europeus nunca protestaram. Quando deixaram de ter dinheiro, é que começaram a refilar.
    O muro de Berlim também nunca teria caído, se os regimes de Leste se tivessem aberto à sociedade de consumo, acredite...

    ResponderEliminar
  13. António,
    E muito triste.
    Sobretudo para quem gosta (muito!!) de Macau.

    Adélia,
    Quando é meia dúzia de pessoas que se comporta desta maneira, é preocupante.
    Quando é uma esmagadora maioria, desde pequeninos, é revoltante.
    Bjs

    ana,
    Até 99, a desculpa era essa - são os portugueses que estão a governar, que se lixe.
    Depois de 99, e com o slogan "Macau governado pelas suas gentes", qual é a desculpa?
    Ausência de valores e de carácter?
    Bjs

    FireHead,
    Percebo a intenção da Times.
    Fiquei surpreso?
    Quem não ficou?
    Mas percebo.

    FerreirAmigo,
    Queria que esta malta tivesse valores que não fossem monetários.
    Porque tenho duas filhas e tenho medo que lhe incutam essa mesma ausência de referências.
    É um dos meus grandres desafios, acredita.

    Um bom exemplo.
    Quando andava a fazer o mestrado, metade da turma era constituída por garotos recém-licenciados (nos vinte e poucos anos).
    O meu orientador de tese, que estava aqui há pouco tempo, foi jantar com eles e perguntou-lhes porque razão estavam a fazer o mestrado.
    Estava à espera de algo do género alargar horizontes, mais conhecimento, ....
    Palavras dele - "histeria colectiva na resposta - DINHEIRO, MUITO DINHEIRO."
    Ele estava indignado.

    Mas eu passo na Travessa todos os dias.
    Já sei que hoje há lá novidades.
    E vou comentá-las.

    Carlos,
    Em casa onde não há pão, não é?
    Mas aqui não é não haver pão.
    É pura ganância.
    Eu, e muitas centenas de milhares como eu, lá preciso dos 300 euros?
    Claro que não.
    E essa massa vai-me fazer mudar de ideias acerca do que se passa à minha volta?
    Era o que faltava!

    Pior - estas atitudes são uma óptima desculpa para não se implementar o sufrágio directo e universal.
    "Já viram? Esta gente a votar? Eram votos em quem pagasse mais."

    Sabe uuma coisa, Carlos? (custa-me tanto escrever isto!!!)
    Tenho que dar razão a quem assim pensa.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares