A estória do cravo vermelho
Quanto à origem do cravo vermelho como um dos principais símbolos do 25 de Abril, pode afirmar-se que tem duas explicações:
Em primeiro lugar, convém ter presente que o cravo vermelho era, à data, talvez a flor mais barata e popular.
Ora acontece que, nesse dia, 25 de Abril de 1974, havia um restaurante na Rua Braancamp, em Lisboa, que celebrava o seu primeiro aniversário.
O proprietário comprara cravos vermelhos - a tal flor que juntava o barato e o popular - para oferecer nesse dia às clientes.
Como houve a acção militar, o restaurante não funcionou e o proprietário disse aos seus trabalhadores que podiam levar os cravos com eles. Uma das trabalhadoras, chamada Celeste, decidiu levar um molho de cravos para casa.
Ao começar a descer a Avenida da Liberdade, deparou com a população a oferecer bebidas, sandes, tabaco, aos soldados que ali estavam ou passavam. Tomou, então, a iniciativa de lhes oferecer os cravos, dizendo "desculpem, mas não tenho mais nada para vos oferecer".
Os soldados recebiam os cravos e, não sabendo onde os colocar, decidiram enfiá-los nos canos das espingardas.
Outra explicação, certamente coincidente:
No Rossio, havia várias vendedeiras de flores que, quando os miliatres aí passaram, vindos do Terreiro do Paço, os vitoriaram e lhes ofereceram as flores que estavam a vender, nomeadamente as tais mais baratas e populares, os já referidos cravos vermelhos.
O resto foi igual: os militares colocaram-nos na "boca" das espingardas.
E assim nasceu um dos principais, senão mesmo o principal, símbolo da Revolução dos Cravos, o cravo vermelho.
Todos os dias se aprende algo de novo na blogosfera. Gostei!!!
ResponderEliminarPois é foi porque os miliatres do 25 de Abril, fizeram a revoluação dos cravos, que o país, volvidos 37 anos ainda anda bem encravado.
ResponderEliminardigo, militares.
ResponderEliminarematejoca,
ResponderEliminarTambém eu só agora, através de um amigo, soube estas explicações.
A blogosfera é especial.
Porque não obedecemos a ninguém.
Só à nossa consciência.
Amigo Cambeta,
Acredito sinceramente que os militares de Abril tinham a melhor das intenções.
Foram traídos por aqueles a quem entregaram o poder.