Barcelona confirma a final mais desejada
E o outro finalista da Champions é o Barcelona.
Depois da vitória em Madrid (2-0), os blaugrana têm o apuramento praticamente assegurado.
Num jogo de grande intensidade competitiva e nervosa, foram os pormenores, os erros e o talento de um predestinado que desiquilibraram.
E desiquilibraram o jogo, o resultado e a eliminatória.
Os pormenores e os erros.
Mourinho repetiu a receita do jogo da final da Taça do Rei.
Equipa pensada para não deixar o Barcelona ter a bola, trocá-la como tão bem sabe e gosta.
E Ronaldo e Di María soltos na frente para explorar a velocidade, imprevisibilidade e técnica de ambos.
Ou seja, uma equipa praticamente partida em dois - oito jogadores de campo, mais o guarda-redes, atrás da linha da bola; Ronaldo e Di María a tentarem surpreender.
Com esta táctica, o Real dá a iniciativa ao Barça, reconhece a superioridade dos catalães, e, no máximo, vai empatando uns jogos.
Ronaldo não gosta e já deu conta desse facto.
Para além deste erro, e destes pormenores, há outros muito importantes.
Os jogadores do Barcelona são mais experientes, mais sabidos, mais inteligentes.
Têm mais classe.
Pepe foi expulso com algum rigor?
Talvez.
Mas, num jogo destes, com esta intensidade, a roçar o dramatismo, nunca se arrisca um lance daqueles.
Um erro estúpido que a equipa pagou caro.
Por fim, o talento.
Mourinho, tal como o fizera Carlos Queiroz, está a amarrar o talento de Ronaldo.
Deixar o madeirense preso entre os centrais adversários é uma palermice.
Ronaldo é um jogador de grandes espaços.
Que precisa de espaço para ganhar velocidade, fintar, rematar.
Já Messi, um predestinado, um fenómeno, finta onze adversários dentro de uma cabine telefónica.
A frase é de Roy Hogdson e referia-se a Futre.
Com a difernça que Roy Hogdson dizia que Futre não encontrava a saída.
Messi vai fintando em direcção à saída.
Foi assim que fez o segundo golo, matou o jogo e a eliminatória.
Mourinho disparou em todas as direcções.
A UEFA, e as casas de publicidade e apostas, queriam esta final?
Acredito.
O Barcelona é mais simpático que o Real?
Acredito.
Algo favorecido pela arbitragem?
Também acredito.
Mas, acima de tudo é uma equipa.
E o Real não (Mourinho tem que a construir).
E é uma equipa com classe, com experiência, com grandes jogadores.
E um fenómeno chamado Messi.
São muitas diferenças para um Real há muito tempo sem identidade.
E isso é que é fundamental.
Mourinho sabe-o bem.
Só não o admite em público.
Vão estar na final de Wembley as duas melhores equipas.
Nada mais.
Que bem esteve Josep Guardiola quando, na conferência de imprensa que lançou este jogo, ao afirmar da diferença que separa os dois treinadores e as duas equipas.
ResponderEliminarEle, o Senhor Josep Guardiola e o treinador do Real Madrid nada têm a ver um com o outro.
Compará-los é tentar pôr ouro ao lado de cortiça.
O Barcelona venceu com toda a justiça.
Ter Ronaldo não é a mesma coisa que ter Messi.
Ter jogadores indisciplinados não é a mesma coisa que ter um punhado de artistas que sabem os terrenos que pisam e o que querem.
Mais uma expulsão do treinador do Real Madrid e de Pepe.
Mais um toque de classe de Leonel Messi, coadjuvado por todos os colegas que fizeram questão em mostrar que estão bem vivos, no Santiago Bernabéu ou fora dele.
Que grande final em perspectiva!
Realmente Guardiola esteve muito bem quando veio falar da eventualidade de Pedro Proença arbitrar o jogo.
ResponderEliminarFoi muito bom nomearem o pior árbitro alemão, assumido fã do Messi
A mão invisível da Uefa não brinca, sempre pronta a ajudar o Barça
RSM,
ResponderEliminarTenho pena que os portugueses do Real não estejam na final.
Mas o Barça merece-a.
Observador,
As disputas entre treinadores antes dos jogos, desde que não passem certos limites, até são interessantes.
Ter Ronaldo e Messi é diferente, sem dúvida.
Mas prender Ronaldo a estas tácticas é um erro crasso.
E imitar Carlos Queiroz.
Continuo a pensar que estão na final as duas melhores equipas.
Hugo,
Repito o que escrevi acima - estas picardias entre treinadores até ajudam a apimentar o jogo.
É óbvio que o Barcelona é a equipa da moda.
E que a UEFA, as agências de publicidade e de apostas, queriam esta final.
Mas, também me parece claro, o Barça e o Manchester são realmente as melhores equipas.
O Real ainda está muito longe de ser uma equipa.
E Mourinho percebe isso.
E tenta, antes de tudo, não deixar o Barça jogar nos duelos entre ambos.
Pepe não merecia o vermelho.
Mas arriscou demais num jogo daqueles e com aquela envolvência.
De certeza que, no balneário, levou um ralhete do Mourinho.