Holanda ou Espanha? Perguntem ao estupor do polvo!!
Paul, o polvo, adivinhou o vencedor do jogo de ontem, o outro finalista do Mundial da África do Sul, a equipa que vai defrontar a Holanda.
A selecção espanhola, "La Roja", ganhou (1-0) a uma selecção alemã que começava a ficar com aura de imbatível.
Fica a certeza que o futuro campeão será, em tudo, um novo campeão.
Os holandeses vão disputar a sua terceira final, chegando à mesma com um registo impressionante - ganharam os jogos todos em que participaram.
Os espanhóis vão disputar, pela primeira vez na sua História, a final de um Mundial.
Espanhóis que ostentam o título de campeões da Europa.
Espanhóis que, como bem lembrava Vicente Del Bosque na véspera do jogo, vivem um momento excepcional em termos desportivos - campeões da Europa e finalistas do Mundial em futebol; o número 1 do ranking no ténis é espanhol (Rafael Nadal); um dos melhores pilotos da fórmula 1, e antigo campeão, é espanhol (Fernando Alonso); o melhor ciclista da actualidade é espanhol (Alberto Contador); uma potência mundial no andebol, no basquete, no motociclismo.
Espanha, que consegue atrair os maiores nomes do desporto a nível mundial, faz uso (de modo brilhante) dessa capacidade, para motivar o aparecimento e a ascenção de talentos a nível interno.
Voltando ao jogo de ontem, Vicente del Bosque conseguiu, na plenitude, o que se propunha.
A selecção espanhola esteve tacticamente perfeita (qualquer erro, a jogar com os alemães, pode bem revelar-se fatal), foi capaz de trocar a bola como só aquele meio-campo espanhol sabe fazer (o tal tiki-taka), não deu espaços ao contra-ataque alemão, deixou a resolução do jogo para os detalhes, para a inspiração de um jogador, para um momento.
Intenção que se percebeu logo com a inclusão de Pedro Rodríguez, o puto do Barcelona que fazia a sua terceira internacionalização, em detrimento de um jogador de área, mais lento e com menos mobilidade, como é Fernando Torres.
Os alemães, privados de Thomas Muller, impossiblitados de lançar aqueles contra-ataques mortíferos, viam-se enredados na teia espanhola e não conseguiam mostrar grandes argumentos para se libertarem da mesma.
Facto que Joachim Löw reconheceu no final do jogo.
Num jogo entre duas equipas cuja organização defensiva roçava a perfeição (uma, a Espanha, porque defendia trocando a bola; a outra, a Alemanha, com um posicionamento excepcional), foi um lance de bola parada que decidiu o jogo.
Puyol, um dos mais baixinhos em campo, deu um pulo tremendo na sequência da marcação de um canto, e o cabeçeamento fez a Jabulani voar imparável até ao fundo da baliza alemã.
Até ao final do jogo, a confirmação do que são duas grandes equipas de futebol.
Os alemães a tentarem virar o resultado; os espanhóis a controlarem o jogo, a posse de bola, e a tentarem fazer uso da arma que celebrizou os alemães - o contra-ataque rápido.
Num deles, Pedro Rodríguez teve o 2-0, e a decisão do jogo, nos pés.
Deslumbou-se, foi egoísta, inexperiente, e falhou.
Três minutos depois, foi substituído.
Os espanhóis chegam à final, com justiça, deixando pelo caminho uma fantástica equipa alemã.
E vão defrontar uma fantástica equipa holandesa.
Os três melhores jogadores deste campeonato, três médios, estiveram nestas meias-finais - a inteligência de Sneijder e Xavi, e o médio "box-to-box" Schweinsteiger.
Dois vão estar na final.
Pelo jogo que ambos vão criar, passará muito da decisão dessa final.
Quem sairá vencedor?
Perguntem ao polvo!!
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