Lições de eficácia na Champions; Sporting no meio da armada espanhola

Terminados os dois jogos das meias-finais da Champions, o que se pode concluir é que está a ganhar .....a eficácia.

Primeira lição de eficácia, a mostrar que a tradição ainda é o que era, dada pelo Bayern ao Real.

O 2-1 com que os bávaros derrotaram os merengues deixa tudo em aberto para o jogo da segunda mão como fez questão de salientar José Mourinho.

O golo marcado fora pode revelar-se, neste caso, decisivo.

Num jogaço, com duas equipas fantásticas, o segredo foi mesmo a eficácia dos alemães.

Depois de Lahm ter feito gato-sapato de Fábio Coentrão (a ser injustamente crucificado pela imprensa e pela aficíon por causa deste lance) Mario Gomez foi......isso mesmo, eficaz.

E o Bayern ficou em vantagem na eliminatória mesmo no final do  jogo.

A maldição alemã ainda não foi desfeita pelo Real - 10 jogos em Munique, 9 derrotas e um empate.

Mas, como bem diz Mourinho, um resultado destes não exige um remontada histórica para estar presente na final.

Em bom rigor, só exige um golo.

Eficácia em Munique, eficácia em Londres.

O Barcelona não perdia um jogo para a Champions desde Fevereiro de 2011.

Perdeu agora em Stamford Bridge (1-0).

Porque, apesar de, como confessava Terry no final do jogo, o Chelsea quase não ter tocado na bola nos primeiros quinze minutos de jogo, os londrinos foram de um rigor matemático e de uma frieza que só está ao alcance dos melhores serial killers.

A equipa do Chelsea, insisto, é a equipa mais experiente, mais calejada, mais sabida, mais matreira, da actualidade.

E, mesmo com o colosso Barcelona pela frente, não se impressiona.

Se marca (marcou Drogba) defende compacta (com dez dentro da área, dizia Guardiola) e dificilmente é ultrapassada.

Poderá o Chelsea eliminar o Barça e vingar a eliminação, em jogo que tanta polémica gerou há alguns anos (2009)?

Está no bom caminho para isso.

É que, ao contrário do 2-1 de Munique, que o Real pode facilmente reverter, o 1-0 de Londres é um resultado complicado para o Barça.

Um golo do Chelsea em Nou Camp e está tudo estragado.

Ao Sporting, hoje, na Liga Europa, pede-se que seja uma espécie de padeira de Aljubarrota.

No meio de três equipas espanholas (Atlético de Madrid e Valência jogam a outra meia-final), os leões apanharam com os bascos do Atlético de Bilbau.

A equipa que Sir Alex Ferguson disse que iria ganhar esta edição da Liga Europa.

Espero bem que esteja enganado.

Uma certeza - nestes dois anos, Portugal teve quatro equipas nas meias-finais da Liga Europa.

O ano passado, a final foi portuguesa e o troféu acabou nas vitrines do Estádio do Dragão.

E se se mudasse este ano para Alvalade??