Um ano depois do maior susto da minha vida
Um ano depois do maior susto da minha vida, da maior devastação urbana que alguma vez presenciei, o que mudou?
Essa a pergunta que frequentemente me coloco, acredito que à semelhança de muitos outros residentes de Macau.
Estará a cidade mais bem preparada para fazer face a uma catástrofe como aquela que a todos afectou há precisamente um ano?
Vamos ouvindo declarações avulsas, fazendo alusão a medidas avulsas, que fazem crer que sim, que Macau está agora mais bem preparada para fazer face a uma catástrofe com as proporções bíblicas do tufão Hato.
Eu, residente permanente da Região Administrativa Especial de Macau, tenho que confessar que não estou plenamente convencido que assim seja.
Pelo contrário, consciente ou inconscientemente, a perspectiva de aproximação de um qualquer tufão deixa-me assustado.
Algo que não acontecia antes do Hato.
O que vivenciei há um ano foi verdadeiramente surreal.
Dentro de casa e nas ruas, a destruição, o caos, a perda de bens materiais, mas sobretudo de vidas, marcaram-me para sempre.
Vivemos todos um conjunto de acontecimentos que julgávamos ser apenas possível em filmes sensacionalistas produzidos por Hollywood.
E não podemos nunca esquecer o que aconteceu, como aconteceu, porque aconteceu.
Para evitar que aconteça novamente, que não haja sequer essa remota possibilidade.
E é bom que se perceba que isso é muito e é algo não se consegue com processos e sanções disciplinares.
Ja nem me lembrava deste acontecimento. Infelizmente ultimamente tem havido tantas desgracas nos paises Asiaticos, que imagino que quem ja passou por isto deve temer o proximo tufao ou tremor de terra.
ResponderEliminarAinda muito recentemente (semana passada) houve aqui um tufão, Sami.
EliminarQue foi um "tufinho".
Não me assustei?
Se dissesse isso estava a mentir.
Foi um susto que nunca mais esquecerei.
Falar é fácil, à distância ainda mais.
ResponderEliminarOxalá o susto não se repita, Pedro. Para bem de todos.
Daqui, de muito longe, um abraço solidário e fraterno.
Foi uma coisa dantesca, António.
EliminarQuando recordo aquelas horas ainda tremo.
E tremo quando ouço falar em tufões.
Não se brinca com a Natureza.
Essa foi uma lição que Macau aprendeu da forma mais complicada.
Aquele abraço
Já um ano?!
ResponderEliminarOxalá jamais aconteça, mas vendo as catástrofes que têm acontecido, e falo dos sismos, não sei.
Estamos a destruir o planeta
Beijinhos
Estamos a destruir o Planeta, Maria Araújo.
EliminarSe juntarmos a isso alguma imprevidência e falta de preparação, as desgraças acontecem.
Beijinhos
Realmente, um susto desses, não é esquecido facilmente. Fica muito marcado! abração,chica
ResponderEliminarPara sempre, chica.
EliminarEssa é uma das certezas que tenho na vida - nunca mais esquecerei o dia 13 de Agosto de 2017.
Abração
Bom dia:- O que mudou? Pelo menos limparam as ruas, não?. Mais a sério porque o assunto é sério: Nada que se faça conseguirá parar a força da natureza. Não era o Titanic indestrutível?
ResponderEliminar.
* Amor em Asas Libertas *
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Votos de um dia feliz
Houve muita imprudência, Gil António.
EliminarSe as autoridades administrativas têm culpas, os cidadãos também.
Como dizia alguém passados uns dias, Macau nunca levou os tufões muito a sério.
Para aquele dia havia almoçaradas combinadas.
Para aproveitar o dia.
Um tufão é uma coisa muito séria.
Agora acho que todos aprendemos isso.
Da forma mais dolorosa.
Aquele abraço
Imagino o seu susto! Ou se calhar nem consigo imaginar. O maior susto da minha vida, foi andar a lutar com as chamas, à quase 9 anos.
ResponderEliminarMuita força amigo!
Soubesse eu...que modificaria o mundo... [ 9º aniversário do blogue espiritual-idades]
Beijo e um excelente dia.
Nos dois casos, o meu e o seu, a Natureza a dizer que está zangada com o que andamos a fazer.
EliminarE a dar lições que nuca mais se esquecem.
Beijo, votos de um excelente dia
Nunca passei, felizmente, por situação de catástrofe e nem consigo imaginar o medo que se possa sentir.
ResponderEliminarESpero sinceramente que o Pedro não seja obrigado a repetir o susto.
Pavor, São.
EliminarPavor que resulta da sensação de total impotência.
Olhava para a minha filha Mariana a tremer e não sabia o que fazer nem o que lhe dizer.
Enquanto a minha sala ia ficando toda destruída e eu estava encostado à porta de acesso ao corredor para tentar que aquela pelo menos não rebentasse.
Ninguém esquece um susto desses...
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Não se esquece mesmo, Isabel Sá.
EliminarSe tinha algum receio de tufões, agora tremo sempre que um se aproxima.
Na natureza ninguém manda e se lhe fazemos mal, temos resposta, mais tarde ou mais cedo. Beijo.
ResponderEliminarE a resposta pode surgir com uma violência que nos parece impossível, CÉU.
EliminarBeijo
Uma boa reflexão. Parabéns
ResponderEliminarArthur Claro
http://www.arthur-claro.blogspot.com
De um dia inesquecível pelas piores razões, Arthur Claro.
EliminarA quem está de fora não dá nem para imaginar o drama que viveram e a única coisa que posso desejar é que nunca mais aconteça nada igual.
ResponderEliminarNunca se está suficientemente preparado para controlar as forças da natureza.
Abraço
Não dá mesmo para imaginar, Elvira carvalho.
EliminarE até descrever em toda a plenitude é complicado.
Abraço
E existe uma forte possibilidade destas ocorrências serem cada vez mais comuns meu amigo.
ResponderEliminarUm abraço.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Com as alterações climáticas que o outro louco insiste em negar, Francisco :(
EliminarAquele abraço
A devastação desse tipo de catástrofe (tufão) depende muito da solidez das construções. E isto não se faz num ano apenas.
ResponderEliminarPor isso, é natural que não estejas convencido...
Caro Pedro, um bom resto de semana.
Abraço.
Exactamente, Jaime Portela.
EliminarO que mais me impressionou foi exactamente a fragilidade das infra-estruturas.
E isso não se altera num ano nem nada que se pareça com isso.
Aquele abraço
O seu texto fez-me lembrar o fogo que ocorrerem o ano passado no distrito de Leiria.
ResponderEliminarPassado um ano, um terrível fogo na Serra de Monchique, e o que se ouve da boca do primeiro ministro é que neste fogo não há mortos a lamentar!!!
Eu ouvi essas declarações, Magui.
EliminarO Ministro da Administração Interna (Eduardo Cabrita) foi a primeira pessoa a mostrar-me Macau.
Já lá vão quase vinte e três anos.
Aqui morreram dez pessoas.
De maneira estúpida, perfeitamente evitável.
Nossa, deve ter sido apavorante, Pedro! Acho que não tem como esquecer algo assim.
ResponderEliminarFoi, Rosa Mattos, foi verdadeiramente pavoroso.
EliminarNão se esquece...
É caso para dizer: aí como por cá.
ResponderEliminarO problema é que se esquecem, sistematicamente, os "porquês" O porquê das consequências do tufão ter tido como resultado a desgraça que os que vivem aí sentiram na pele, o porquê dos incêndios, por cá, continuarem este ano como no transato, etc., etc.
O que é que se pode fazer a estas criaturas, estes pseudo responsáveis? Tens resposta, Pedro? É que eu não tenho.:(
Beijinho, Família.
Aqui rolou a cabeça do Director dos Serviços de Meteorologia, GL.
EliminarSim, que foi ele que rebentou com as casas, inundou as ruas e os parques de estacionamento, causou aquele caos todo.
Há um ano chamei-lhe cordeiro de Deus.
Um ano depois reforço essa ideia.
Beijinho
É rezar para que nunca mais essa desgraça se repita, Pedro. Já que evitar, nunca será possível.
ResponderEliminarUm abraço
Evitar não é possível, Janita.
EliminarPrevenir, combater, isso já é.
Um abraço
Nenhum pais ou cidade esta preparada para os grande fenómenos da natureza.
ResponderEliminarEm Macau foi o tufão em Portugal e Grécia o fogo, se se repetisse acontecia tudo igual, continua-se a não aprender com os erros
Abraço
Hoje em Caminhos Percorridos - Mulheres chegou...
Esse é o meu receio, Kique.
EliminarUm ano depois não seria outra vez tudo igual??
Receio bem que sim.
Pelo menos muito semelhante.
Aquele abraço
Há acontecimentos na vida para os quais podemos dizer "há um antes e um depois"
ResponderEliminarAcho interessante reflectir sobre os "sobreviventes", não na perspectiva do trauma, mas das pequenas alterações imperceptíveis que se dão na forma como se olha para o mundo.
Escrevi sobre isso há algum tempo, Boop.
EliminarA Macau A.H. e D.H. (antes do Hato e depois do Hato).
Mudou muita coisa.
Sobretudo na mentalidade das pessoas e na forma de encararem estes fenómenos naturais extremos.
Curioso, Pedro, tenho a mesma sensação em relação ao Funchal (onde vivo) e passados 8 anos sobre o aluvião que se abateu sobre a cidade reduzindo-a a escombros.
ResponderEliminarÉ triste mas, cada vez mais, acredito menos nos políticos.
Aquele abraço
Lembro bem esse triste dia, Ricardo.
EliminarEstá aqui documentado no blogue em fotos que só de ver arrepiavam.
O que de melhor se viu, na Madeira e aqui em Macau, foi o coração das pessoas.
Que esqueceram as autoridades e foram para a rua limpar as cidades, retomar a vida.
Aquele abraço
As tragédias geralmente têm uma capacidade preventiva e defensiva para situações semelhantes (planos de emergência, por ex.). Espero que seja o caso.
ResponderEliminarAcredita que os teus relatos de há um ano sobre o que viveste nesse pesadelo marcaram-me e não os esqueci.
ResponderEliminarE já passou um ano!
Beijinhos de memórias tristes