Liberdade de culto e diálogo ecuménico não implicam necessariamente respeito

Ao ler no Público a notícia acerca de uma campanha publicitária em Marrocos que aconselha os homens a não autorizarem as esposas a utilizar determinado tipo de roupas na praia ou nas ruas, lembrei a mensagem episcopal de Francisco e pensei que a liberdade de culto e o diálogo ecuménico que Francisco e muitos de nós advogamos e defendemos intransigentemente não implicam necessariamente respeito pelas ideias e os valores de outros credos, de outras religiões.
Continuar a tratar a mulher como ser inferior em pleno século XXI não é só incompreensível e inaceitável, é ofensivo, repugnante.
Mesmo para os homens.
Os homens que se recusam a minimamente pactuar com esta cultura e este sistema de valores absolutamente primitivo e bárbaro.
Defender que a presença da mulher na rua, sem estar acompanhada por um homem, e sem que esteja vestida com as roupas que os homens têm o dever de as obrigar a vestir, é motivo suficiente e justificação bastante para a violação, o estupro, é uma aberração.
Uma aberração que não devia ter lugar no planeta Terra.
Mas que infelizmente é o dia-a-dia de milhões de mulheres que nada podem fazer para contrariar esta suposta cultura e este suposto sistema de valores.
Não, não respeito esta conduta, estes valores.
E recuso em absoluto o politicamente correcto, muito mais a subserviência.
Porque insisto em fazer orgulhosamente parte daqueles que pensam que a nossa cultura, os nossos valores, não são apenas diferentes.
São infinitamente melhores.

Comentários

  1. As mulheres árabes só este ano foram autorizadas a conduzir.
    O orgulharmo-nos da liberdade que temos e sentimos não vai ajudar as mulheres que vivem em países "atrasados". Infelizmente elas é que terão que se impor com coragem e determinação, prontas para sofrer as consequências dos seus aos para depois continuarem a luta.

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  2. Arábia Saudita, Catarina.
    Em muitos outros países ainda não têm esse direito.
    Parece mentira.
    Respeitar essas anormalidades??
    Nem pensar!

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  3. "Porque insisto em fazer orgulhosamente parte daqueles que pensam que a nossa cultura, os nossos valores, não são apenas diferentes.
    São infinitamente melhores."

    Também estou em sintonia contigo apesar de ainda haver em Portugal homens com "h" bem pequenino e homens e mulheres que perderam o comboio do tempo e tratam como sabemos quem seja "diferente". Um assunto que me agonia e conheço muitos pais que criticavam os filhos dos outros (aiiii como é tão fácil educar os dos outros) e hoje tiveram de mudar porque lhes caiu em cima o "impensável".

    Não respeito nenhuma prática de anormalidades absurdas e numa total falta de respeito pelo o outro!

    Beijocas e um bom dia

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    1. Era o que faltava era respeitar quem vive nas trevas, Fatyly!
      Ver estas mulheres, em climas tórridos, à beira da piscina, com aquelas vestimentas, PRETAS!!, faz doer a alma.
      E os maridos dentro da piscina em grande galhofa.
      Só saem da piscina para ir fumar o seu narguilé enquanto elas têm que estar ali ao sol cobertas dos pés à cabeça.
      Respeito?
      Beijocas

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  4. Bom dia. Infelizmente ainda existem culturas em que as pessoas em geral e os homens em particular ainda têm uma mentalidade machista e tacanha. Mas a verdade é que muitas mulheres, nesses Países, também defendem muitas ideias bárbaras, como pura o exemplo andarem de cara tapada. Enfim, culturas...
    .
    * Amor: Oásis de frescura em secos areais *
    .
    Deixando um abraço poético

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    1. Elas defendem essas ideias, Gil António?
      Ou são obrigadas a isso desde pequeninas?
      Culturas?
      Talvez...
      Mas que não me merecem o mínimo respeito.
      Aquele abraço

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  5. É tempo, mais que tempo, das mulheres nesses países reagirem e tornarem-se terroristas perante esses bárbaros.

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    1. Vê-las, sem levantar sequer a cabeça, sem nos olharem nos olhos, arrepia, João Menéres.
      Será que algum dia vão ter coragem para afrontar quem as oprime?
      Tenho sérias dúvidas.
      Acredito mais que essa mudança venha de fora.

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  6. Concordo...a nossa cultura é bem melhor...
    Isabel Sá
    Brilhos da Moda

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  7. Estou completamente de acordo com o meu amigo é inaceitável este problema em pleno século XXI dá a sensação que ainda vamos de ter que esperar mais um século.
    Um abraço e continuação de boa semana.

    Andarilhar
    Dedais de Francisco e Idalisa
    O prazer dos livros

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    1. Nem faço ideia quanto tempo teremos que esperar para sair desta idade das trevas, Francisco.
      Parece eternizar-se.
      Aquele abraço

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  8. Não consigo comprrender este tipo de comportamentos em pleno século XXI.
    Dou graças por não ter nascido num país desses.

    Beijos Pedro

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    1. Acho que fiquei ainda mais sensível a estes atentados depois de ser pai de duas filhas, Manu.
      Tratarem-nas como cidadãs de segunda, como seres inferiores??
      Venha o fdp que tente!!
      Beijos

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  9. Não sei se são melhores ou não (em alguns pontos, quem sabe, não serão mesmo piores...) Mas, neste aspecto especifico, não há qualquer dúvida! Quando os cientistas Árabes elevarem a Mulher de mamífero para ser humano, talvez seja possível ver um começo de um caminho... :)

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    1. Cláudio Gil,
      Tratar as mulher pior que os animais é repugnante.
      E não é civilização, é barbárie.

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  10. Dou gracas por ter nascido no pais onde nasci e nao num desses paises retrogrados!

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    1. Exactamente, Sami - as mulheres que são subjugadas por estes ditames primitivos não puderam escolher o lugar onde nasceram.
      Triste sorte.

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  11. Nada justifica que as mulheres sejam consideradas como seres menores.
    Porque na realidade elas não são seres menores.
    Um abraço

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    1. Isso para nós é tão óbvio que nos revolta que haja quem assim as trate, António.
      Aquele abraço

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  12. Quando Deus criou o Adão e Eva, disse aos dois:
    - Tenho dois presentes para distribuir entre vocês um é para
    fazer xixi em pé e...
    Adão, ansioso, interrompeu, gritando:
    - Eu! Eu! Eu! Eu quero, por favor...Senhor, por favor,. Sim, iria
    me facilitar a vida substancialmente! Por favor! Por favor!
    Eva concordou e disse que essas coisas não tinham importância
    para ela. Então, Deus presenteou Adão, que ficou maravilhado.
    Gritava de alegria, corria pelo jardim do Éden fazendo xixi em
    todas as árvores. Correu pela praia fazendo desenhos com seu
    xixi na areia. Brincava de chafariz. Acendia uma fogueirinha e
    brincava de bombeiro...
    Deus e Eva contemplavam o homem louco de felicidade, até que
    Eva perguntou a Deus:
    - E Qual é o outro presente, Senhor?
    Deus respondeu
    -Cérebro, Eva. O cérebro é seu.

    Tenha um bom dia caro amigo Pedro Coimbra.
    Um abraço.

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    1. Uma anedota que devia ser contada com Maomé a estes trastes que assim tratam as mulheres, Amigo Eduardo.
      Dei uma gargalhada e fiquei a pensar nestes fdp a mijar pelos cantos.
      Sim, porque cérebro é coisa que parece mesmo não terem.
      Aquele abraço

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    2. Eu sempre disse que o Adão era infantil e a Eva ao comer a maça quis comer o fruto da àrvore da sabedoria.

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  13. E é por concordar com o Pedro que considero inadmissível que um presidente de Câmara francês tenha dito a um grupo de raparigas ter que falar com o chefe religioso da comunidade delas para saber se poderia atender o seu pedido !!!

    Na mesma linha, apoio totalmente a decisão norueguesa de proibir construção de mesquitas financiadas pela Arábia Saudita já que esta não permite a construção de igrejas !!


    O pior é a existência de mulheres alienadas que, por vezes, são mais machistas do que os homens: numa reportagem da "Visão" acerca da excisão do clitóris estava o testemunho de uma das vítimas que só não submeteu a filha à mesma violência porque o marido, pai da menina, não permitiu..


    Desejo-lhe um Agosto muito bom em companhia das suas meninas

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    1. A Dinamarca acaba de abolir o uso da burka em espaços públicos, São.
      O respeito tem que ter dois sentidos.
      Se não for assim não é respeito, é subserviência.
      Um feliz mês de Agosto para a São também

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  14. Báh, fico a imaginar 'elas' aqui, no Rio de Janeiro, onde é o oposto! É inimaginável uma vida assim, parece que isso não é no planeta Terra. Ainda!! Mas eles por lá devem pensar a mesma coisa...
    Beijo, Pedro.
    Boa semana.

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    1. Não, Tais Luso, tenho conhecimento directo de muitas mulheres que são forcçadas a ter este comportamento em público contra a sua vontade.
      E que em privado se estão nas tintas para estas regras primitivas, bárbaras.
      Beijo, boa semana

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  15. Continuar a tratar a mulher como ser inferior em pleno século XXI não é só incompreensível e inaceitável, é ofensivo, repugnante.

    Olá Pedro
    Obrigada pela sua visita e comentário.

    Aqui estou em retribuição da visita
    e, encontro a sua opinião, com a qual concordo
    mas...se eu lhe disser
    que essa é a minha vivência
    iria ficar admirado
    pois...acredite que só lhe digo:
    estou cansada, dos tormentos
    tenho a mente cansada

    Boa semana. Tulipa

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    1. Nenhuma mulher merece ser tratada desta maneira ou algo semelhante, tulipa.
      Se sempre pensei e agi assim, com o nascimento das minhas filhas a minha sensibilidade para estas questões ficou ainda mais apurada.
      Isto não são homens.
      São uns vermes cobardes.
      Boa semana

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  16. Primitivo e repugnante.
    Mais do que uma questão cultural é uma questão religiosa, tudo em nome de Deus, Alá, chamem o que quiserem.
    O que para mim é perturbador.

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    1. Normalmente é assim, Magui - as maiores atrocidades foram sempre cometidas em nome de um qualquer Deus, seja ela qual for.

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  17. É um facto que tudo isso existe e é revoltante !!!
    Contudo, este ano, tive a oportunidade de andar por Marrocos, descendo-o, atravessando e subindo, fazendo cerca de 2.500 kms e fiquei surpreendido por ver um nº reduzidíssimo de burkas e mais de 90 % das mulheres vestidas normalmente (sem os exageros europeus, claro), mas normais e a relacionarem-se normalmente connosco .
    Senti que Marrocos, nesse aspecto estava até bastante ocidentalizado !
    Mesmo da parte dos homens, não vi quaisquer tentativas de lhes impor barreiras no seu relacionamento com os outros. Foi uma surpresa !!!...
    O mesmo já me tinha acontecido há 5 anos em Istambul, que também me surpreendeu fortemente !
    Ainda bem ! :) ... Mas sei que isso (e mais um ou outro caso) seriam excepções no mundo árabe ! :(( ... e é pena ! :((
    Curioso que estive ainda há muito pouco tempo com uma portuguesa que tinha casado com um marroquino, para lá foi viver e disse-me ela que nesse aspecto , as mulheres são muito mais rigorosas que os homens ! Que ela próprias se impunham esses modos de comportamento e vestuário.
    Acabou por se separar do marido, pelas exigências da sogra, que não do marido e do sogro ! :))

    Abraço, Pedro

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    1. "Senti que Marrocos, nesse aspecto estava até bastante ocidentalizado".

      Os marroquinos que vivem na Alemanha não são nada ocidentalizados... e os homens turcos são mil vezes piores.

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    2. Como o Teresa não é nada essa a sensação que tenho, Rui.
      E estas notícias só o vêm confirmar.
      Istambul?
      Gostei muito da cidade, senti-me sempre incómodo quando andava na rua.
      E o relacionamento dos homens com as mulheres (eu estava acompanhado de mulher e filhas) não me agradou nada.
      Muito menos a maneira como olhavam para elas.
      Coisas que nós homens percebemos de uma maneira muito especial.

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  18. Muito bem, Pedro! O pensamento de um ocidental civilizado, claro!!!

    Gostei particularmente da Banda Desenhada.

    Beijinhos.

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    1. A Banda Desenhada diz tudo, Graça.
      Respeitar estas mentalidades??
      Nem pensar.
      E o que aqui escrevo digo cara a cara a um colega meu que é muçulmano.
      E dos mais ortodoxos.
      Beijinhos

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  19. Subscrevo o comentário da Catarina e aproveito para lembrar que neste país à beira mar plantado, não há apenas homens que vêem as mulheres com os mesmos olhos dos nossos bisavós. Infelizmente, há também mulheres que aceitam com muita naturalidade a subserviência e secundarização relativamente ao homem. E não se pense que são analfabetas...

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    1. Eu sei, Carlos.
      E conheço casos muito concretos dessa realidade.
      Ainda assim não se aproximam da mentalidade mentecapta destes tipos.

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  20. Essa campanha é estúpida, não em outra designação. Mesmo que seja cultural ... O caminho ainda é longo e vem demonstrar os desequilíbrios que há no mundo.

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