O princípio do fim do Occupy Central
Dois meses depois do seu início estamos a assistir ao que parece ser o princípio do fim do movimento Occupy Central.
Estruturas a serem removidas, confrontos entre manifestantes e polícia, detenções dos dois lados, sinais que chegam de Pequim no sentido de haver disponibilidade das autoridades centrais para discutir uma reformulação das estruturas de nomeação, e uma opinião pública que se mostra cansada e crescentemente desfavorável aos protestos (fala-se numa taxa de desaprovação de cerca de 80% da população), parecem constituir os ingredientes de um cocktail que ameaça fazer transbordar o copo da paciência das autoridades centrais e de Hong Kong a qualquer momento.
Dois meses de protestos, de permanência nas ruas, com algumas das artérias principais de Hong Kong bloqueadas, resultaram até agora num jogo de paciência e de nervos com poucos avanços da parte de qualquer um dos envolvidos.
Mas também com poucos recuos.
Este impasse, que poucas autoridades públicas no mundo tolerariam, teria que ser resolvido.
Desde o início dos protestos, foi fácil intuir que Pequim não iria alterar substancialmente a sua posição.
Ou haveria um recuo dos manifestantes, coisa que não aconteceu, numa demonstração de resiliência e força de convicções impressionante, ou Pequim teria que dar algo de concreto a quem estava nas ruas para que se pudesse chegar a um entendimento.
Esse algo, do ponto de vista de Pequim, terá sido a supracitada disponibilidade para discutir a composição dos órgãos de nomeação.
Ainda que não seja suficiente, do ponto de vista dos manifestantes, os sinais que se podem recolher nestes dias apontam no sentido de ser a última oferta de Pequim.
Que chega ao mesmo tempo que um sonoro grito - basta!
As estruturas estão a ser desmontadas, a polícia está mobilizada, o Occupy Central está a chegar ao fim.
Para passar à História como case study.
~ Será que os estudantes vão ficar marcados?!
ResponderEliminar~ Longo vai ser o caminho da conquista de um espírito democrático...
~ ~ ~ Beijinhos. ~ ~ ~
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Uma pergunta para a qual não tenho resposta, Majo
EliminarSó Pequim terá
Beijinhos
O regime de Pequim acabará por cair, como caem todos os sistemas ...
ResponderEliminarAqui, boa tarde :)
Cair, não sei se cairá, São.
EliminarTransformações já está a sofrer.
Mas o tempo na China tem uma dimensão muito diferente da nossa.
Vai demorar muito.
Aqui, bom dia (sexta-feira) :))
Pelo menos há evolução.
ResponderEliminarQue se ouçam as vozes...
Beijinho. :))
Os manifestantes do Occupy Central, muitos deles jovens com menos de 20 anos, tiveram a coragem de enfrentar e fazer tremer o regime de Pequim, ana
EliminarE de deixar ferido de morte (??) o Executivo de Hong Kong.
Beijinho
Nada que me surpreenda, Pedro. Como então escrevi no meu canto, era uma questão de tempo. Creio que houve circunstâncias internacionais que favoreceram este desfecho, como amanhã tentarei explicar no sítio do costume.
ResponderEliminarTinha que ser, Carlos.
EliminarSurpreendo-me por ter durado tanto tempo.
Pela paciência das autoridades de Hong Kong e Pequim, pela resiliência dos manifestantes, pela tolerância dos hongkongers