As duas notícias que estão a abalar o Mundo

A crise económica, o nervosismo dos mercados, o sobe e desce das Bolsas, cederam o lugar nas últimas horas a notícias de guerra e paz.

Na Líbia, Muammar Gadaffi morreu.
Na cidade onde nasceu (Sirtre).
Se a morte do beduíno é um dado adquirido, confirmado por imagens de enorme violência, uma nova controvérsia se abre.
Esta relacionada com as circunstâncias que rodearam o morte do ditador líbio.
O primeiro-ministro do governo de transição afirmou que Gadaffi teria sido vítima de um tiroteio e teria morrido a caminho do hospital.
No entanto, imagens entretanto divulgadas, sugerem que Gadaffi terá sido executado sem misericórdia depois de ter sido capturado.
A Amnistia Internacional pede uma investigação profunda e cálere e, nesta altura, a única coisa que podemos dar como certa (para além da morte de Gadaffi) é que ainda vamos ouvir falar deste episódio por mais algum tempo.



Se na Líbia se festeja a morte do ditador, em Espanha festeja-se o anúncio da ETA de renúncia à luta armada.
A orgnaização terrorista basca declarou, através de comunicado, um cessar-fogo unilateral.
Como não é a primeira vez que o faz, e depois não cumpre, aconselha-se cautela, prudência e vigilância atenta.
Num e noutro caso, e quando o futuro é ainda tão incerto, manda o bom senso que se moderem os festejos.

Comentários

  1. Num caso e outro, estou a ver demasiado folguedo.
    E a procissão ainda não saiu do adro.
    Aquele abraço

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  2. Caro Pedro,

    no caso de Kadaffi ou Gadaffi permita-me que, perante a brutalidade das imagens, cite Edgar Poe e diga que "A perversidade é um dos impulsos primitivos do coração humano.".

    No que respeita à ETA, espero que tal cessar-fogo seja, realmente, para todo o sempre, e folgo muito com a competência das autoridades portuguesas que, nos últimos anos, também contribuíram, e muito, para a resolução deste problema basco.

    Abraço e bom fim de semana!

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  3. Pedro,
    Parabéns por focar os dois grandes acontecimentos políticos.
    Há menos um ditador mas a liberdade ainda é uma incógnita. Quanto à execução, qualquer tipo de execução é bárbara pois não há justiça, ou antes, ela é feita com a máxima "olho por olho, dente por dente". O que faz impressão.
    Numa guerra é difícil avaliar o que é correcto.

    Em relação à ETA esperemos que seja uma verdade conseguida.
    Beijinho. :)

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  4. E que razão tem em tudo o que escreveu.
    Beijo

    Carlota Pires Dacosta

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  5. A morte de Gadaffi espoletou uma pouca supreendente onda de hipocrisia internacional.

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  6. Quem festeja a morte do ditador, nas circunstâncias em que ocorreu, só pode ser um traste igual a ele.

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  7. Teme-se agora pelo futuro "democrático" da Líbia. Para começar, subsiste a dúvida se os imigrantes ilegais líbios estacionados na Europa - mais precisamente na ilha italiana de Lampedusa - vão querer regressar à sua terra. Algo me diz que não.

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  8. Ricardo,
    Independentemente do facínora que ele era, há algo de primitivo naqueles festejos, no exibir dos cadáveres como se se tratasse de troféus.

    A ETA.
    Onde estão as armas?
    Declarações de cessar-fogo já assistimos a muitas.
    E a deposição das armas?
    Sou céptico.
    Bfds

    ana,
    O que assistimos foi a uma execução popular.
    A "justiça" de Talião.
    Lembra-se da família Ceaucescu?
    Barbárie.

    Como referi na resposta ao Ricardo, sou céptico no que se refere às promessas da ETA.
    Beijinho

    Çarlota,
    É fácil quando os temas são tão transparentes, tão óbvios.
    Beijo

    VICI,
    Chega a ser nojice ver os mesmos líderes que o receberam de braços abertos, que com ele negociaram o petróleo líbio, mesmo sabendo que estava manchado de sangue, a regozijarem-se agora com a execução sumária do tipo.

    Carlos,
    Totalmente de acordo.
    Quem festeja esta barbárie é gente muito perigosa.

    FireHead,
    Eu temo pelo futuro da Líbia, ponto final.
    O ditador foi executado.
    E agora?
    Haverá esse tal futuro democrático?
    Gostava de acreditar que sim.

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