Gabriel, Tong Io Cheng, uma das honrosas excepções num cenário de mediocridade


Gabriel, Tong Io Cheng, deputado nomeado pelo Chefe do Executivo, tem pautado a sua actuação na Assembleia Legislativa pela discrição.
Gabriel Tong não intervém publicamente com regularidade, não é um fala-barato.
No entanto, as suas intervenções, se e quando acontecem, são acertadas e acutilantes.
Facto que se verifica novamente agora no cenário da descabida proposta apresentada pelo campo pan-democrata a exigir uma audição parlamentar acerca dos acontecimentos que rodearam a demolição de barracas na Ilha Verde.
Que o trio pan-democrata é profundamente populista já todos sabemos.
Será ignorante também?
Uma dúvida que fica.
Gabriel Tong, que não é populista nem ignorante, explica, de forma simples, que há que respeitar a divisão de poderes.
E que há questões que têm de ser tratadas e dirimidas pelo poder judicial, não pelo legislativo.
Com esta intervenção, Gabriel Tong, sem o pretender, demonstra também, uma vez mais, que faltam juristas no plenário da Assembleia.
Politicamente muito fracos, a maioria dos deputados peca ainda por ser destituída de conhecimentos técnicos específicos.
A somar a uma estreiteza de vistas confrangedora.
Infelizmente, são poucas as excepções que confirmam esta regra.
E Gabriel Tong, reconheça-se o facto, constitui uma dessas honrosas excepções.

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