Balanço dos jogos já disputados na Champions
Quatro jogos já disputados e algumas ilacções que já podem ser tiradas de mais uma eliminatória da Champions League.
Em primeiro lugar, o claro e crescente declínio das equipas italianas.
O Inter, por influência de José Mourinho, foi uma excepção na época passada.
Desde o escândalo "Calciocaos", o futebol italiano não mais se recompôs.
E perdeu competitividade.
A nível de clubes e selecções.
As derrotas de Milan (0-1 frente ao Tottenham) e Roma (2-3 com o Shakthar), ambas em solo italiano, só surpreendem os mais distraídos.
As equipas italianas perderam classe, perderam o "élan" que as tornava temíveis.
E o futebol italiano perdeu a capacidade, competitiva e financeira, de atrair grandes talentos.
E também não os tem gerado.
Capacidade que se mudou em grande medida para Espanha e Inglaterra.
Assim, não surpreende que, no pólo oposto aos clubes italianos, os clubes ingleses contem por vitórias os dois jogos já realizados.
Se o Tottenham surpreendeu ao ganhar em Milão, os meninos de Wenger deram a volta ao resultado para vencerem o super-Barcelona no duelo entre as duas equipas que melhor trocam a bola no planeta.
O campeonato inglês é, sem qualquer dúvida, o mais competitivo do Mundo.
O único onde é perfeitamente natural que o último classificado ganhe ao primeiro, num estádio cheio, com constante apoio às equipas.
Essa mentalidade, essa alegria, mantém-se nas provas europeias.
Como tal, não acredito que o Milão vire a eliminatória em Londres.
Já o Barcelona tem tudo para conseguir a passagem.
O Barcelona de Guardiola tem alguma dificuldade em ganhar fora nas provas europeias.
Mas corrige em casa.
Aquela equipa, que ontem manteve a bola durante cerca de um minuto e meio consecutivamente, tempo em que fez 83(!!!) passes certeiros, é realmente fenomenal.
E, à boleia do Barcelona, chegamos ao futebol espanhol, às equipas espanholas.
Barcelona e Real Madrid são de outra dimensão.
As restantes equipas, pese embora os vultuosos investimentos, já são mais acessíveis.
A prova está no Valência, que o Shalke parou em Espanha (1-1).
E espero que também seja assim com o Sevilha....
Sobram os alemães do Shalke e os ucranianos do Sakthar.
O Shalke é uma equipa que prova que o futebol alemão está a procurar voltar a trilhar caminhos que já pisou.
Com jogadores muito experientes, um Raúl a bater recordes, os alemães vão fazendo o seu caminho.
Ainda assim, uma eliminatória ainda em aberto.
Já os ucranianos do Shakthar terão pé e meio na próxima eliminatória.
Há muito dinheiro a sustentar aquela equipa.
Que foi bem aplicado na aquisição de jogadores de classe, muito bem orientados e com mentalidade ganhadora.
Em boa verdade, tudo o que falta à Roma.
E hoje, na modesta Liga Europa, as equipas portuguesas mostraram que têm direito a sonhar.
ResponderEliminarEstá tudo em aberto.
ResponderEliminarO Porto é o melhor colocado e o Braga aquele que terá mais dificuldades.
O Jorge Jesus levou um (merecido) coice do Bruno Labaddia.
Devolveu-lhe a boca parva dos sustos.
Tal como o Villas-Boas, tem que aprender a despir a roupa de adepto quando está a desempenhar funções de treinador.