Dragões apuram-se sem brilho na Liga Europa e o balanço dos jogos dos oitavos-de-final da Champions
O Porto apurou-se ontem para os oitavos-de-final da Liga Europa apesar da derrota no Dragão (0-1) com o Sevilha.
Valeram os dois golos marcados em Sevilha para selar um apuramento nada brilhante.
O Porto, que foi feliz em Sevilha, ontem foi infeliz, ineficaz e nervoso.
Infeliz, porque criou oportunidades para golear.
Umas (muitas!!) defendidas por Varas, o guarda-redes espanhol.
Outras desperdiçadas (Hulk falhou cinco oportunidades de golo claras), uma (de Falcao) na trave.
E porque teve a arbitrar o jogo um árbitro muito famoso (Howard Webb), mas a errar demasiado no jogo de ontem.
Acontece...
A ineficácia está mais que explicada.
Os regressos de Falcao e Álvaro Pereira permitiram a André Villas-Boas colocar em campo o seu onze favorito.
E a equipa até criou muito jogo, dominou (pelo menos até aos 55 minutos), mas perdeu.
E é aqui que entra o nervosismo.
Luís Fabiano, há pouco tempo em campo, marcou.
E o Porto tremeu.
Mais ainda quando Álvaro Pereira foi expulso.
Excesso de zelo do árbitro a seguir à estupidez do lateral portista.
Daí até final, e apesar de uma expulsão nos espanhóis ter deixado as equipas igualadas em número de jogadores, uma tremideira e um nervosismo que terão que ser corrigidos.
André Villas-Boas dá voz ao grupo e afirma convictamente que quer ganhar a Liga Europa.
Para o conseguir, no entanto, tem que ser muito mais forte, sobretudo mentalmente, do que foi ontem.
E do que foi noutros jogos decisivos.
O apuramento, sofrido, não pode branquear o facto de o Porto ter sofrido nesta época três derrotas.
As quais, sendo poucas, foram relevantes.
A derrota com o Nacional implicou o afastamento da Taça da Liga.
A derrota com o Benfica hipotecou seriamente a continuidade na Taça de Portugal.
A derrota com o Sevilha, uma equipa fraca (só tem alguns bons jogadores no terço ofensivo), quase implicava o afastamento na Liga Europa.
Um aspecto que tem que ser corrigido.
Já na eliminatória com o CSKA.
De nada adianta andar a ganhar jogos que nada decidem quando se perdem os jogos decisivos.
Essa é a característica das equipas quase-quase.
Nos jogos já disputados dos oitavos-de-final da Champions, uma característica interessante salta imediatamente à vista - só o Arsenal ganhou na condição de visitado.
Os "gunners" bateram o Barcelona e são a excepção num cenário de domínio das equipas visitantes.
De resto, o Inter confirmou ontem o apagamento total das equipas italianas.
Os actuais detentores do troféu estão com um pé fora da prova.
Eliminados pelo Bayern, adversário na final da época passada.
O Chelsea, equipa que só tem a Champions para salvar a época, já está apurado.
Muito perto do apuramto também o Tottenham e o Shakhtar.
Nos restantes jogos tudo em aberto.
Com ligeira vantagem para o Real (será desta??), o Shalke e o Arsenal.
Resultados e marcadores:
22 de Fevereiro
Copenhaga-Chelsea, 0-2
(Anelka, 17 e 54)
Lyon-Real Madrid, 1-1
(Gomis, 83) (Benzema, 65)
23 de Fevereiro
Inter-Bayern Munique, 0-1
(Mario Gomez, 90m)
Marselha-Man. United, 0-0
15 de Fevereiro
Milan-Tottenham, 0-1
(Crouch, 80)
Valencia-Schalke, 1-1
(Soldado, 17) (Raúl, 64)
16 de Fevereiro
Roma-Shakhtar, 2-3
(Rat, 28, pb; Menez, 61) (Jadson, 29; Douglas Costa, 36; Luiz Adriano, 41)
Arsenal-Barcelona, 2-1
(Van Persie, 78; Arshavin, 83) (Villa, 26)
E eu a ver o jogo e a pensar na clara hipótese deles perderem...
ResponderEliminarÉ mesmo preciso corrigir este terrível defeito.
ResponderEliminarNos jogos que decidem, o Porto falha.
E são estes jogos que são lembrados.
Não os outros.
Como se vai entra na fase mais melindrosa da época, tem que se corrigir esse defeito o quanto antes.
Bjs
Podíamos ter goleado na primeira parte. Faltou-nos a sorte que nos bafejou em Sevilha. Venha o CSKA e uma terrível viagem a Moscovo.
ResponderEliminarAi! Ai! Ai!
ResponderEliminarTocou na minha ferida.
Carlos e ematejoca,
ResponderEliminarEstou seriamente preocupado com o Porto.
Três derrotas, todas em casa, com consequências muito más.
Eu não quero que o Porto de Villas-Boas seja uma equipa quase, quase.
Essas equipas ficam na memória como exemplo de ridículo.
É o caso do Sporting do Peseiro.
Mais do que a tempo de corrigir um defeito que começa a assustar.
Percebo a preocupação mas com o regresso do Palito e do Falcão a equipa fica muito mais forte aliás como se viu ontem.
ResponderEliminarAbraço
Concordo com a sua análise.
ResponderEliminarHugo,
ResponderEliminarSem dúvida que os regressos de que fala são muito importantes.
Mas é preciso mais qualquer coisa para não se morrer na praia.
VICI,
E o Porto e o Benfica encontrarem-se lá para a frente na Liga Europa?
Era bonito, ou não?
Abraço a ambos