The Buck stops here
The Buck stops here, Harry Truman e o saber assumir responsabilidades.
The Buck stops here era o selo em cima da secretária de Harry Truman, um estadista.
E derivava da expressão popular, "pass the buck", que significava passar responsabilidades.
Jorge Coelho percebeu o significado da expressão, o seu alcance e consequências.
E quando a ponte de Entre-os-Rios caiu Jorge Coelho deu a cara e assumiu a responsabilidade.
“A culpa não morre solteira”, disse então.
E saiu, fechou a porta atrás de si, e foi à sua vida.
Nunca percebemos se Jorge Coelho tinha informação acerca do mau estado de conservação da ponte.
E isso pareceu-lhe irrelevante.
Porque a ponte caiu, não podia cair, morreram pessoas, tinha de haver um responsável.
E ele era o Ministro com a tutela das Infra-Estruturas.
Jorge Coelho, político brilhante, estratega brilhante, não montou um circo.
Saiu pelo seu próprio pé.
The Buck stops here.
Porque sabia que há uma responsabilidade política.
A eventual responsabilidade civil terá de ser avaliada pelos tribunais.
A responsabilidade política recai nos titulares de altos cargos políticos.
Uma lição que Truman deu, Jorge Coelho aprendeu, muita gente ainda desconhece.
E já se passaram mais de vinte anos...
ResponderEliminarNem toda a gente toma responsabilidade quando as coisas não correm bem.
Gente responsável, de coluna direita, infelizmente é excepção, Catarina.
EliminarO Franck Caliendo imitava o George W. Bush e dizia "The Buick stops here" :)))
Há quem seja de opinião que Jorge Coelho saiu para fugir às suas responsabilidades. Cada cabeça sua sentença
ResponderEliminar*
Terça feira abençoada por Amor e Paz.
*/*
Fugir?
EliminarComo?
Ele ficou em Portugal, na Mota Engil, disponível para tudo.
Não faz sentido.
Nunca tinha ouvido esse disparate!!
EliminarQuem inventou essa teoria foi mesmo só por vontade de criticar, pois como diz o Pedro, ele continuou em Portugal.
Não percebo nada de política mas que li isso em algum lado, li.
EliminarO ficar em Portugal não quer dizer que não fuja a responsabilidades
Se calhar se ele tem ficado como ministro mais rápido seria as pessoas serem indemnizadas, ou não?
Mas como já disse não percebo nada de politica. Se o Pedro Coimbra diz/escreve que foi assim e foi para bem do Povo que sofreu e ficou sem os seus ente queridos, é porque foi.
Abraço
Catarina
EliminarFaço minhas todas as suas palavras. Foi isso mesmo que quis dizer no meu primeiro comentário. Penso que se demitir foi maior problema que solução.
Como ministro teria certamente muito mais poder e podia fazer com que as coisas/inquéritos andassem muito mais rápido.
Demitindo-se foi a parte mais fácil. É o que penso embora respeite toas as opiniões diferentes da minha. Demitindo-se não enfrentou o problema. Atirou-o para cima de outrem.
Grata pelas suas palavras referentes ao meu comentário
As eventuais indemnizações compensatórias não estavam na esfera do ministério, Catarina e Mariete.
EliminarEstar lá ou não ia dar no mesmo.
É o judicial e não o político a decidir essa matéria.
Que obviamente terá sempre por base o estado de conservação da ponte, quem e quando tinha essa informação, quem deveria manter e reparar a infra-estrutura.
A atitude do Jorge Coelho foi de estadista, foi dizer mesmo the Buck stops here
Sim, o seu ministério (de J. Coelho) não tinha nada a ver com as indemnizações, mas se o processo do inquérito fosse acelerado na altura (com ele na chefia e de pulso forte) o judicial teria os dados mais rapidamente.
EliminarE Pedro, eu concordo em discordar, amistosamente, como sempre, portanto só mais um comentário. The Buck Stops Here: quem o afirma quer dizer que ele/ela é, em última análise, responsável pelas ações da sua administração, do seu ministério. e será ele ou ela que irá tomar uma decisão responsável (e final) para solucionar o que, por desleixo ou burocracia, os outros não conseguiram levar a cabo com responsabilidade e sucesso. Neste caso a ponte, que, pelo que li, já sabiam que não estava cem por cento segura. Ao demitir-se, J.C., reconheceu que não esteve “em cima da situação” quanto a infra-estruturas, mas também perdeu a oportunidade de averiguar/estudar/analisar outras estruturas com grande necessidade de serem reformadas e/ou reforçadas para que essa tragédia não se repetisse.
Truman disse “The buck stops here”, mas Truman não se demitiu. Responsabilizava-se pelas decisões finais.
Jorge Coelho não está cá mais para se defender. Não pretendo, de forma nenhuma, desvalorizar o senhor como indivíduo ou como político. Faleceu demasiado jovem.
Subscrevo as suas palavras, Pedro.
EliminarEstá mais que visto. Coragem política e coluna vertebral não há. Uma catrefa de lesmas é o que é. Ou lapas.
ResponderEliminarBom dia
O António Barreto qualifica-os como Garotos, bea.
EliminarCom maiúscula e tudo.
O muindo da politica caiu no descredito pelo menos para mim.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Ainda há gente respeitável, Isa Sá.
EliminarPoucos.
Mas ainda há.
Há gente respeitável, mesmo dentro do Governo e no Partido que o sustenta.
ResponderEliminarHá gente irresponsável fora dele, até na oposição.
De politiquices estou farto. De políticos nem tanto.
Apelo à gente séria, esteja ela onde estiver.
Abraço
Subscrevo.
EliminarClaro, António e São.
EliminarMas eu disse o contrário?
O próprio Jorge Coelho era militante de quem??
Abraço
As autoridades estão em averiguação do que se passou no ministério e a meu ver acho que a inquirição da Comissão de inquérito viu-se bem quem tinha experiência política e fez-me lembrar os inquéritos da PIDE!
ResponderEliminarUma vergonha!
Quem se deveria demitir não o fez desta vez e também culpo muito a comunição social dando asas a uma especulação e até dar culpas a quem não devia.
Sim Jorge Coelho fez o que dizes mas o caso em questão foi totalmente diferente pelas razões que se sabe.
É o que eu penso e no governo há gente credível e outros são mesmo descartáveis!
Beijos e um bom dia
Comissões parlamentares é o tema de amanhã, Fatyly.
EliminarEu não estou aqui a fazer oposição.
Beijos
Nem eu amigo:))))
EliminarJorge Coelho, que tive o gosto de conhecer pessoalmente, embora muito superficialmente era alguém que não ambicionava o Poder e tinha sentido de Estado. Além disso, era um excelente orador.
ResponderEliminarActualmente, não existem muitos políticos assim e, para complicar mais ainda as coisas, a comunicação social portuguesa não se preocupa em informar, mas em dar espectáculo e quanto de mais mau gosto melhor. É só ver o tipo de programas das televisões de canal aberto ( exceptuando o canal 2 da RTP).
Ainda : no caso da ponte quem respondeu em tribunal foi o elo mais fraco, isto é, os técnicos que estavam no terreno, mas que não tomam decisões, pois a sua função é tão só passar as informações para quem decide. E por vezes existem desaparecimentos muito oportunos de documentos.
Tudo de bom.
O Jorge Coelho teve um excelente tirocínio, São.
EliminarMacau.
Amanhã vamos falar de comissões parlamentares.
Tudo de bom também
Jorge Coelho foi um bom politico. Se não fez mais foi porque não o deixaram. Existem poucos com a espinha dorsal que tinha o Jorge Coelho. Quanto à ponte que caiu, nunca se saberá a verdade. Haverão sempre opiniões discordantes. É assim. O mais fraco perde sempre seja onde for. Nem sei sinceramente se as coisas são foram resolvidas ao nível de indemnizações. E já lá vão muitos muitos anos.
ResponderEliminarCumprimentos poéticos
... se as coisas já foram ...
EliminarSempre admirei Jorge Coelho pela sua postura e ter coragem de assumir responsabilidades, já os que actualmente estão no governo, são uma nódoa.
ResponderEliminarBeijos
As possíveis indemnizações compensatórias serão fixadas pelos tribunais (julgo que ainda não foram).
EliminarDireito Civil, coisa bem diferente de responsabilidade política.
Não faço generalizações, Manu.
Acho que o Ministro das Infra-Estruturas devia sair do Governo.
Porque está diminuído na autoridade e legitimidade políticas e porque com isso afecta o próprio Executivo.
O Primeiro Ministro não tem a mesma opinião, paciência.
Eu não entendo de politica e talvez nem devesse comentar, mas acredito que há bons políticos no partido que nos governa, mas parece ter havido uma incapacidade total de os nomear, ou os ditos cujos não quiseram assumir a responsabilidade de governar o País.
ResponderEliminarQuanto ao Jorge Coelho, entendo que o País não estaria neste caos se houvesse muitos políticos como ele.
Abraço e saúde
João Galamba até apresentou a demissão.
EliminarQue António Costa não aceitou.
Um erro na minha opinião.
Serão julgados por isso depois em eleições.
Abraço e saúde
Exemplos que alguns "governantes" deviam de seguir.
ResponderEliminarUm abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
Livros-Autografados
Repito, Francisco, o Jorge Coelho tinha o tirocínio de Macau.
EliminarUm abraço
É isso mesmo, Pedro! ..."Responsabilidade política"... é isso que falta aos boys nomeados para altos cargos governamentais - independentemente do Partido que governa actualmente - . Na primeira dificuldade sacodem a água do capote e, ainda que se queiram demitir, encenada a cena ou não, lá está o Padrinho a dar cobertura e dizer que não. Não vale a pena a demissão, está tudo sob controlo...
ResponderEliminarO exemplo dado por Harry Truman, seguido por Jorge Coelho, pertence ao tempo em que ainda havia Homens honrados e dignos, conscientes de que quanto mais alto o cargo, maior a responsabilidade.
Beijinhos
Quando assumimos altos cargos temos de estar preparados para levar uns tabefes, Janita.
EliminarE saber aguentá-los.
Sei do que falo.
Até levar tabefes por causa de asneiras de outros.
É a lei do jogo.
Volto à Língua Inglesa - "if you can't stand the heat get outo of the kitchen".
Beijinhos
Tem toda a razão, há um mundo de pessoas que ainda precisam de aprender a lição de Truman.
ResponderEliminarBeijinhos