Eixo do mal

George W. Bush vendeu ao Mundo a expressão eixo do mal.

Infelizmente muito mais ligada a interesses estratégicos norte-americanos e a uma vendetta da família Bush do que à realidade.

Nos dias de hoje esse eixo do mal existe.

E tem como seus grandes expoentes a Rússia de Putin e o maléfico regime iraniano que apoia militarmente o assassino russo.

Mas poderá também passar pela África do Sul, rica em recursos naturais e à procura de outro tipo de riquezas mais mundanas, à revelia das sanções que pretendem isolar o regime do Kremlin.

Estes sim representam destruição maciça, morte, brutalidade.

E estes sim são uma grande ameaça ao mundo desenvolvido.

Gente sem escrúpulos, sem valores, gente que desconhece o significado das palavras decência e piedade.

Nunca o Mundo esteve tão à beira de uma até há bem pouco tempo impensável terceira guerra mundial como agora.

Moscovo bombardeia incessantemente a Ucrânia com mísseis comprados aos comparsas iranianos; Kiev resiste; o Conselho da Europa reúne; o Papa intervém; a China tenta mediar; Joe Biden vai mandando recados.

E o resto do Mundo espera ansiosamente até poder respirar livremente uma vez mais.

Depois das máscaras cirúrgicas da pandemia as máscaras de gás da guerra?

Não deixa de ser quase anedótico que o mundo civilizado esteja hoje a ser defendido por alguém que fez carreira como humorista.

In Zelensky we trust é hoje o lema do Ocidente para enfrentar o efectivo eixo do mal.