Eleições na Tailândia





A Tailândia foi a votos.
Mas, à semelhança de outras democracias, quem mais votos recebe nas urnas não tem garantida a liderança do país.
Formalmente uma monarquia constitucional, a Tailândia está neste momento dividida entre uma juventude sedenta de mudança, que acabou de ser a mais sufragada nas urnas, e uma elite privilegiada ligada à monarquia e ao exército que anseia a manutenção do status quo actual.
Não haveria qualquer problema nesta dicotomia se a alteração constitucional promovida pelo regime militar que tomou o poder à força não tivesse literalmente armadilhado a Constituição no intuito de se perpetuar no poder.
A Tailândia conheceu grandes convulsões depois da morte do Rei Bhumibol Adulyadej, o monarca que o povo literalmente venerava.
O seu filho, Vajralongkorn, não é bem visto pelos súbditos, é um bon vivant irresponsável, um viciado, não tem carisma, é o oposto do que o seu pai era.
Desaparecida a figura tutelar que era Bhumibol, a Tailândia ficou à deriva.
E os militares intervieram.
Os mesmos militares que agora concorrem a mais um mandato, que se viram brutalmente derrotados nas urnas, mas que poderão manter-se no poder porque criaram condições constitucionais para isso.
 E que querem manter o actual Rei no trono porque este em nada atrapalha os seus desmandos de tão entretido que está com os próprios desvarios.
Formalmente uma monarquia constitucional, com eleições formalmente justas e livres, a democracia tailandesa poderá afinal revelar-se materialmente uma simples ópera bufa.

Comentários

  1. A luta pelo poder sem respeitar a votação é algo que me agonia!
    Beijos e um bom dia

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    1. Batota pura, Fatyly.
      Basta ver como decorreram as eleições na Turquia.
      E vamos ver o que vai acontecer na campanha para a segunda volta.
      Beijos

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    2. Teresa Palmira Hoffbauer

      A maioria dos turcos na Alemanha votaram em Erdogan novamente. O escoamento pode beneficiá-lo. Os políticos alemães estão preocupados com o resultado.

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    3. Devemos estar todos, Teresa.
      Com o resultado mas também com a campanha.
      E estar de olho no processo eleitoral.

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    4. Teresa Palmira Hoffbauer

      O facto do líder da oposição Kemal Kilicdaroglu não ter conquistado a maioria no primeiro turno das eleições presidenciais atingiu duramente a juventude turca. Voltarão às urnas no dia 28 de maio, mas a esperança de vitória parece DESAPARECEU.

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    5. Eu tenho medo até do que pode acontecer na campanha eleitoral agora, Teresa.

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  2. Não é democracia, como outros regimes ditos democráticos também o não são .

    Por aqui fala-se nas eleições presidenciais turcas , cuja segunda vilta será em 28 de Maio.

    Lamentável que , por vezes, a descendência não saiba seguir o bom exemplo parental.

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    1. Teresa Palmira Hoffbauer

      AQUI os descendentes turcos seguem o exemplo dos pais e dos avós. A maioria dos emigrantes turcos vieram da Anatólia e o líder turco é quase um deus para eles.

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    2. Acho que a São se estava a referir ao estouvado tailandês, Teresa.
      Supostamente o monarca mais rico do mundo.
      Seguramente o mais porco.

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    3. Tem razão, Pedro, referi-me , sim, ao doido do tailandês.

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    4. Teresa, eu limitei a resposta ao tema do Pedro, isto é, Tailândia.

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  3. O complexo sistema eleitoral da Tailândia dá ao candidato apoiado pelos militares uma votação confortável que pode limitar a mudança esperada ou mesmo abrir um novo período de instabilidade.
    Beijos

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    1. Foram precisamente os militares a engendrar esse sistema eleitoral, Manu.
      Não são só os chineses quem nunca organiza uma eleição sem antes saber quem a vai ganhar…
      Beijos

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  4. Eleições na Tailândia? Mais do mesmo!
    Abraço

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  5. Teresa Palmira Hoffbauer

    Embora não me interesse pelas eleições na Tailândia, li o seguinte num jornal alemão (tradução livre):

    Cidadãos tailandeses votaram em massa no domingo pela oposição que quer conter o poder da monarquia e do exército. Um golpe no governo conservador do primeiro-ministro Prayuth Chan-o-cha, que assumiu o poder há dez anos. É possível que o actual regime não abandone o poder.

    O partido da oposição pró-democracia Phak Koa Klaiou "Siga em frente" conquistou uma vitória histórica. "As pessoas estão fartas desta década perdida", disse a líder do partido, Pita Limjaroenrat.

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    1. Disso não tenho dúvidas, Teresa.
      Fartinhos dos militares e do doido varrido do actual Rei.
      O mais complicado é apear aquela gente.

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  6. Numa democracia as pessoas votaram dizendo-se fartas do regime actual. Ganhou a oposição. Mas o regime actual pode continuar. Grande democracia deve ser...

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  7. Desapareceu o meu comentário? Fiquei triste mas nada posso fazer.

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  8. Leste e Oriente, estão todos por conta de autocracias, ainda que haja alguns regimes que procurem surfar no melhor de dois mundos... e a nova ordem mundial em formação, procura provar que são mais poderosas do que as democracias... e desde que algumas se infiltraram na UE... fora as que procuram entrar (O Vlodomir Zélélé, também age como se o reinado dele se vá prolongar no tempo, tanto quanto o do primo Vladimir, e não como um Presidente a prazo... aliás, mais uns meses e deverá querer recrutar exércitos europeus para ajudar na causa dele), não será fácil de demonstrar tal! Nunca mais haverá consensos nem estabilidade na UE que se desintegra a cada dia que passa, um pouco mais.
    Por cá, já vão faltando médicos, medicamentos nas farmácias e vacinas... para os portugueses cá nascidos e criados, mas a Europa absorve milhares a cada dia, vindos de todas as direcções... não há serviços de obstetrícia, para os nacionais, mas nunca houve tantas parturientes do Bangladesh no nosso país... quem ganha com este descontentamento? Os radicais, braço direito das autocracias... os Donalds, Jairs e Andrés desta vida...
    É muito fácil de ver que tanta mixórdia, balbúrdia e desordem, só funciona a favor dos que já têm exércitos sincronizados... que nem precisam de se esforçar muito mais, para ver o circo europeu pegar fogo... junte-se a falta de água e a subida de temperaturas em flecha, por conta das alterações climáticas, que estão a fazer as temperaturas europeias subir o dobro da média global mundial, a cada ano que passa, o que é ideal para deixar agriculturas e pecuárias a bater no fundo... e temos a tempestade perfeita!
    As democracias... precisam de lideres que acreditem nelas, e não que compactuem com outros regimes... senão... tornam-se em fantochadas... seja na Tailândia, ou em qualquer parte do mundo, como na nossa Desunião Europeia.
    Beijinhos
    Ana

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    1. Eu sou um europeísta convicto, Ana.
      De orgulhosamente sós e nacionalismos idiotas é que fiquei farto.
      E não vamos sequer comparar o cenário Europeu com estas democracias de faz de conta, não é??
      O seu voto nas urnas, conta.
      Estes são só o cumprimento de uma formalidade.
      Beijinhos

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  9. Deixando votos para que os povos governados por autocracias, e também por outros regimes! encontrem o seu caminho em ambiente de paz

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  10. O ideal seria que alcançasse o poder o justo, ou aquele com mais votos: sem batota! Ainda bem que te temos a ti para informar-nos fielmente desde terras afastadas.
    Forte abraço de vida e uma boa semana.

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    1. Esqueci, sou o Duarte.

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    2. O anterior Rei era quase uma divindade, Duarte.
      Os carros abrandavam junto à foto dele na beira da estrada para se inclinarem perante a figura dele.
      Este é um playboy doido.
      Forte abraço

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    3. Putin e os seus amigos milionários são pessoas que desconhecem o significado de Paz, Território, Independência, Direito Internacional, etc. São genocidas e espero que sejam tratados como tal no Tribunal Penal Internacional. Chorei no início da guerra na Ucrânia, quando em abril/2022, fui a Leviv. Vi milhares de mulheres com os seus filhos e animais ao colo a chegarem de comboios e a entrarem em autocarros para irem para países europeus, sobretudo a Polónia. É urgente o fim da guerra!

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    4. Tenho a sensação que Putin, como todos os tiranos da História, nem a julgamento chegará.
      Acredito que seja traído e abatido antes disso.
      Por alguém próximo dele.
      Um Judas.

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