Reforme-se a reforma!


Vai animada a discussão acerca da reforma do sistema político em Macau.
Ontem, depois de Ambrose So defender a representatividade do sector do Jogo na Assembleia Legislativa (ainda não está representado? Ia jurar que sim....), foi a vez de Jason Chao, o líder da Associação do Novo Macau Democrático, aproveitar mais uma sessão de consulta aberta ao público para ser acintoso, verrinoso até, nas suas críticas ao processo de consulta em curso.
Como acontece tantas vezes, o problema não está no que se diz,  antes na forma como se diz.
E Jason Chao, imberbe, foi muito infeliz, a roçar o boçal, na maneira como se exprimiu.
Esse foi o erro.
Porque, em boa verdade, a substância da crítica que dirigiu ao processo de consulta em curso, e às reacções que este tem motivado, tem toda a razão de ser.
Efectivamente, já se ouviram vozes a clamar assento(s) na Assembleia Legislativa para todos os sectores profissionais,  assistenciais, para todas as etnias, idiomas.
Seguindo estas reivindicações será forçoso reformar a reforma.
Mesmo ainda antes da entrada em vigor da mesma.
Esqueçam-se as "fórmulas 1+1 ou 2+2".
Com tantos representantes, de tão variada proveniência, uma "fórmula 20+20" é bem capaz de não se revelar suficiente. 

Comentários

  1. Peço desculpa pelo erro e vou já corrigir.
    Obviamente, acintoso.

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  2. Ainda esta madrugada assisti à entrevista feita por Nuno Rogeiro à Rita Santos no Centro científico de Macau, na Junqueira. Esses macaios de facto não conseguem cortar o cordão umbilical.
    Não havia macaenses que diziam que iam deixar Macau porque não suportariam ver Macau ser entregue à China? Quantos não acabaram por engolir valentes sapos?

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  3. Ainda não vi a entrevista, FireHead.
    Espero ter oportunidade de a ver.
    Sou amigo da Rita há muitos anos e gosto dela, tem bom coração.

    É verdade que houve muitos macaenses que fizeram essa afirmação e que voltaram atrás nessa intenção.
    Nunca pensei dessa forma.
    Bem pelo contrário.
    Em 99, confrontado com a possibilidade de ingressar nos quadros de Portugal, ou nos quadros de Macau, optei sem qualquer dúvida ou receio por Macau.
    E entrei para os quadros de Macau em Agosto de 1999.
    Continuo a achar que tomei a decisão acertada.
    Para mim e para a minha família.
    Há problemas, há questões que podiam/deviam ser melhor resolvidas?
    Sem dúvida.
    Por isso mesmo, temos o dever de os apontar, de os criticar, de fazer propostas.
    Se são ouvidas, ou não, já é outra questão.

    Adélia,
    O sistema político de Macau tem de ser melhorado.
    Porque tem sérios problemas.
    Mas, em boa verdade, conhece algum que não tenha?
    Beijinho

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  4. Bom dia Pedro
    Alguns dos que se sentam nesses lugares não têm sensibilidade nem capacidade para ver a realidade e saber organizar as leis mais justas e mais claras.

    As saídas infelizes são muitas por todo o lado e com mais gravidade quanto a posição dentro desta hierarquia.

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  5. Aqui, além de falta de capacidade e sensibilidade, há a falta de vontade de Pequim e a falta de interesse da população de Macau.
    Um cocktail explosivo.
    Aquele abraço

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