A religião como fundamento de massacres sem fim em Myanmar
Quando se adensam os rumores que apontam Donald Trump como candidato a receber o Prémio Nobel da Paz, é difícil dissociar as decisões do Comité Nobel Norueguês do que está a acontecer em Myanmar e de Aung San Suu Ki.
Aung San Suu Ki, ela própria contemplada com o Prémio Nobel da Paz pela sua luta pela libertação de um povo massacrado por uma ditadura levada a cabo por uma junta militar assassina, assiste agora impotente a massacres constantes no país que supostamente estaria liberto destas situações horrendas.
Mais uma vez, como tantas outras na História, a religião, que devia ser sinónimo de paz, é pretexto para alguns dos mais horrorosos massacres que ocorrem actualmente no Planeta.
As forças armadas de Myanmar, um país maioritariamente budista, levam a cabo uma limpeza étnica que tem como alvo a minoria rhoingya, maioritariamente muçulmana, no Estado de Rahkine, obrigando à fuga em massa dos que têm a sorte de sobreviver para o vizinho Bangladesh.
Rhoingyas (Exército de Salvação Rhoingya de Arakan) que agora são acusados de terem massacrado centenas de hindus no mesmo Estado (Rahkine) onde têm sido eles próprios massacrados.
De massacre em massacre, com o beneplácito ou perante a impotência das forças governamentais de Myanmar, e da Nobel da Paz, Aung San Suu Ki, aquela que presumivelmente ficaria com as rédeas do poder em Myanmar, ainda que na sombra, o Mundo assiste a mais momentos de pura limpeza étnica e intolerância religiosa.
Que as Nações Unidas repetidamente denunciam, condenam, mas não conseguem como sempre solucionar.
Que as Nações Unidas repetidamente denunciam, condenam, mas não conseguem como sempre solucionar.
Religião devia ser sinónimo de paz, de tolerância, de amor ao próximo.
É isso que supostamente a Divindade de todas as religiões representa.
Infelizmente, e ao longo da História, com todas as religiões, tem sido sinónimo de ódio, intolerância, fundamento de barbárie.
Precisamente o que está a acontecer actualmente em Myanmar.
Uma tristeza =(
ResponderEliminarBeijinhos,
https://chicana.blogs.sapo.pt/
Uma tristeza sem fim à vista, Ana :(
EliminarBeijinhos
Estamos num mundo de interesses e ódios!
ResponderEliminar=)
Bjinhos
Este Planeta está cheio de locais muito mal frequentados, Daniela :(
EliminarBjinhos
Bom dia. Vivemos num mundo em que o PODER do homem ou o desejo de o ter, não tem limite.
ResponderEliminarVotos de um dia feliz
.
* Amor em Desejos Indefinidos *
Um Mundo um bocado cão, Gil António :(
EliminarAquele abraço
Infelizmente a religião é o ponto de partida para muitas atrocidades.
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Temos aqui (mais) um bom exemplo dessa realidade, Isabel Sá
EliminarDonald Trump como candidato a receber o Prémio Nobel da Paz, só pode ser uma brincadeira de mau gosto.
ResponderEliminarMeu amigo vivemos tempos de loucura e de total falta de respeito para com os nossos semelhantes.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
O prazer dos livros
Não, Francisco, não é brincadeira de mau gosto.
EliminarA proposta é muito real e muito séria.
Barack Obama não ganhou o Nobel da Paz??
Porquê?
Aquele abraço
Honra lhe seja feita, Pedro Coimbra, nessa matéria o senhor é coerente. E, de facto, os Prémios Nobel da Paz deviam ser entregues única e exclusivamente a quem tivesse feito algo de muito relevante pela paz.
EliminarInfelizmente, há muitos fãs do mulato que não vêem a coisa assim... a política cega as pessoas.
Logo que foi conhecida essa notícia comentei aqui que não havia nenhuma razão para atribuir o Nobel da Paz a Obama.
EliminarAdmiro Obama mas não sou cego.
Obama mandou matar Bin Laden, não encerrou Guantanamo, continuou uma série de conflitos bélicos que já vinham detrás, ganhou o Nobel da Paz porquê??
Parece-me óbvio que foi um prémio político.
Que não é a essência do Nobel da Paz.
Ainda não tinha tido conhecimento dessa "possível" (???) indigitação para prémio Nobel da Paz. (!!!)
ResponderEliminarTambém "curioso", mas recorrente é o facto da Religião ser a causa dos maiores morticínios na Humanidade ao longo dos séculos ! :((( ... Os rostos de medo e terror destas 15 crianças, são deveras tristes de ver !
Abraço, Pedro
A ideia partiu dos Estados Unidos, Rui.
EliminarE já vi coisas que me surpreenderiam muito mais.
É incrível como a religião, todas as religiões, têm sido pretexto para matar.
Mais uma vez, em Myanmar é isso que está a acontecer.
Conflitos étnicos e religiosos.
Com os inocentes e indefesos a sofrer, como sempre, Rui :(
Aquele abraço
ResponderEliminarPEDRO,
isto consegue ser muito mais revoltante e inadmissível para a inteligência e cultura humanas que esta insólita e absurda tresloucada proposição do Donald Trump para o Prêmio Nobel da Paz.
Para tentar amenizar isto tudo , estou convidando você a dar um pulinho no meu blog FALANDO SÉRIO, o qual me honra em ser seguidor e ler e quem sabe comentar a postagem da semana:RECADO PARA ADRIANA.
Um abração carioca.
A religião e a etnia a dividirem as pessoas, Paulo Tamburro.
EliminarNo século XXI!!
Amanhã visitarei o seu blogue.
Um abração desde Macau
Ola Pedro Coimbra,
ResponderEliminarParabems a sua filha por completar um ano de ensino em Hong Kong.
A relegiao e a confluencia nas guerras sera mais uma desculpa para outros problemas, neste caso , A ALTA PRODUCAO HUMANA no mundo islamico. Varies esposas multiplos filhos para ser um bom muculmano. Osama Bin Laden teve 20 e tal filhos!!! Excede a capacidade de existencia na sua terra , dai a necessidade de ocupam a dos outros.
Quanto ao Nobel premio, o Donald Trump tem de se preocupar que os democratas nao ganhem a maioria na casa dos representates em Novembro e lhe facam o IMPEACHEAMENT.
Quanto a NORTE Coreia e a Paz, ocancelamento do sumit de Singapura, parece o Pres. XI de Peking joga bem Xadres e nao quer perder o control da situacao.
Já são dois anos, Augie Cardoso.
EliminarEla já está em Hong Kong há dois anos.
Donald Trump não chega aos calcanhares de um estratega como Xi Jinping.
O qual nunca vai deixar os Estados Unidos terem grande influência ali mesmo ao pé da porta.
Bom fim de semana para si e familia,
ResponderEliminarAbraco.
Um abraço, votos de bom fim-de-semana para si e família também.
EliminarDepois do que li do seu texto e em muitos comentários aqui deixados, que mais posso eu acrescentar...
ResponderEliminarMas distinguir o Trump com o Nobel da Paz, NÃO !!!
O Nobel da Paz foi completamente adulterado na sua essência e finalidade, João Menéres.
EliminarTornou-se (mais) um prémio político e um instrumento político em muitas situações.
A religião infelizmente sempre foi pretexto para os homens fazerem barbaridades. Parece que o homem nunca aprende nada, depois de tantos séculos bate sempre na mesma tecla "guerra, guerra, guerra"! Espero que um dia caia a ficha na humanidade e nos grandes líderes de que é preciso aceitação das diferenças. Abraços!
ResponderEliminarE guerras com base na religião, Luiza Maciel Nogueira.
EliminarIsso ainda é mais incrível, um perfeito contra-senso.
Abraços
«Religião devia ser sinónimo de paz, de tolerância, de amor ao próximo.»
ResponderEliminarO Pedro Coimbra é um romântico! As religiões sempre foram tudo menos isso... sobretudo a do Islão!
Se calhar sou uma espécie em vias de extinção, Afonso de Portugal :))
EliminarMas não aponte só para o Islão.
É católico, não é?
Eu também.
A religião católica não cometeu atrocidades ao longo da História??
E não foram poucas.
Até mesmo muito recentemente.
Não vamos varrer para debaixo do tapete os casos de pedofilia, pois não??
«É católico, não é?»
EliminarNão, não sou católico, sou ateu. Entendo no entanto que há muitos aspectos positivos na Civilização Ocidental que foram consolidados em resultado da influência do Cristianismo, como por exemplo a monogamia e o respeito pela santidade da família. Infelizmente, esses valores estão a cair em desuso na nossa sociedade “moderna” e “progressista”, sendo cada vez mais encarados como anacronismos repressivos de uma sociedade patriarcal e ultrapassada… como se os nossos antepassados fossem todos uns broncos e não soubessem muito bem o que estavam a fazer!
«A religião católica não cometeu atrocidades ao longo da História?? (…) Não vamos varrer para debaixo do tapete os casos de pedofilia, pois não??»
Não acho que as duas coisas sejam minimamente comparáveis, Pedro Coimbra. Os abusos sexuais dos pedófilos católicos são cometidos a título individual por clérigos que sabem perfeitamente que os seus crimes estão em contradição com a doutrina Cristã. O terrorismo islâmico, pelo contrário, é um fenómeno colectivo que é incentivado activamente por clérigos islâmicos imperialistas e aceite por multidões ensandecidas que seguem os ensinamentos do Alcorão à letra. Ou seja, há aqui uma diferença importantíssima: a aprovação explícita do recurso à violência pelo Islão, sancionada nas próprias escrituras islâmicas.
Já sei que o Pedro Coimbra jamais concordará comigo a este respeito, mas eu não subscrevo o dogma de que as religiões são todas iguais. O Islão é efectivamente muito mais agressivo e patológico do que as restantes religiões. Onde quer que haja muçulmanos, o conflito desponta, independentemente de quem seja o antagonista: cristão, hindu, budista, pagão ou outro qualquer. O denominador comum em todos estes casos é o muçulmano... não é a religião em abstracto, mas sim a religião do Islão em concreto!
Também não é por acaso que a própria palavra Islão significa submissão: a conquista é a alma do Islão, a sua essência e grande objectivo. Ou não fosse o seu criador um senhor da guerra do séc. VII que teve dezenas de escravos e decapitou pessoalmente centenas de “infiéis”…
Só para confirmar: o Pedro Coimbra optou por não publicar um comentário que eu tinha deixado aqui há uns dias, certo?
EliminarOntem não consegui visitar toda a gente por me encontrar demasiado cansada.
ResponderEliminarMuito triste o que se passa em Myanmar, há mais de 40 anos vitima de toda a sorte de males, desde os autoritários e corruptos governos militares que os arrastaram à base na escada da pobreza, à fome, à sede, e ás perseguições politicas. Esperava-se que depois de 2011 as suas vidas atribuladas tivessem um pouco mais de paz, mas sucedeu o contrário, com toda a violência agora direcionada para os rohingyas.
Ao longo da história sempre se cometeram grandes atrocidades em nome de um Deus qualquer. E como o ser humano é burro por natureza, vai repetindo sempre os mesmos erros.
Por último, penso que atribuir o Nobel da Paz a Trump é desacreditar por completo semelhante prémio.
Abraço
Na minha opinião, o prémio Nobel da Paz para Trump
O Nobel está cada vez mais desacreditado, sem dúvida!!!
ResponderEliminarPobres pessoas apanhadas no meio destes conflitos totalmente insanos ...
E para que serve, afinal a ONU?!
Belo texto, Pedro.
ResponderEliminarNão consigo entender o que lá está a fazer Aung San Suu Ki.
Limpeza étnica e intolerância religiosa no século XXI?Intolerável!
Beijo.
Uma triste e dura realidade.
ResponderEliminarDeveria-se cultivar a paz e harmonia entre todos, independentemente da religião, mas isso infelizmente, é apenas uma utopia.
Beijinhos
Maria
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Passa o tempo, mudam as modas e os conceitos, mas há algo que, para o ser humano, continua imutável: a máxima de que os meios justificam os fins.
ResponderEliminarAssim, parece-me, nunca chegaremos a sítio seguro.
Abraço, Pedro :)
Massacres que se combatem com massacres, AC.
EliminarTudo em nome da religião e da cor da pele :(
Aquele abraço
As religiões, as doutrinas, filosofias e outras mariquices do género (nem macho nem fêmea) não chegam para dominar a agressividade nem o afã de domínio que faz parte do código genético e de sobrevivência da espécie humana, penso que o que realmente vale é a tribo. O resto vai dando para ganhar a vida e matar a fome e sede nem que seja ás custas de outra (tribo evidentemente). cumprimentos
ResponderEliminarMete impressão, álvaro silva - matar justificando-se com a religião???
EliminarAquele abraço
Renovo o comentário .
ResponderEliminarComo é possível alguém se lembrar de Trump para Nobel da Paz ?!
As religiões muitas vezes serve de capa a malévolos interesses escondidos
Boa semana, Pedro
E ele anda todo feliz com essa lembrança, São.
Eliminarestá mesmo tudo doido!
Boa semana
A miséria humana é uma ferida em carne viva. Nunca sara. Todos sabemos por quê? As religiões sempre foram pretexto para justificar os maiores crimes da humanidade (contra humanidade).
ResponderEliminarAbraço.
Infelizmente tenho que concordar inteiramente, Agostinho.
EliminarCom muita tristeza, mas tenho que concordar.
Aquele abraço
Enfim, muito se poderia dizer a este respeito, mas no caso vou-me ficar pela "impotência" da ONU, o que curiosamente só acontece quando alguma grande potência, vulgo EUA, não têm um qualquer grande interesse directo numa intervenção da militar sob égide da ONU num qualquer ponto do Planeta; que por dalgum simplista modo dizer, em Myanmar não há petróleo, nem grandes interesses estratégicos, por isso tão pouco há grande "paz" e/ou "democracia" a defender!!! :(
ResponderEliminarAbraço
...ah! E as religiões, as religiões! :-/
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