Vini Reilly a levantar-se do chão
Durutti Column era a designação de uma das bandas que mais marcaram a minha juventude.
Com uma sonoridade única, que Miguel Esteves Cardoso chegou a comparar a pináculos de catedrais góticas, transmitida pela guitarra do seu líder, Vini Reilly, a banda deixou uma marca única na música nas décadas de 1980/1990.
Tive o privilégio de assistir a um concerto da banda no Teatro Gil Vicente em Coimbra.
A simplicidade contagiante de Vini Reilly, o ambiente tranquilo que rodeava a banda e as sua actuação, impressionaram-me imenso.
Mais do que um concerto, fiquei com a sensação de ter assistido a um cerimonial que tinha tanto de informal e despretensioso quanto de sublime.
Nada de multidões, de estridências, antes um ambiente intimista, melodias absolutamente maravilhosas.
Não hesito em afirmar que a beleza da música conheceu um momento muito especial com o som dos Durutti Column e com a guitarra de Vini Reilly.
O mesmo Vini Reilly que atravessou sérias dificuldades económicas.
Vítima de dois derrames cerebrais, que o deixaram impossibilitado de fazer aquilo que tão bem fazia, Vini Reilly necessitava de ajuda económica para fazer face às necessidades mais básicas de qualquer ser humano.
Quando tive conhecimento desta notícia, confesso que fiquei chocado.
Esse choque deve ter sido partilhado por muitos outros.
Porque, na sequência de um pedido público de auxílio, formulado pelo seu sobrinho Matt Reilly, soube agora que os donativos excederam todas as expectativas e a situação económica de Viny Reilly é agora estável.
Sabendo que não poderemos voltar a vê-lo tocar guitarra como só ele tocava, fica aqui a memória para os que, como eu, tanto admiraram Vini Reilly e os Durutti Column.
E quantas situações semelhantes andarão escondidas por aí? Dramático. :-(
ResponderEliminarUm abraço
Esta, felizmente, já resolvida, Luciano.
ResponderEliminarAquele abraço!!
Gostei de saber, Pedro! :)
ResponderEliminarAquele abraço
Ele passou um mau bocado, Ricardo.
ResponderEliminarAs memórias que a banda me faz reviver!
Ontem, e sempre, fã incondicional!
Aquele abraço
Pedro,
Eliminara conselho de um amigo do Oriente, decidi não ligar a "merdilhices" e voltei ao meu antigo (de ontem) blog! :)))
Abraço
Eu já lá passei e vou lá voltar amanha, Ricardo.
EliminarSe formos perder tempo e energias com essas merdices, que percebemos o quanto são merdices, quando levamos uma marretada na cabeça, desperdiçamos uma boa parte do nossa vida com coisas e pessoas que nao o merecem.
Amanha lá estarei outra vez a comentar :))
Aquele abraço!
Também os fui ver ao vivo, na reitoria da universidade de Lisboa. Não é que fosse grande fã, mas um namorado dos tempos de universidade ofereceu-me o bilhete como prenda de aniversário, para o acompanhar ao concerto! E gostei muito! :)))
ResponderEliminarNão sabia dessas dificuldades do músico (físicas e financeiras), mas ainda bem que tudo se resolveu pelo melhor...
Beijocas!
Teté,
ResponderEliminarSempre fui fã da banda.
Depois de os ver ao vivo, ainda mais fã fiquei.
Fiquei chocado ao saber o estado de debilidade, física e financeira, em que se encontrava Vini Reilly.
Felizmente, tudo se resolveu pelo melhor.
Desconhecia...
ResponderEliminarEle passou um mau bocado, luisa
ResponderEliminarPela doença e pelo que se seguiu a doença.
Sons que nao esqueço e que ouvi pela primeira vez no "Som da Frente" do António Sérgio.
Um amante de Portugal, dedicou um álbum ao nosso pais - For friends in Portugal (Amigos de Portugal na designação em português)
Uiii, eu já não sou desses tempos... :)
ResponderEliminarFireHead,
ResponderEliminarDurutti Column e intemporal!
Recordo-me bem deles e não sabia a trágica história de vida de Vini...mas lembro-me e emenda se estou enganada, que houve uma época em que as drogas eram mais que muitas.
ResponderEliminarCoitado!
Sinceramente, não faz parte das minhas memórias, mas gostei de ouvir. Obrigado pela partilha
ResponderEliminarFatyly,
ResponderEliminarA eterna treta do sex and drugs and rock n' roll.
Felizmente, neste caso, com um desfecho algo feliz.
Carlos,
Uma paixão antiga.
Vale a pena ouvir, ouvir e ouvir outra vez.
Um bom livro, e a música dos Durutti Column em fundo, é uma receita que recomendo vivamente.
Se o MEC chegou a comparar música com arquitectura, então deixo de sentir-me tão maluca por aquela música da Bjork me fazer lembrar a Ode Triunfal :)
ResponderEliminarNão conhecia Pedro.
ResponderEliminarGostei. A história é um pouco dilacerante pois não poder viver do que se gosta deve ser terrível.
Poppy,
ResponderEliminarUma daquelas crónicas que o MEC escrevia, na época para a revista "Música & Som" e que me ficaram na memória.
ana,
Uma banda que sempre segui com muita atenção.
Tente ouvir o disco que refiro (Amigos de Portugal).
Maravilha!!