Maledicência
Dizia-se maledicente o estudante errante que, na Idade Média, compunha e cantava poemas satíricos.
Em Portugal, há já muitos anos que nos habituámos à constante presença de maledicentes na política.
O que não estávamos habituados era a ser confrontados com maledicência entre diferentes instituições do Estado.
Já não são as famosas “forças de bloqueio”, é o apontar a dedo e em público com a maior desfaçatez e deselegância.
Algo pueril, este comportamento é inadmissível quando vindo de quem ocupa os mais altos cargos públicos ou a isso aspira.
Vivemos um momento essencial para o presente e o futuro do País.
E vemos pouco debate, pouca discussão de ideias.
Não se discutem propostas, soluções, caminhos, uma visão prospectiva.
Perde-se tempo e dinheiro a criticar o vizinho, a procurar culpados.
Sem nunca olhar para dentro de casa, para o espelho.
Sabendo-se perfeitamente que é impossível resolver problemas sem antes admitir a sua existência e origem.
Não gosto, nunca gostei, de queixinhas.
Nem de bufos.
Sobretudo entre gente que tem o dever de ser responsável.
A maledicência parece ser uma característica nata... de muitas sociedades. Na classe política é mais proeminente, essencialmente devido às funções públicas dos seus membros. Estão mais expostos, mais visíveis... Ser político não é mais uma vocação.
ResponderEliminarSó falta chegar ao insulto, Catarina.
EliminarEm que é que isso contribui para o bem comum??
Teresa Palmira Hoffbauer
ResponderEliminarNão faço a mínima ideia como decorre a maledicência em Portugal.
Os nossos políticos são incompetentes, porém educados.
Tricas, Teresa, apenas tricas.
EliminarE depois o apontar a dedo outras instituições.
O Governo que culpa o PR; o Presidente da Assembleia da República que aponta ao PR e ao Ministério Público.
Nunca tinha visto.
This is not America.
:))))) Nāo é mas, pelos vistos, até parece ser. :))
EliminarNeste particular estamos a trilhar o mesmo caminho, Catarina.
EliminarUma tristeza.
Estamos literalmente CHEIOS delas, Pedro! abração,chica
ResponderEliminarAbração, chica
EliminarSubscrevo inteiramente e parecem crianças que ainda não cresceram. Também digo que alguns/poucos fogem desse padrão.
ResponderEliminarBeijos e um bom dia
São as excepções quando deviam ser a regra, Fatyly.
EliminarBeijos
Também nunca tínhamos vivido semelhante situação, daí o tom acintoso das críticas.
ResponderEliminarAbraço
Teresa Palmira Hoffbauer
EliminarÉ exactamente numa situação nunca antes vivida, que não devemos perder a cabeça. As queixinhas não levam a lado nenhum, somente mostram falta de carácter. Acreditando, o que o nosso amigo Pedro escreve aqui, estamos com um comportamento como nas repúblicas das bananas.
Desculpem a intromissão‼️
Precisamente, Teresa.
EliminarAgora, mais que nunca, precisávamos de estadistas e não de meninos birrentos.
Infelizmente não temos estadistas e como disse acima ninguém teve tempo para se preparar para esta situação com serenidade.
EliminarAbraço
Há sessenta anos que se fala do "novo aeroporto" e considero este absurdo o fiel retrato do que é o país quer em ditadura quer em democracia .
ResponderEliminarO romano tinha razão quando disse haver nos confins da Ibéria um povo que nem se governava nem se deixava governar....
Seria anedótico se não fosse trágico, São.
EliminarEnquanto isso fala-se nas minudências.
E esquece-se o essencial.
Vá lá parece haver algum avanço no TGV...
Bom dia, Pedro
ResponderEliminarA maledicência é terrível, prejudica a vida das pessoas, um forte abraço.
Forte abraço, Lucinalva
EliminarO mal copia-se com facilidade, já existe dentro de cada um naturalmente. E há muito quem não o contrarie. O civismo, a elegância e mesmo a responsabilidade dos cargos que representam e deviam honrar, deixou de existir. Não eram intrínsecos, portanto, com o aquecimento estalou.
ResponderEliminarBoa tarde e uma excelente quarta-feira Pedro. Estamos menos pior aqui no Brasil. Nos últimos quatro anos, foram péssimos.
ResponderEliminarCom aquela aberração na presidência era difícil ser melhor, Luiz Gomes
EliminarA prática do mal-dizer tornou-se o pão nosso de cada dia. No exercício de qualquer função. Até os vulgares comentadores dos programas televisivos não se limitam a comentar o desempenho dos participantes, arranjam sempre algum defeito para os denegrir. Na política é igual ou pior. Nas campanhas eleitorais, os Partidos deveriam falar das suas capacidades para governar, mas não. Passam o tempo de antena todo a denegrir os outros. Uma tristeza, que não é só nossa, mas que acompanhamos e ninguém escapa. Enfim, aguardemos a próxima. Pode ser que alguma coisa mude para melhor.
ResponderEliminarBeijinhos
Hoje vai ser o tema, Janita.
EliminarPouca discussão política e de políticas, muito ataque pessoal, muita baixaria.
Beijinhos
Algo tão natural, que sempre se praticou... só quando é com talento... resulta em pérolas como as que Eça produzia, sobre o cenário político... de uma actualidade até aos dias de hoje...
ResponderEliminarEstamos numa economia de guerra, com a economia toda destabilizada... o que não se fez antes, ir-se-á fazer agora?... Nem nos 4/5 anos mais próximos... Na legislatura após a que há-de vir em Março, se verá... quem promete o quê... e como pensa financiar as suas boas ideias... agora... estaremos em modo de sobrevivência, para os anos mais próximos, sobretudo depois do resultado das eleições americanas... das quais já sabemos o que esperar: Bye, Bye NATO, aqui pelas Europas!...
Beijinhos
Ana
Um dos males do nosso povo, Pedro.
ResponderEliminarAquele abraço e votos de um excelente ano novo!
Ricardo