Batota, disseram eles

O Supremo Tribunal de Israel borrou a face a Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro israelita tentava consolidar o seu poder, e o do Partido Likud, enquanto vai travando uma guerra assassina com o Hamas.

Nada impressionados com a bravata de Netanyahu, os juízes do Supremo Tribunal impediram-no de imitar Trump e ficar com o poder de nomear os juízes que mais lhe interessassem.

Batota, gritou o Supremo Tribunal.

O mesmo grito que o arquitecto desta reforma fez ecoar após ser conhecida a decisão.

Mas com a fundamental diferença de Yariv Levin, Ministro da Justiça, achar que o Supremo Tribunal é que foi batoteiro.

Porque não deixou o Likud fazer batota.

A reacção típica dos meninos birrentos quando não os deixam abusar.

Fazem birra e começam a falar de outra coisa.

Yariv Levin começou a falar da guerra na Faixa de Gaza.

Uma conversa que lhe pareceu mais interessante.

Divisionista, foi assim que o Likud caracterizou a decisão do Supremo Tribunal.

Pelo menos que a divulgassem mais lá para o Verão, disse Miki Zohar, Ministro dos Desportos.

Perderam, batoteiros, disse o Supremo Tribunal de Israel.

E Netanyahu terá ido matar um dos líderes do Hamas em Beirute abrindo assim uma possível nova frente no conflito no Médio Oriente.